Pesquisar este blog

terça-feira, novembro 16, 2010

A história do grupo Legião Urbana, segundo Renato Russo

Urbana Legio Omnia Vincit. Legião Urbana a tudo vence.

Renato Russo adaptava a frase do estadista romano Júlio Cesar (Romana Legio Omnia Vincit) para assinar os textos sobre a Legião que sempre escrevia.

Ele adorava desfiar a verve genial em histórias sobre a sua "tchurma".

Os três textos inéditos e ricos em detalhes que você vai ler aqui foram concebidos durante o segundo semestre de 1982, a partir de uma necessidade de Renato de registrar o momento em que o Legião Urbana dava seus primeiros passos.

Você sabia que a Legião teve um tecladista na formação original?

Muito bem, aqui, você vai poder aprender tudo sobre essa fase da banda, segundo a ótica de seu criador. Aproveite.


Música Urbana

"Era uma vez a gente. Depois, mais gente e mais gente e muito mais gente (não é tanta gente assim; tem muito mais gente do que tem na verdade); era uma cidade. Quer dizer, antes, uma colina. Só que a colina era pequena e era uma panela.

Descemos da colina tal qual bandeirantes (essa frase horrível foi idéia do Dinho) onde é que a gente está mesmo? No porão do Cafofo, lutando contra tudo e contra todos - principalmente contra os microfones. Aparece M. Bonfá (que país é este?), estamos em 1979.

Alguns espécimes voltam do velho continente e trazem boas novas; formam-se novas bandas: AE, Blitx 64, Metralhaz, Vigaristas De Istambul, Dado E O Reino Animal, confusão geral. Muitas entradas e bandeiras e finalmente do caos nascem: Plebe Rude, Sia Trecho II, o novo Blitx, Bambino E Os Marginais, Capital Inicial e Legião Urbana.

É mais ou menos isso. Uma tribo longínqua também tinha muitos planos que se perdiam dentro de um plano só. E da Erva Maldita e Boca Seca aparece E. Paraná que, também insatisfeito, procurava algo novo. Enquanto isso, R. Russo, trovador exilado planejava voltar a fazer música elétrica.

Estamos em 1982. Somos três: Legião Urbana. Nossa primeira apresentação foi no Festival Rock Na Arena, em Patos de Minas. A segunda, um grande acontecimento tribal no Guará. A terceira, na Ciclovia, Lago Norte. Não vamos desistir. Só queremos nos divertir - ‘tá tudo muito bem’, tá tudo bom demais, mas realmente não iremos esquecer a música urbana."

Raio X

Eduardo Paraná – Tudo começou quando, em dezembro de 1980, fui convidado por um amigo para tocar em sua loja de discos, show que aconteceria em Janeiro de 1981.

Formei o grupo Boca Seca e o seu tipo de música era um rock progressivo bastante trabalhado (instrumental). Embora fossem dadas várias apresentações, o grupo se desfez em julho de 1981.

Cada um foi para o seu lado e logo depois Eduardo Paraná foi convidado para montar um grupo de rock ‘brasiliense’ que tocaria músicas de Brasília para dançar, ouvir, e principalmente gostar. Um metal pesado seria a base do grupo, formado por Bonfá, bateria; Renato, baixo; Paraná, guitarra; Paulo, teclados.

Paulo Paulista – ‘Onde é que fica o Brasília Rádio Center?’ Libriano, 16, mora em Brasília há seis meses. Como seu nome indica, é de um Estado ao sul de Minas Gerais. Universitário. É o tecladista da Legião mas também toca baixo, percussão, gaita e sabe manejar o rhythm-machine muito bem.

Esta é a primeira vez que participa de um grupo de música elétrica. (Antes tocava com o Quarteto de Cordas de Sttutgart, na Alemanha, onde ganhou o Rischenbachen, prêmio máximo para músicos jovens). Decidiu entrar para a banda para distrair-se de seus estudos. Gosta de cantar, solo, ‘Rock Around The Clock’ e aquela música da Ana Maria que comprou um biquíni.

