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domingo, maio 15, 2011

Aula 84 do Curso Intensivo de Rock: Blur e Gorillaz


Mas o que seria dos astros musicais sem as histórias de amor?

Paixões arrebatadoras, corações partidos, amor platônico: o que não falta é motivo de inspiração para os compositores.

Sorte dos amantes de música pop.

Alívio para esses artistas, quando sofrem de complicadas dores-de-cotovelo.

Além de chorar suas agruras em público, eles produzem obras contundentes e enchem seus bolsos com as boas vendas desses discos.


Um caso marcante de desilusão amorosa foi aquele sofrido pelo vocalista do Blur, Damon Albarn.

De uma hora pra outra, o rapaz foi largado por Justine Frishmann, vocalista e guitarrista de outra importante banda do rock britânico, o Elastica.

Na época, a imprensa divulgou notas picantes sobre o fim do relacionamento.

Damon Albarn descobriu que estava sendo traído quando notou uma série de mordidas na bundinha fornida da namorada.

O autor dos caninos salientes era ninguém menos do que outro vocalista, desta vez o afetado Brett Anderson, do Suede.

Damon, evidentemente, ficou puto da vida.

Que o cara pilasse o patê da sua namorada, tudo bem, mas daí a deixar a marca territorial dos lobos naquele seu objeto de devoção já era muito abuso.


De repente, o britpop tomou ares de novela mexicana.

Com o coração partido e cheio de mágoas, o rapaz resolveu mandar recados públicos para a ex-amada em forma de música.

Sorte que o álbum, “13”, lançado em 1999, acabou se tornando um dos melhores do Blur.

Em versos como “Oh, baby, por que logo comigo?” ou “Quando você me vir, vire as costas e vá para o outro lado”, Damon revelava o conhecido sentimento de amor e ódio típico de um complicado fim de caso.

A resposta de Justine acabou saindo na forma de “The Menace” (“A Ameaça”), segundo álbum do Elastica, lançado em 2000.

Lavagem de roupa suja em público.

Mui bela e de postura imponente no palco, Justine tem um currículo curto, mas significativo.


Em 1990, ela montou o Suede com seu então namorado, Brett Anderson.

Além de dar o nome à banda, Justine era a guitarrista oficial e continuou a apresentar-se com eles, mesmo depois do guitarrista Bernard Butler juntar-se ao grupo.

Ela acabou deixando a banda em 1991, logo depois de terminar seu relacionamento com Brett Anderson, e alguns meses depois formou o Elastica.

A guitarrista Donna Mathews, o baterista Justin Welch e a baixista Annie Holland foram contratadas através de anúncios na Melody Maker.


No final de 1993, o Elastica lançou seu primeiro single, “Stutter”, um punk rock de dois minutos com um som de três acordes, no melhor estilo Buzzcocks.

O single teve uma edição limitada que se esgotou rapidamente, graças à divulgação pelas rádios e pelas execuções nos shows.

“Line Up” saiu poucos meses depois e também vendeu muito bem, apesar de algumas críticas afirmarem que a melodia era uma cópia de “I Am The Fly”, do Wire.

No decorrer de 1994, a banda estava relativamente devagar, tocando só em shows ocasionais e gravando esporadicamente alguns singles.

Entretanto, o nome da banda continuou na imprensa britânica, principalmente por causa do romance de Justine com Damon Albarn.



Lançado em meados daquele ano, a música “Connection”, até hoje o maior hit do Elastica, sofreu as mesmas críticas anteriores, desta vez por ter usado o som de teclado de “Three Girl Rhumba”, do Wire.

Em 1995, na véspera do lançamento de seu álbum de estréia, a banda foi levada à corte inglesa pelos empresários do Wire e do The Stranglers (que afirmaram que o novo single do Elastica, “Walking Up”, havia sido “chupado” de “No More Heroes”, do The Stanglers).

Ambos os processos foram arquivados por falta de provas.


Ao chegar à primeira posição nas paradas, o primeiro álbum do grupo, simplesmente intitulado “Elastica”, tornou-se o lançamento que vendeu mais rápido no Reino Unido, batendo o recorde do álbum “Definitely Maybe”, do Oasis, lançado apenas sete meses antes.

A exemplo do Oasis, o Elastica conseguiu se tornar um grande sucesso nos EUA graças a “Connection”.

O single foi o principal hit das rádios rock modernas, tanto que chegou ao Top 60 das paradas.



