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terça-feira, maio 17, 2011

Aula 73 do Curso Intensivo de Rock: Metallica e Megadeth


No começo dos anos 80, o heavy metal sofreu uma de suas maiores mudanças.

Enquanto os grandes nomes da época (Iron Maiden, Judas Priest, Def Leppard) inflamavam o imaginário dos fãs com letras cheias de fantasias, músicos metidos em calças de lycra coloridas e palcos repletos de sacanagens cenográficas, uns malucos da costa oeste americana começaram a se destacar no underground, trazendo o gênero para o mundo real.

O figurino carnavalesco foi trocado pela roupa detonada do dia-a-dia: calça jeans colada ao corpo, camisetas de banda e tênis cano alto (fodidos e emendados com silver-tape).

O discurso começou a mostrar preocupações sociais.

Trocando em miúdos, desapareceu a distância que existia entre o palco e a platéia.

Herdados do movimento punk, o mosh e o stage-diving passaram a virar costumes de lei nos pequenos grupos que acolheram então a nova geração de bandas.

O Metallica foi o grupo que mais se destacou nessa leva.

A banda surgiu em Los Angeles, em 1981, depois que o baterista Lars Ulrich colocou um anúncio no jornal Recycler procurando bons músicos e o guitarrista e vocalista James Hetfield, o guitarrista Dave Mustaine e o baixista Ron McGovney foram conferir do que se tratava.

Dois anos depois, Cliff Burton entra na banda como o novo baixista e é gravada a primeira demo, “No Life’Til Leather”, que contém sete músicas.

Alguns meses depois, Dave Mustaine é sumariamente deletado do grupo e o Metallica segue para Nova York, onde é gravado o primeiro LP, “Kill Em All”, com Kirk Hammett (que era do Exodus) na guitarra.



Inovador desde sua primeira demo-tape, o Metallica acelerou as batidas, valorizou o trabalho das guitarras e tornou seu som mais agressivo – não confundir com barulhento.

Inicialmente, essa mistura foi classificada como “speed metal”, mas pouco depois surgiu a expressão “thrash metal”, batizando o gênero que fez o heavy metal deixar de ser coisa de nerd pregossauro.

Em 1984, sai o segundo e muito esperado álbum do grupo, “Ride The Lightning”, que fica 50 semanas no Top 200 da Billboard, comprovando que o Metallica viera para ficar.

Dois anos se passaram, o movimento “thrash metal” migrou da Califórnia para a Europa e, quando deu pinta de que havia inovado o suficiente, veio “Master Of Puppets”, do Metallica, para embaralhar tudo outra vez.

Aí, a coisa saiu do controle.

Nunca se tinha ouvido sons assim.

Os headbangers não acreditavam no que ouviam.



Pesadas ao extremo, com um timbre grave, porém limpo, as guitarras formavam uma massa sonora impressionante (ouça a faixa “Disposable Heroes”).

A partir daí, praticamente todos os guitarristas de metal tentaram chegar ao som que o Metallica tirou.

Foram criadas várias lendas a respeito de como tirar um som parecido no estúdio – teve gente que chegou a microfonar os amplificadores pela parte de trás.

Até que descobriram o óbvio ululante: o segredo não estava no equipamento, mas sim na palhetada.

Como dizem os guitarristas, na “mão direita”.

O álbum “Master Of Puppets” foi um divisor de águas.

O Metallica aprimorou o estilo mostrado nos álbuns anteriores, com músicas mais trabalhadas cheias de variantes.

As melodias ficaram ainda mais marcantes e o grupo colocou um pezinho no mainstream. Agradava a gregos e troianos.



Gente que gostava de metal tradicional, os radicais que só ouviam esporro e – principalmente – os que não curtiam metal e passaram a consumir o som da banda.

Embora o Metallica tenha mais tarde ficado ainda muito maior, o thrash metal viveu seu melhor momento ali.

O underground ferveu (nada a ver com a boiolice clubber) e novas bandas, clubes e festivais pipocaram no mundo inteiro.

“Este disco revolucionou o jeito de se fazer heavy metal. Teve uma influência muito grande no próprio Sepultura. Principalmente no Schizophrenia. Na época, brincávamos dizendo que tínhamos um armário de riffs baseados nas palhetadas criadas pelo Metallica. Além disso, a atitude de Master Of Puppets é fantástica. Abrange assuntos mais reais, muito pouco vistos antes no metal”, afirmou Max Cavalera.

