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terça-feira, fevereiro 23, 2010

Estudos avançados da AMOAL: como carcar as amigas da sua mulher!


Você está casado há mais de 15 anos. Não vai a uma boate de strip-tease há pelo menos dez. Não vai a uma casa de programas há pelo menos cinco. Nunca viaja sozinho.

Morre de medo de ir na casa da sua secretária, porque ela mora sozinha. Tem vergonha de ligar para uma massagista profissional.

Seu sinônimo de lazer é encher a cara com seus amigos também casados, no mesmo bar, toda sexta-feira, conversando sobre o mesmo assunto.

Quem você vai comer, bicho? A sua mulher?! Francamente...

Se mulher de amigo seu pra você é homem, então, as amigas da sua mulher são a salvação da lavoura. Relaxe.

A partir de agora você vai aprender algumas dicas para cercar, hipnotizar e abater essas difíceis, porém nada impossíveis, presas sexuais que vivem na sua casa contando fofocas, mexendo na sua coleção de discos de vinil, esvaziando as latas de cerveja que você malocou na geladeira ou discutindo com sua mulher sobre os mais revolucionários métodos existentes no mercado para acabar com a celulite.


Abordagem doente – Quando ficar sozinho na sala com uma amiga da sua esposa, finja que está tendo um ataque epiléptico. Enrole a língua, role no chão, mie, rosne, cuspa, uive e prenda a respiração até ficar roxo.

Quando a amiga da patroa vier desenrolar o seu linguão, aplique um “chupex” nos dedinhos dela. Se ela não se horrorizar, enfie a mão dela inteira na boca. É meio incômodo, mas fique na sua.

Depois que uma pessoa faz isso com uma outra, tem liberdade total para tocar em qualquer assunto – inclusive sexual.

Libere então a mão da moça e use sua boca para convidá-la ao motel mais próximo.

Ponto positivo: Todos os absurdos que você disser vão ser atribuídos à sua “saída do ar”. Outra coisa: ninguém espanca um epiléptico até a morte por causa de uma chupadinha nos dedos.

Ponto negativo: Se você não for rápido, ela pode lhe enfiar um comprimido de Gardenal goela abaixo. Aí você vai ver o que é bom pra epilepsia.


Abordagem rodrigueana – Se você já tentou de tudo e não comeu nem aquela prima feiosa da sua mulher, não se desespere.

A maioria das mulheres nega, mas até feministas menos ortodoxas (as que não têm pinto) adoram um cara de “pulso forte”.

Por isso mesmo é que, segundo Jece Valadão, você deve partir direto pra ignorância. O negócio é ir logo metendo um tapa na cara da dita-cuja, tipo ataque de surpresa ao inimigo.

A amiga da mulher toca a campainha e já leva uma porrada nas ventas antes de botar os pés no hall. Para compensar a tolerância zero, grite um “eu te amo” a cada bofetada.

Se você for gaúcho, mande um joelhaço na prenda. E corra pro abraço.

Ponto positivo: Se ela fizer o gênero mulher de malandro, Deep Blue derrotou Kasparov.

Ponto negativo: Como hoje é moda entre a mulherada o aprendizado de artes marciais, você pode dar de cara com uma mestra do Templo de Shao-Lin e apanhar mais que bezerro na farra do boi.


Abordagem do falso gay – Num momento mais reservado com a amiga da patroa, faça cara de sofrimento e diga: “Estou em dúvida sobre minha sexualidade!”.

É tiro e queda.

Mulher nenhuma consegue ouvir isso sem dar palpite.

Depois, chorando, tente conduzir a conversa para o seguinte conceito: “Acho que não estou me realizando sexualmente porque minha mulher não sabe despertar o homem que existe dentro de mim!”.

Se sua interlocutora demonstrar indiferença, apele para a baixaria: “Inclusive estou pensando em transar com seu marido!”.

Ponto positivo: A estratégia é pau puro e não costuma falhar.

Ponto negativo: Se der zebra e falhar, mude-se para o Turquestão Ocidental, porque sua reputação de espada foi pro vinagre. Outra coisa: se a amiga de sua mulher tiver tendências homo, você corre o risco de virar o passivo dela, meu amor. Aí só lhe resta gritar “xô, vibrador, xô!”.


Abordagem da mão-boba – A patroa fazendo café lá na cozinha, a amiga dela sentada no sofá ao lado do cachorrão (você, lógico, quem mais podia ser?!), de repente ela se debruça para pegar uma revista na mesinha de centro, empina a bunda e – catapimba! – como não quer nada você enche aquele corpão com cinco dedos.

Só não pode vacilar. Tem de respirar fundo, fechar os olhos e meter a mãozona sem dó. Mas não vá me nocautear a mina nem derrubá-la em cima da mesinha. Isso pegaria muito mal, especialmente num primeiro contato.

Aponte a mão uns 20 graus abaixo, na direção da cintura da vítima. E pimba! O ideal é carcar um dos lados do popozão até sentir o buraco do quincas na ponta dos dedos e apertar firme aquele lado das nádegas durante alguns segundos.

Nos Estados Unidos, terra de puritanos, este procedimento lhe faria puxar, no mínimo, 15 anos de cadeia.

Como a lei de assédio por aqui é mais branda – e você é um baita de um sangue-ruim –, não custa nada tentar.

Ponto positivo: Não requer prática, tampouco habilidade: basta ter uma mão com cinco dedos. Não requer nenhuma articulação verbal, sofisticação ou tato. Não é necessário dizer “eu te amo”. Até um pouco de ignorância e baixaria são bons requisitos para esta abordagem.