Renato Russo – Teve idéia de formar Aborto Elétrico, que JAERA. Acabou, fim, adeus, goodbye. Continuou escrevendo e cantando músicas para quem quisesse ouvir. Sabe de cor mais de 42 músicas dos Beatles (o que não é um grande feito) e é fã incondicional dos Vigaristas de Istambul (a banda mais honesta a aparecer e depois desaparecer).

Escreve uma peça de teatro, é professor. ‘Todos os professores e professoras, sejam bem-vindos!’ Áries descendente Peixes. Não gosta de dentistas, filas de espera, música de elevador, nem de gente falsa e/ou sem criatividade.

Gosta muito de cinema e está atualmente preocupado com boatos de que a III Guerra pode começar antes que ele cumpra sua promessa de ir a Mogi das Cruzes para se encontrar com seres extraterrestres.

Como todo ser humano, é falso em casos de emergência e todos sabem que não é nem um pouco criativo. Ninguém sabe, mas foi ele quem matou Sid Vicious em 1432 a.C.

Marcelo Bonfá – Baterista. Aquário. Gosta de natação, de acampamentos, de se divertir (muito). Era do Blitx 64 (também) e tocou junto ao SLU, Autonomia Limitada, Metralhaz e o supergrupo Dado e o Reino Animal. Faz desenhos e visuais para a banda.

Aprendeu a tocar bateria logo depois da primeira quinzena de vida. Sabia dançar o pogo bem, enquanto no berço. Mais tarde, tornou-se o terror das menininhas: primeiro na Asa Norte, depois na Asa Sul, depois na Asa Leste e agora na Asa Oeste, onde reside atualmente.

Os quatro personagens acima estavam, um dia, procurando por alfinetes perdidos no chão da Rodoviária (Paraná procurava seu logotipo do Led) quando, de repente, decidiram aprender a tocar samba.

Após seis meses de tentativas frustradas em busca de apresentações (‘Não meu filho, aqui a gente não quer grupo de samba, a moda é funk. Funk, entendeu?’), descobriram que é impossível ganhar dinheiro fazendo música no país e decidiram tocar música então. Apareceu a LEGIÃO.

Arriscaram a sorte se apresentando ao vivo pela primeiríssima vez na cidade de Patos, nas Geraes, quando ninguém sabe o que aconteceu porque ninguém se lembra.

Foi um momento histórico, e de hoje em diante Roberto Carlos não recebe mais visitantes em seu túmulo: todas as pessoas estão em casa, dentes cerrados, nervosismo à flor da pele, perguntando: Mas quando será a próxima apresentação da LEGIÃO URBANA."

Legião

"A banda foi formada em agosto de 1982, por Marcelo Bonfá e Renato Russo. Bonfá vinha de uma experiência com o Dado E O Reino Animal, grupo único no sentido de ter um tecladista (Pedro Thompson-Flores), dois guitarristas (Loro Jones, ex-Blitx 64 e atualmente no Capital Inicial; e a guitarra ritmo de Dado Villa-Lobos, neto do famoso compositor australiano).

Isto sem falar no bass-man, o incrível Dinho, que, de ex-baterista e ex-heavy metal, passou a ser o líder intelectual do movimento em Brasília, com a dissolução do Aborto Elétrico.

A música de Dado E O Reino Animal era primitiva e tribal (a primeira banda a seguir esse estilo): a rica estrutura dos muitos instrumentos, muitas vezes dissonante, lembrava algo entre Doors, Velvets, com muito dos padrões repetitivos dos conjuntos avant-garde de então (principalmente Joy Division).

Mas a banda não durou. Embora fosse a que tivesse o maior número de membros instrumentais, apresentaram-se apenas uma vez, na Expoarte-VII da UnB.