O Elastica continuou a progredir nos EUA, depois que substituiu Sinead O’Connor na turnê “Lollapalooza 95”, embora a banda tivesse sofrido um baque quando a baixista Annie Holland anunciou a ausência dela no evento e sua saída do grupo.

O CD seguinte demorou anos para ser produzido e o futuro do Elastica foi alvo de grandes especulações da mídia.

Em meados de 1999, a guitarrista Donna Mathews deixou a banda, embora Annie Holland tivesse acabado de retornar ao grupo, unindo-se ao novo guitarrista Paul Jones e aos tecladistas Dave Bush e Mew.

A demora em lançar o aguardado segundo disco prometia um fiasco semelhante ao causado pelos Stones Roses, em “Second Coming”, que decepcionou público e crítica.

Mas “The Menace” não era o mesmo caso.

Afinal, do Elastica ninguém nunca esperou muita coisa.

Menos pop que o anterior, mais denso e dissonante (não há nenhuma canção grudenta como “Connection”), o Elastica continuava apostando nas referências do disco anterior, ou seja, pós-punk britânico do final dos anos 70.

A fórmula, no entanto, estava mais equilibrada.



Aquela incômoda sensação de se estar ouvindo o pastiche de vários riffs de guitarra já existentes diminuiu bastante.

Havia bons achados, como a ótima “How He Wrote Elastica Man” (com a participação de Mark E. Smith, o inabalável junkie vocalista do The Fall) e a cover de “Da Da Da”, do grupo alemão Trio.

Já que a tendência da época era fazer festinhas saudosistas ao som de músicas bregas dos anos 80, a versão se transformou em sucesso garantido.

A julgar pelas letras do disco, Justine não ficou nem um pouco feliz com os lamentos do ex-namorado.

Vai ver, Damon Albarn não era mesmo chegado a pilar um patê – o que talvez tenha motivado o flashback de Brett Anderson.



Em “Mad Dog”, Justine canta, em meio a latidos e batidas eletrônicas: “Não quero o mesmo garoto outra vez”.

Se na maioria das músicas, o clima é de festa, a faixa “Human” é o típico momento de “vamos discutir a relação”: “Eu era apenas humana / Feita de carne e sangue / Eu contaria depois pra você”.

A dor é apenas de quem é largado? Justine mostrou que não.

Há a saudade do namorado abandonado, o momento “nada mais vale a pena, vou cortar os pulsos” em “My Sex” (entre várias referências às letras de Morrissey): “O que eu quero: /.../ Quinze minutos com você /... / Um amante que me ame quando outros não tenham me amado / Fazer o seu coração bater mais rápido /... / Amar você a qualquer hora e em qualquer lugar /... / Te beijar até nossos lábios ficarem entorpecidos”.

Era uma história típica das músicas de Wando.

Se ele e os sertanejos podem, por que os refinados britânicos não podem?

Os novos relacionamentos são imprevisíveis como o sucesso de uma banda: podem durar apenas um verão, como uma vida inteira.

Justine encerrou a carreira do Elastica em 2000 e passou a fazer shows como DJ ao lado do tecladista Mew.


A estrada do corneado Damon Albarn e, por extensão, do próprio Blur, agora passa por uma noção menos espetacular e hooligan do rock.

A banda sedimenta o caminho aberto nos anos 80 por outra leva de grupos britânicos, entre eles o New Order, o Bauhaus e os melodiosos Prefab Sprout e Dexys Midnight Runners.

O Blur reconhece o legado do passado imediato e atualiza-o com canções modernas, de espasmos eletrônicos, embebidas de um descarado e desesperançoso senso de romantismo e dor-de-cotovelo.

“Está acabado, você não precisa me dizer”, canta Damon Albarn na canção que já nasceu clássica no disco “13”, a melosa “No Distance Left To Run”.

“Eu creio que as palavras funcionaram como um pedido de socorro”, disse Albarn, durante uma coletiva, sem esconder que continuava sofrendo.

Ele sempre foi o letrista e compositor do grupo, que contava com Graham Cox (guitarra), Alex James (baixo) e Dave Rowntree (bateria).

O “socorro” foi o motivo todo de suas composições: acabara de levar um chifre da namorada.



“Eu acho que a dor motiva, embora não seja parte necessária da criação”, minimizou Albarn.

A melancolia realmente perpassava a nova fase do grupo, mas a lírica não era o dado decisivo para se avaliar a sua produção.

O Blur, até então uma banda suburbana chegada em confusões e porres de cerveja Guinness, fez com “13” um retrato perfeito do fim de século musical.