O álbum não foi só o ápice do thrash metal: abriu os olhos do mundo para o estilo.

É importante também por ser o último trabalho do baixista Cliff Burton.

Saindo de um show na Suécia, em setembro de 1986, o ônibus que carregava a banda derrapou devido ao gelo na estrada, capotou e Burton, que extraordinariamente ocupava a cama do guitarrista Kirk Hammett, morreu no acidente.

Apesar da perda irreparável, o Metallica resolve continuar a turnê e, algumas semanas mais tarde, encontram um novo baixista, Jason Newsted (ex-Flotsam & Jetsam), que se encaixa perfeitamente no som da banda.

O Metallica retorna à Europa em 1987, para shows que acabaram sendo adiados por causa da morte de Cliff.



A garagem de Lars é convertida num estúdio de ensaio, onde a banda grava “Garage Days Revisited”, cheio de covers (como “Am I Evil?”, da banda preferida do Metallica, o Diamond Head).

No ano seguinte, sai “Cliff' Em All”, um vídeo tributo ao baixista, e o quarto LP “...And Justice For All”, que bate recordes de vendas, levando a banda a uma nova turnê mundial.

O disco é um petardo duplo, nove longos temas com muita garra e apuro.

Nada de truques, concessões ao comercialismo ou muita pretensão.

Se, no LP anterior, “Master Of Puppets”, a banda atacava traficantes e as ilusões da vida rock, aqui as letras debocham dos poderes existentes como já pode ser notado logo na capa onde Dona Justiça aparece toda atada e sendo arrancada de seu pedestal, enquanto muito dinheiro despenca da sua balança.

A mentira, a hipocrisia e a descrença podem levar a humanidade ao fim na poderosa “Blackened”.

Na faixa título (e em quase todo conteúdo do álbum) a Justiça tarda e falha para os mais fracos ou sem poderes.

A desonra e a discriminação estão em “The Shortest Straw”.

“Dyers Eve” aborda as censuras por que passa uma pessoa para ser moldada conforme quer uma sociedade, enquanto “One” é o melhor momento instrumental do álbum.

O falecido baixista Cliff Burton fez a letra de “To Live Is To Die” talvez prevendo o que lhe aconteceria.



E assim, tema por tema, a banda trata de uma vivência agressiva e o som imposto pelo quarteto não deixa por menos, é tão agressivo quanto ela.

Lars Ulrich está muito bem nos bumbos, com uma porrada firme, viradas e contra tempos precisos.

Kirk Hemmett distorce, força e recorta os andamentos com seus solos de guitarra, sem se preocupar com rapidez ou com estilos predeterminados.

Hetfield tem muito feeling em suas interpretações arrancadas do fundo da garganta de forma original para o tipo de letras que ele mesmo compõe (quase todas) para o grupo.

Apenas o trabalho do baixista Newsted aparece menos, o que não diminui em nada a eficiência da banda.

Enfim, nada de comercialismo num LP tido como o menos acessível de sua carreira, mas que os leva cada vez mais perto do que pretendem.

Os headbangers vão ouvir muito porque a peteca não caiu, o sucesso não lhes subiu à cabeça apesar dos problemas por que têm passado.

A banda se afastou, mas voltou um ano depois com “Garage Days”, um EP de covers que marcou a entrada do baixista Jason Newsted.



Em 1991, sai “Mettalica”, também conhecido como “Black Album”.

Apesar de o disco ter sido produzido por Bob Rock (o mesmo do Bon Jovi e Motley) e das músicas serem curtinhas e não aquelas pentelhações sinfônicas de antigamente, ninguém teve cara de pau para dizer que o Metallica estava diminuindo seu ataque para fazer mais sucesso – o que era exatamente o que estava acontecendo.

O que não fazia de “Metallica” um disco ruim, imagina, isto sim é que era trilha para o Terminator 2.

O disco possui o exato clima de no future futurista necessário.

Tem peso, atmosfera, influência clara (não chupação) do Black Sabath, arranjos complexados que funcionam a favor da porrada e não contra (como nos dois ou três últimos discos).

O disco todo é massacrante.