Insatisfeito com problemas de ensaios e com a aparente indecisão do Loro, que na época não tinha conjunto fixo, Marcelo Bonfá volta a treinar sozinho, aprimorando seu estilo e assimilando influências - tanto do reggae como de música computadorizada (Human League, no-wave alemão e Cabaret Voltaire).

Dado Villa-Lobos desiste momentaneamente e só voltaria a pegar na guitarra mais tarde.

Enquanto isso, Renato Russo (que havia abandonado o Aborto Elétrico por motivos de insatisfação pessoal) seguia uma turbulenta carreira solo, abrindo as inúmeras apresentações dos conjuntos da época.

Deixa de lado o ataque elétrico para revelar suas composições folk-urbanas, como ‘Eduardo e Mônica’, ‘Faroeste Caboclo’ e ‘Dado Viciado’. Eram baladas com uma história (começo, meio e fim) bem diferentes do seu estilo junto ao AE.

Inevitavelmente, essa mudança começou a chamar a atenção de pessoas menos ligadas - havia os que detestavam de verdade - ao movimento elétrico da cidade.

Agora era possível compreender as letras das músicas, o que tinha sido impossível até então, devido a problemas com microfones e volume alto demais.

Além das novas composições, Russo se dedicava a transcrever para o violão de doze cordas a maioria das músicas do Aborto Elétrico (incluindo ‘Veraneio Vascaína’, ‘Que País É Este’, ‘Anúncio de Refrigerante’ entre os blues e as love-songs que passara a cantar).

Esta foi a época de ascensão dos ‘Vigaristas de Istambul’ (banda hardcore/ska, liderada pelo carismático Bernardo Mueller, e com o ska-man Jeová Stemller na guitarra, além dos iugoslavos Sava e Jovan; um pensando que era Jean-Jacques Burnel e o outro igual ao baterista dos Ramones, mas antes deste aprender a tocar bateria. Foram as bandas mais autênticas a aparecer na cidade).

Foi também a época de mudanças no Blitx-64. Bateristas que entram e saem, brigas entre irmãos por causa dos inúmeros carros que eram comprados a preço de compacto (um Maverick, um gigantesco Galaxie preto e o ‘walkie-talkie do Fred’, um absurdo Gordini vermelho, que parecia saído direto de algum disco dos B-52’s).

Era tempo também do Caos Construtivo, em que Felipe Seabra começava a aprender a destruir the eletric guitar.

Após quase um ano e meio de acontecimentos (entre loucuras, apresentações, ‘Bambino e os Marginais’, filmes super-8, exposições, festivais e acampamentos), tanto Marcelo Bonfá como Renato Russo decidiram voltar à música elétrica, dado o espetacular sucesso do Plebe Rude, banda que seria um modelo a ser seguido em termos de energia e talento (por mais que isso seja motivo de aw-shucks por parte dos Plebeus e Plebetes jóia).

Metade do Blitx-64 se junta à metade do ‘Istambul’ (os iugoslavos vigaristas voltam para casa), e aparece o XXX.

Fê e Flávio formam o Capital Inicial, junto com o Loro e, com tanta movimentação, não poderia ser diferente: a Legião Urbana é formada às pressas, com Eduardo Paraná (fã de Jeff Beck, Hendrix e Focus) tocando guitarra e Paulo Paulista nos teclados.

A experiência dá certo, mas sempre há uma corrida contra o tempo. A primeira apresentação, em um Festival de Rock em Patos de Minas, é feita com apenas três ensaios (ou quatro).

O que fica é o agito no ônibus (ida e volta), Tatiana e Tânia indo de carona até lá, para chegarem na hora da volta, os solos intermináveis do Paraná e o stage-flight do Paulista, que permaneceu imóvel durante toda a apresentação.

O segundo gig (no estádio do Cave) foi já sem Paulista, que foi ligeiramente sugestionado por Eduardo Paraná a deixar a banda. Uma pena, já que a Legião na época possuía um estilo musical invejável, como comprovam as fitas que sobreviveram.