Ponto negativo: Você corre o risco de levar um catiripapo no pé das ventas que vai lhe deixar com cara de porquinho Babe por umas três semanas. A patroa vai ouvir o estalar de dedos na sua fuça, vai vir para a sala correndo e vai transformar o primeiro tapa em linchamento. Depois de alguns minutos, sua fuselagem facial vai ficar parecendo um bife de fígado mal passado.


Abordagem tímida – Não existe nada mais eficiente para obter favores de uma mulher do que dizer que não quer obter nenhum favor dela.

Em outras palavras, diga em alto e bom som (ou melhor, num meio tom, pois os tímidos nunca são tão explícitos assim): “Você é maravilhosa e eu não sou boiola, mas acho que nunca rolaria nada entre nós...”.

No momento seguinte, a amiga da patroa vai estar no seu pé. Mantenha-se firme.

Quando ela chegar junto, baixe os olhos e diga: “Eu sou muito tímido...”.

É bem provável que, logo em seguida, ela comece a tirar a roupa. E, o que é melhor, vai tirar a sua também, já que os tímidos sempre precisam de uma mãozinha extra.

Mesmo depois de nu, continue fazendo cu-doce.

Por exemplo, experimente esconder seu sexo com as mãos, numa atitude defensiva de extremo pundonor. Não existe nada mais ridículo que um tímido pelado, mas vá em frente, você vai ganhar essa batalha.

Murmure “eu não sei se é a melhor hora para isso” ou “será que o sexo não vai atrapalhar nossa amizade?”.

Se a amiga da patroa for do tipo que se sensibiliza com a nudez envergonhada, você fez cesta de três pontos.

Ponto positivo: Bancar o tímido é fácil, basta calar a boca e fechar os olhos. Qualquer pessoa pode representar um tímido, até um sem-vergonha como você.

Ponto negativo: Se você baixar os olhos demais, a amiga da patroa vai pensar que você é um tremendo boiola enrustido. Aí, fodeu geral!


Abordagem canalha – Machuca, esgarça, corrói, humilha. Mas é absolutamente eficiente.

Olhe fixamente para a amiga da patroa e diga com convicção: “Sou corno!”.

Ela vai fazer uma expressão de total constrangimento.

Aí você pode escolher entre dois caminhos: a via diplomática ou a beligerante.

A primeira consiste em fazer aquela cara de Charles Chaplin em fim de filme. Uma coisa entre o triste e o grandioso, entre o melancólico e o íntegro.

Relaxe e fique olhando para um ponto no infinito. Assuma essa ternura que só um verdadeiro corno pode expressar.

Nesse momento ela vai querer te botar no colo. Se não quiser, é frígida.

A opção beligerante é afirmar que está vestindo chapéu de touro há seis meses, colocado por um pedreiro, e, antes que ela fique de queixo caído com a bombástica revelação, encaixar um beijão tipo roto-rooter, daqueles que a gata precisa ser levada para o massagista para curar o torcicolo.

Uma via ou outra são de difícil execução, mas quem conseguir perpetrá-las está, sem dúvida, muito próximo da canalhice sênior.

Ponto positivo: Você não tem nada a perder. Corno hoje é que nem McDonald’s, tem até nos mosteiros de Katmandu.

Ponto negativo: Uma mulher vai saber que você foi corneado. Quer dizer, em meia hora você vai ser o maior corno da América Latina. Talvez até em menos tempo, se ela tiver celular. Todos os cabeleireiros do mundo vão rir de você, seu nome vai ser repetido em todos os chás de cozinha do país, seus amigos vão te olhar como um leproso. Calcule o custo–benefício. Se a amiga da patroa valer a pena, qual é o problema de ter uma reputaçãozinha de viking?


Abordagem Internet – Convide a amiga da patroa para dar uma sapeada na nova configuração da Web que você fez no seu computador.

Computador em si já é um negócio que aproxima duas cadeiras juntinhas na frente de uma tela e coisa e lousa.

Comece mostrando uns sitezinhos anódinos: Disney, CNN, Museu do Louvre, Amazon Books, Portal do Rock, etc. Vá dando linha até chegar aos sites hardcore. Muito peito, muita bunda, muito sexo explícito, tudo com zoom, close e câmera lenta.

Nessa hora, pegue no joelho da dita-cuja e comente o site usando termos cibernéticos: “Nunca vi um bundão ergonômico tão bem-feito assim em linguagem java”.

Se a amiga da patroa levantar e for embora, você perdeu uma chance e alguns impulsos telefônicos. Se ela ficar, você ganhou o dia.

Ponto positivo: Se a sua mulher entrar na sala, você pode dar a clássica desculpa: “Estávamos procurando a página do Vaticano, mas deu um bug no motor de busca e caímos aqui na página central da revista Hustler”.

Ponto negativo: Só se der pau no computador.


Abordagem terminal – A mais radical de todas. Use apenas se todas as outras alternativas anteriores falharem.

É o seguinte: se você tiver a chance de ficar a sós com a amiga da patroa, não vacile e tire a roupa.

Isso mesmo, arranque seus panos o mais rápido possível e fique peladaço na frente dela, de preferência de pau duro. Aguarde uma reação.

Se ela só ficar boquiaberta, comece a cantar “Traficante do Amor”, do cantor paraense Wanderley Andrade, mexendo as cadeiras como se fosse uma odalisca realizando a dança do ventre.

Se ainda assim nada acontecer, pegue uma garrafa, coloque no chão à sua frente e vá rebolando e abaixando o corpo até chegar à boquinha do vasilhame.

Em não havendo reação – risos, beijos, aplausos, gritos histéricos, xingamentos ou porradas de bolsa na sua cara –, desista.

Essa mulher não é amiga da sua mulher. É um robô espião contratado pela sua sogra.

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