Pós-moderno, parecia com tudo que conhecemos, ao mesmo tempo que conseguia extrair sua originalidade e identidade desse amálgama de citações.

O nome do produtor do disco já surgia como uma revelação: tratava-se de William Orbit, também produtor de “Ray Of Light”, aquele novo retrato em polaroid de Madonna.

Orbit encarregou-se de dar os climas retrô-futuristas ao álbum.


Mas é Albarn quem comanda o conceito, ao lado do seu escudeiro Graham Coxon – os dois se conheceram ainda no ginásio, em Colchester, e ficaram amigos pelo resto da vida.

O Blur surgiu no fim dos anos 80 sob o nome de Seymour.

Em 1989, rebatizaram o grupo com o nome de Blur.

No mesmo ano, assinaram com o selo Food Records.

Seu primeiro single, “She’s So High”, saiu em 1990. Não aconteceu.

Foi o segundo que os tirou do anonimato, “There’s No Other Way”, que dominou as paradas inglesas em 1991.

O produtor do single era Stephen Street, o mesmo de feras como The Smiths, Morrissey e The Cranberries.



Ainda em 1991, eles estrearam com um disco, “Leisure”.

As harmonias e melodias eram uma mistura de Beatles e rock setentista, de Pink Floyd com Led Zeppelin.

Era o que diferenciava o Blur do som que vinha da América, mais pesadão àquela altura do campeonato.

As guitarras na tradição punk conviviam com um ataque melódico que parecia retornar à era dos Beatles “pré-álbum branco”.

A seguir, Damon Albarn enfrentou sua renitência em ser compositor e passou a fazer as letras.



O álbum “Modern Life Is Rubbish”, que veio depois, em 1993, já traz a marca dessa modificação.

Cordas sutis conviviam com ataques pesados de guitarra.

Foi aí que começou a rivalidade com o Oasis (que, na verdade, só existe para a mídia).

Com “Parklife”, em 1995, eles atingiam a maioridade.

Ganharam quatro Brit Awards, o Grammy inglês, e passaram a ser vistos com respeito também como instrumentistas.



Mas ainda pareciam iguais aos outros todos, talvez com um vocalista melhorzinho.

O quinto álbum, “Blur”, ratificou essa idéia.

Ficaram dois anos afastados e voltaram com uma pérola de número “13”.

Valeu a pena esperar.

O disco seguinte, “Think Tank”, marcou a aproximação do compositor e produtor Norman Cook, mais conhecido como DJ Fatboy Slim.

Os fãs mais antigos Blur devem ter estranhado muito o sétimo álbum de estúdio da banda.

O Blur não soava mais tão ligado ao rock e aos lancinantes solos da guitarra de Graham Coxon, que deixou a banda durante as gravações.

No novo som do quarteto, havia uma nítida influência do grupo virtual Gorillaz, o bem-sucedido projeto paralelo de Damon Albarn.



Em “Think Tank”, o grupo se afastou do rock mais virulento e apostou em baladas plácidas como “Out of Time” e “Good Song”, algumas com sotaque oriental.

Claro que há ecos do Blur de discos antológicos como “Parklife” (1994) e “Blur” (1997), sobretudo na faixa “Crazy Beat”, de maior peso.

Aliás, “Crazy Beat” é uma das duas faixas produzidas pelo DJ Norman Cook, popularmente conhecido como Fatboy Slim (“Gene By Gene” é a outra música que tem a colaboração do DJ na produção).

Outro colaborador ilustre é William Orbit, ex-produtor de Madonna, que sedimentou a incursão da diva pelo universo eletrônico no CD “Ray of Light”.

Orbit meteu sua mão na balada “Sweet Song”, destaque do álbum.

“Think Tank” é um bom disco, mas causará decepção naqueles que buscam o Blur de hits como “Song 2”.

Guiado por Albarn com mão de ferro, o grupo soa mais como Gorillaz do que como Blur.


A banda virtual Gorillaz é uma invenção de Damon e do desenhista de HQ James Hewlett, criador de “Tank Girl”, cultuado por milhares de fãs em todo o mundo.

A viagem dos dois começou quando moravam juntos, em Londres, e passavam as madrugadas assistindo à MTV.

Damon e Jamie pensaram: “Por que não fazemos uma banda de desenho animado?”.

A partir daí, discutiram e escreveram sobre a personalidade de cada integrante da banda virtual. Colou.


O vocalista 2D tem 23 anos e vive mergulhado em uma eterna enxaqueca.