Especialmente dignas de nota são os single “Enter Sandman”, a apavorante “Sad But True”, a quase-balada “Nothing Else Matters” (com arranjo orquestral de Michael Kamen, trilheiro profissional que fez entre outras coisas a música dos dois “Máquina Mortífera”) e uma bela homenagem à mitologia estradeira, “Wherever I May Roam”.

Metallica fazia um metal moderno para quem levava metal a sério, produzido por uma banda que se levava extremamente a sério e embalado pelo melhor marketing que o dinheiro podia comprar.

Havia investimentos piores.

O Metallica levou cinco anos para lançar um novo disco, “Load”.

Mas era bom não acreditar em tudo que se ouvia ou em tudo que se lia a respeito da banda nas revistas especializadas.

Falavam que o Metallica era o novo Bon Jovi, o metal de muitos milhões de dólares.

Bobagem: “Load” era um trabalho maduro.

O disco trazia o que, em termos de gravação, chamamos de stat of art.

Tradução: muitas, muitas horas (18 meses) nos melhores estúdios, com os melhores engenheiros para criar, recriar, experimentar e captar da melhor forma cada nota de cada instrumento, de cada momento.

Tecnicamente impecável. Muito peso, energia, estilo, bom gosto e boas performances.

No disco, James Hetfield está cantando muito. As baladas que o digam.

E curioso é que exatamente isso que mais agrada no disco: a qualidade das canções e melodias.

“Mama Said”, por exemplo, é uma das melhores que a banda já compôs. E daí?

Isto é coisa para tocar no rádio? Tanto faz. O que importa é se é bom ou não.



Hoje, infelizmente, o Metallica vive uma relação de amor e ódio com seus fãs mais radicais.

Uma das bandas mais barulhentas do fim dos anos 80, ela chegou à metade dos anos 90 flertando com melodias e canções mais soft, o que lhe custou alguns fãs.

Mas não abalou seu prestígio.

No início de 1999, o grupo ganhou o quarto Grammy de sua carreira pela canção “Better Than You”, do álbum “ReLoad”, do ano anterior.

Levou também o prêmio pela melhor performance de metal e foi indicado como o melhor desempenho de hard rock.

Lars Ulrich ficou com o prêmio de melhor baterista de metal.

Lançado em 1998, “Garage Inc.” trazia somente regravações de músicas de bandas que o Metallica curtia.

Aliás, já estava mais do que na hora de os fãs terem acesso às ótimas versões que a banda fez, ao longo dos anos, para canções como “Last Caress”, dos Misfits, e “Am I Evil”, do Diamond Head.



O quarteto então caprichou: raspou o tacho de todos os EPs e lados B e ainda gravou onze novas covers – das quais o baladão “Turn The Page”, de Bob Seger, é a primeira música de trabalho – em um CD duplo.

As novidades não se atêm ao metal/punk de sempre: lá está uma versão envenenada para “Loverman”, de Nick Cave, e uma emocionada homenagem ao Lynyrd Skynyrd em “Tuesday’s Gone”.

As favoritas da casa Mercyful Fate e Motörhead comparecem em peso e, para a alegria do planeta metal, quando o papo é cover, o Metallica não economiza em fúria.

Em 1999, o Metallica começou a se transformar em uma banda blasfema no território do metal depois que pisou no Berkeley Community Theater, no coração de Berkeley, Califórnia, para enfrentar o desafio de tocar com uma orquestra sinfônica.

Eles tocaram para 2 mil pessoas, acompanhados pelos 140 músicos da sinfônica, sob a regência de Michael Kramer.

O resultado saiu em disco no mesmo ano, “S & M”, e “ficou animal”, segundo Kirk Hammett.

Em entrevista para a revista Rolling Stone, Lars Ulrich disse que estava ouvindo jazz, música clássica, além de Alanis Morissette e Oasis, e que nãos sabia como ia soar o som do Metallica no novo milênio.

“Fazemos um gênero de música em que as mudanças não são bem-vindas”, afirmo o baterista. “Quando alguém grava um novo disco de hard rock, a única novidade costuma ser a capa. Somos uma banda de hard rock, mas isso não quer dizer que pensamos desse jeito”.