Mais duas apresentações, sempre em estado de emergência e sem ensaios: na Ciclovia, no VI Concerto do Lago Norte (sucesso de crítica e público) e como convidados especiais da Blitz do Rio (‘Geme-Geme’), também sucesso tanto crítico como entre adeptos e não-adeptos do movimento.

Mas a inconstância de Paraná, aliada a seus intermináveis solos estilo Jimmy Page, acabou fazendo com que surgisse uma vaga para guitarrista e, então, entra outro inconstante, só que um caso pouco mais sério.

Enquanto Paraná não compreendia as nuances do estilo experimental da banda (PiL, Cure e Young Marble Giants como influências), Ico Ouro-Preto, guitarrista da fase final do AE, as compreendia muito bem; seu estilo era puro e único - em outras palavras: ideal.

Mas a falta de um ritmo fixo de ensaios, além do lendário medo de palco do artista em questão, fez com que saísse da Legião Urbana sem ao menos ter se apresentado ao vivo.

Na verdade, Ico Ouro-Preto se demitiu, um mês apenas antes da Temporada de Rock Brasiliense, deixando Russo e Bonfá na mão.

Após várias tentativas (seguir como um duo, usar percussão eletrônica, desistir, aparece das sombras Dado Villa-Lobos, grande amigo e excelente guitarrista. Só sua energia vale por todos os guitarristas que a Legião já teve. Viva Dado!"

 PS. do PS.: "Com a saída de Ico Ouro-Preto, após incidentes curiosos que, um dia talvez, serão revelados aos verdadeiros fãs da banda, Marcelo Bonfá entrou em desespero suave (que, junto com sua crise existencial momentânea, lhe deu inspiração para criar não só novos padrões rítmicos, como uma série de desenhos e badges, quase superados pela produção neo-industrial de Bernardo XXX Mueller.

Aliás, aqui cabe uma nota de interesse aos adeptos deste nosso movimento: você sabia que, tanto ‘009’ como ‘Caneta Esferográfica’, sucessos do Blitx-64 e do XXX, foram escritos por Bonfá?) O que fazer? Os ensaios continuaram, mas destes, de produtivo, só apareceu ‘A Dança’ - em sua primeira versão.

E desistir estava out-of-question. A vinda de Pedro Ribeiro do Rio (coincidentemente, um ex-aluno de inglês do Renato Russo), que se instalou permanentemente em Brasília, traz nova inspiração.

Suas histórias sobre o recente súbito sucesso dos PDS - Os Paralamas do Sucesso - fazem com que todos da banda voltem a acreditar no seu potencial, que na época se resumia a seis instrumentais ainda sem letra, um reggae que nunca dava certo e uma música inacabada: ‘Ainda É Cedo’ (a linha vocal dessa foi composta por Ouro-Preto).

É verdade que a Legião tinha vinte e tantas composições antigas para usar, mas isto seria contra a idéia básica da banda. Ao passo que, com Paraná e Paulista (e depois, sem este último), o estilo era decididamente heavy metal (para desespero de Russo e agonia mal disfarçada de Bonfá), quando da entrada de Ico Ouro-Preto a tendência foi suavizar tudo, com músicas de títulos como ‘O Grande Inverno Na Rússia’ e ataque intelectual/melódico, sans energie.

Ao entrar Dado Villa-Lobos, logo se chegou à conclusão de que seria impossível, em apenas três semanas, inventar e aprender músicas experimentais, como era o plano original.

O que fazer? Dado tem a resposta: hardcore! Três acordes!

Então, com muitos ensaios e muitas doses de energia, começaram a aparecer as bases para: ‘Petróleo do Futuro’, ‘Teorema’, ‘O Reggae’ (em fase final - Dado aprendeu em três dias o que outros levaram três semanas para aprender) e ‘A Dança’.

As letras para estas músicas foram escritas por Russo, em estado inspiradamente próximo ao da coma alcóolica, numa noite só (ou duas). ‘Química’, música recusada pelo AE (horrível, diziam eles), e também ‘Tédio’ e ‘Conexão Amazônica’ foram resgatadas por absoluta falta de tempo. ‘Ainda É Cedo’ ganhou novo estilo e o repertório básico da Legião ficou completo.