Em 1983, quando foi expulso da banda Metallica (pouco antes de gravarem o primeiro disco “Kill'em All”) por seu irremediável problema com alcoolismo e drogas, Dave Mustaine jurou se vingar montando uma banda melhor e mais pesada do que o Metallica.

Na realidade Dave não foi oficialmente despedido: totalmente chapado e capotado, ele foi colocado dentro de um ônibus pelos outros componentes da banda e quando acordou estava do outro lado do país.

O guitarrista doidão não se deixou abater pelo pé na bunda levado de seus ex-companheiros e resolveu montar o Megadeth, uma das melhores e mais influentes bandas de thrash metal da história do rock.

No mesmo ano, ele se junta com o baixista David Ellefson, o guitarrista Kerry King, o baterista Lee Rash e forma o Megadeth.

O nome da banda, segundo o próprio Dave, significa o ato de morrer, mas de uma forma bem “mega”, bem gloriosa.

Como o guitarrista Kerry King também tocava em uma outra banda, o Slayer, ele apenas dá assistência para a primeira turnê do Megadeth, e em seu lugar entra o guitarrista Chris Poland, e no lugar do baterista Lee Rash, entra Gar Samuelson.

Para completar a formação definitiva que faria uma turnê, em dezembro de 1983, Dave Mustaine assume os vocais da banda, mas também continuaria como guitarrista.

Em 1984, a banda assina contrato com a gravadora Combat Records e, depois de vários shows onde testavam suas composições, entram em estúdio e lançam, em 1985, o excelente “Killing Is My Business And Business Is Good”.



A aceitação do disco, tanto por parte da crítica quanto do público, foi excelente.

O diferencial em relação ao Metallica era bastante claro desde o início: as músicas do Megadeth eram mais rápidas e incisivas, e os instrumentais, mais técnicos e apurados.

Em 1986, logo após o lançamento do álbum “Peace Sells But Who’s Buying”, Chris Polland e Gar Samuelson foram despedidos da banda por Mustaine, sendo substituídos pelo guitarrista Jeff Young e pelo baterista Chuck Behler.

O disco era um digno representante do verdadeiro metal da época.

O Megadeth não deixava pedra sobre pedra em seu novo e arrasador trabalho.

Era um autêntico death metal, com suas orgias, torturas, cerimônias negras, guitarras e destruições.



Destaques maiores da pauleira bem produzida ficaram com “Wake Up Dead”, “Peace Sells”, “Good Morning/Black Friday” e uma ótima versão metálica para “I Ain’t Superstitious”, de Willie Dixon.

O disco “So Far So Good So What”, lançado em 1988, foi o álbum de maior sucesso da banda até então, principalmente em virtude da excelente versão thrash metal do hino punk “Anarchy In The Uk”, dos Sex Pistols (transformado em “Anarchy In The USA”, depois de algumas mudanças na letra).

A banda, porém, desde seu início, passava por problemas sérios de relacionamento, com Mustaine sempre menosprezando a participação dos outros membros e constantemente sofrendo overdoses ou sendo preso por porte de drogas (em uma de suas muitas overdoses foi constatado que Mustaine havia ingerido oito tipos de drogas de uma só vez).

Em mais uma de tantas crises na banda, Mustaine despediu também Jeff Young e Chuck Behler.

Preso por dirigir sob efeito de drogas e sendo reincidente na presepada, Mustaine foi obrigado a se internar em uma clínica de reabilitação.

Depois alguns meses de tratamento, ele foi ao Tribunal de Apelação, onde jurou ser um novo homem, mais sóbrio e mais responsável, e foi liberado pela Justiça.

Mustaine convocou baterista Nick Menza e o guitarrista Marty Friedman, que formou com ele uma das mais precisas e respeitadas duplas de guitarristas do thrash.

O novo álbum, “Rust In Peace”, de 1990, trazia um Megadeth mais adulto e meticuloso em suas composições, o que levou o álbum a ser considerado pelos críticos como o melhor trabalho da banda (e pela primeira vez um trabalho realmente da banda e não apenas de Dave Mustaine, conforme ele deixou claro em várias entrevistas).



Com “Countdown To Extinction”, lançado em 1992, a tendência de produzir um som mais elaborado e letras mais consistentes se confirmou plenamente (inclusive com a banda sendo acusada de se vender e fazer música comercial para tocar nas rádios).

Críticas à parte, “Countdown To Extinction” foi um excelente álbum, mostrando uma banda profissional e ótimas composições.

As composições estavam mais curtas e diretas, sem prejuízo da complexidade dos riffs e da dinâmica das músicas, enquanto as letras eram mais expressivas, com críticas a certas hipocrisias, ironias sofisticadas e frases de efeito memoráveis (a expressão “Black tooth grin”, da faixa “Sweating Bullets”, acabou virando nome de uma bebida preparada pelos integrantes do Pantera).



Destaque para as letras de Mustaine, várias abordando os problemas com drogas pelos quais havia passado.

Lançado em 1994, “Youthanasia” manteve o bom nível do álbum anterior e alcançou o quarto lugar da parada da revista americana Billboard.

O Megadeth havia mudado.

E também havia chegado ao lugar que Dave Mustaine sempre sonhara: agora definitivamente fazia parte do time das bandas realmente grandes de rock.

Mas o grupo se rendera ao comércio?

Era um absurdo fazer uma análise simplista e dizer pretensiosamente que o som deles estava mais comercial.

Para falar deste álbum é preciso ir mais longe.

Os caras acharam o caminho certo para tornar seu trabalho mais acessível, sem desvirtuar a essência do seu som.

É fácil identificar momentos brilhantes que lembram o primeiro trabalho e senti-los nas passagens e nas melodias menos elaboradas e fáceis de digerir.

Dai a razão de tanto sucesso.



Apesar de Mustaine soltar a voz praticamente ao natural, o Megadeth continuava agressivo e pesado como nunca.

A eterna rixa entre Megadeth e Metallica (mais precisamente entre Mustaine e Hetfield) também foi encerrada, com o Megadeth e Metallica tocando juntos em alguns shows.

O trabalho seguinte, “Cryptic Writings”, de 1997, foi um álbum de volta às origens com músicas que, de certa maneira, lembravam toda a carreira da banda: “She-wolf”, “Trust”, “Secret Place”, “Vortex” e “The Desintegrators”, entre outras.

A faixa “Almost Honest” ganhou uma versão remix que foi usada na trilha sonora do filme “Mortal Kombat Annihilation”.

Em 1998, o Megadeth dá uma pausa nos shows, desta vez devido o nascimento da filha de Dave Mustaine, Electra, e logo após retomar as atividades, a banda entra no cast da “Ozzfest 98”.

Durante esta turnê, o baterista Nick Menza sai da banda para operar seu joelho, e em seu lugar entra Jimmy DeGrasso, que possui uma grande tecnica e agressividade, conseguindo agradar aos fãs do Megadeth.

Como Nick Menza não possuía mais a mesma interação com o Megadeth, Mustaine resolveu tirá-lo definitivamente da banda e continuar com Jimmy DeGrasso.



Em 2000, o Megadeth lança o álbum Risk (“Risco”), resultado de um bate-boca do cantor e guitarrista do Megadeth, Dave Mustaine, com o baterista Lars Ulrich, de sua ex-banda, o Metallica, que declarou que o Megadeth “não era de se arriscar”.

A expectativa era que o Megadeth lançasse um disco comparável ao “Black Album”, do Metallica, de 1991, que tirou a banda do gueto heavy e a colocou no topo do planeta.

Não deu exatamente certo.

O novo CD é mais acessível do que, por exemplo, os excelentes “Cryptic Writings” e “Countdown To Extinction”, e isso não é mau.

O problema é que as canções não são tão boas quanto a média de um disco do Megadeth.

A coisa começa bem, com “Insomnia” e seu fraseado oriental, a malvadona “Prince Of Darkness” e o hino “Crush’ em”, que Dave compôs para a Liga Americana de Hóquei.

Mas, quando resolve ser mais pop, o moço não se dá tão bem.

É o que se ouve em “Ecstasy”, com seu violãozinho tipicamente Roupa Nova, na esperançosa “I’ll Be There” e em “The Doctor Is Calling”.

Isso sem falar na semelhança desta última com várias canções do Metallica, como “One”, “For Whom The Bell Tolls” e “(Welcome Home) Sanitarium”.

Em resumo, um disco fraco.

Dave Mustaine poderia – e deveria – fazer coisa melhor, ao invés de ficar se preocupando apenas e tão somente com o som dos outros e com o que um chileno fala...

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