Desde a Temporada de Rock Brasiliense a banda não tem tido tempo para ensaios e músicas novas como ‘1977’, ‘Perdidos No Espaço’, ‘Setor de Diversões Sul’ e ‘Revoluções Por Minuto’ ainda não estão completas: vieram mais apresentações.

Na QL 8 Sul (onde, de acordo com as más-línguas, mas nem tanto, a banda salvou a festa), no III Festival de Windsurf, na Lagoa Formosa, e esta, no Teatro Galpão pela Expoarte VIII da UnB, todas razoavelmente bem-sucedidas.

O estilo e o ataque da Legião surpreendeu a todos, ao mesmo tempo em que ficou claro que cada uma das quatro bandas principais do movimento (Plebe Rude, XXX, Capital Inicial e Legião Urbana) já tem estilo e dinâmica próprios, sem que haja competição ou intrigas musicais.

Há uma nova força, o que é uma direção a ser seguida. Já sabem, os que sempre diziam que éramos falhos, que estamos aqui para ficar. É interessante observar como os ‘anônimos’ da cidade têm apresentado uma tendência a não dar crédito ao movimento, ao mesmo tempo em que nos copiam e insistem em freqüentar os mesmos lugares que freqüentamos.

Outro fator digno de nota aqui, é que os brasilienses só aceitam o que é canonizado pelo eixo mídia impressa - TV - juventude Rio/Sampa. Antes de Bivar e Os Inocentes, antes do Circo Voador e punks no Fantástico e Lixomania, ninguém, ninguém nos dava uma ajuda sequer aqui na cidade.

Éramos obrigados a esperar até que alguma futura estrela brasiliense da MPB nos deixasse subir ao palco (e de graça, ainda por cima), para tocar uma canção ou duas. E isso sem mencionar o pouco-caso dos técnicos de som e organizadores etc., que se achavam no direito de decidir o que deveria ou não ser ouvido pelo público jovem da cidade.

Não deixaremos que se esqueça que somos nós mesmos desde ’78, rótulos ou não-rótulos; new-wave, punk ou no-wave. O que acontece? A quem estamos enganando? Qual o verdadeiro papel do artista, n’uma cidade como Brasília, a nossa cidade? Qual o papel da imprensa; do público?

Sempre fizemos questão de ir até o público e isso ninguém poderá negar - carregávamos amps e guitarras, bateria e microfones e, só com uma tomada emprestada, uma extensão, armávamos tudo, em lanchonetes, colégios, sempre de graça para quem quisesse e pudesse ouvir.

Poucos queriam e esses, os visionários, já estão conosco agora. Estão participando, agindo, em vez de discutirem práxis em auditórios. Estão fazendo alguma coisa em vez de criticar e sorrir com o despeito próprio dos falsos membros da avant-garde.

Temos de ir em frente e para isso é necessário, ao menos, assimilar o esquema sórdido que é o meio artístico brasileiro. Principalmente quanto a aspectos ligados à produção.

Vamos ter que cobrar ingressos do público: para manter equipamento, pagar aluguel, taxas de sindicato e também da Ordem dos Músicos (que, aliás, foi muito compreensiva com a gente. Thanks, Edgard e Mr. Antunes).

Mas vamos também sempre tocar de graça, como hoje. Em resposta à música ‘Petróleo do Futuro’. O importante é você fazer o que você quer fazer.

Esqueçam os rótulos. Só não se esqueçam que amizade ainda é muito importante e que tribos são o único meio de sobreviver individualmente, sem se perder no meio de tanta informação, tanta moda e tantas mentiras. Essa é a nossa tribo. E a sua?"

Um comentário:

Unknown disse...

Queria dizer que a primeira foto la em cima, não é a legião urbana, é aborto elétrico, fique vc sabendo disso!