Ele era um cara normal até sofrer dois acidentes provocados por Murdoc que o fizeram literalmente perder a visão (“He’s got his head checked by a jumbo jet”, cantam).

Como resultado (além da enxaqueca sem cura), o cara entrou em transe total e hoje possui algo como uma folha de papel em branco onde deveria haver seu cérebro.

É um doce de coco, adorado por todo mundo (exceto Murdoc) e possui legiões de fãs femininas que adorariam tê-lo como namorado (“There u go damon albarn”, replicam).

Segundo ele, Murdoc teria salvo sua vida e é um dos motivos pelos quais o ajudou a fundar a banda.

O raquítico 2D é o sex symbol dos Gorillaz, com seu inusitado cabelo porco-espinho e semblante sempre vazio.


O baixista revoltado, invocado e casca-grossa Murdoc tem 35 anos e pode ser tudo na vida, menos um sex symbol.

Ele se diz influenciado por Black Sabbath, dub e Dennis Wilson.

Dizem que ele costuma atear fogo em gatos e que possui o poder de controlar a mente das pessoas.

Sua diversão favorita é bater em 2D.

Autodidata, aspirante a guru e líder da banda, é ele quem fala pelo grupo nas entrevistas, pouco se lixando com o que as pessoas vão pensar dele ou de seus companheiros.

Ex-viciado em speed, Murdoc está sempre com um cigarro na boca e quase nunca toma banho.


O baterista afro supereducado Russel tem 25 anos e nasceu em Nova York.

Ele é a verdadeira espinha dorsal da banda e funciona como um elo de ligação entre os membros do grupo, resolvendo conflitos mais sérios e manifestando uma polidez inata.

A única coisa que atrapalha sua vida é o fato de seu corpo ser uma espécie de canal para vários espíritos, inclusive tendo sido exorcizado no passado.

As mulheres adoram sua segurança sólida, os homens, suas credenciais sólidas.

Quando todos os seus companheiros rappers foram mortos em Brooklyn High, ele resolveu se mudar para a Inglaterra e, lá, acabou conhecendo os dois cabeças do Gorillaz.

Oriundo do hip hop, suas influências são Chaka Khan e Louis Farrakhan.


Nascida em Osaka, Japão, há dez anos, a guitarrista Noodle é a personagem mais enigmática do Gorillaz.

Nem ela sabe quem é.

Quando Murdoc e 2D precisavam de alguém para fechar o círculo do Gorillaz, receberam via FedEx uma encomenda no mínimo inusitada: uma garotinha fã das Meninas Superpoderosas e dos Pókemons, que saiu quebrando tudo e tirando riffs incríveis da guitarra.

A única palavra em inglês que ela sabia falar era “noodle”.

Foi contratada na hora.



A música que deu fama e prestígio à banda virtual, “Clint Eastwood”, foi lançada em março de 2002 e virou febre mundial.

Dificilmente chegariam aonde chegaram se não fosse a Internet.

Gorillaz pode não ser – e certamente não é – a primeira banda virtual a fazer sucesso mundial, mas é a primeira a tirar proveito da tecnologia e das possibilidades abertas pela grande rede.

Assim como The Archies, Josie e as Gatinhas, The Monkees e outros saíram da tela da tevê para a vida real, Gorillaz saltou de um site na Internet para o topo das paradas de sucesso, sem deixar de ser virtual.

Entre o conglomerado eclético de artistas que integraram o primeiro álbum da banda estavam o produtor de hip hop Dan “The Automator” Nakamura, a cantora Miho Hatori, do Cibo Matto, a baixista do Tom Tom Club, Tina Weymouth, o rapper Del, da Funky Homosapien, e o cantor cubano Ibrahim Ferrer, do Buena Vista Social Club.



Gorillaz era a mais sagaz paródia que a música pop já fez de si mesma.

Quando criaram uma banda de cartoon de “mentira”, mas animada (nos dois sentidos), Damon Albarn, Jamie Hewlett e Dan Nakamura estavam tornando real a imagem do estrelato no século 21.

Bandas são irreais, os maiores vendedores de disco são os que mais dublam em programas de tevês, os papéis do músico ou DJ não são muito visíveis no resultado final e cada artista cria sua própria história para satisfazer a mídia, seja Marylin Manson ou Les Rythmes Digitales.

Nesse sentido, Gorillaz torna-se mais autêntico e verdadeiro do que N’Sync.

E fez um dos melhores álbuns do ano, só pra fugir à regra, em que hip hop é o pano de fundo da produção narcótica e enfumaçada.



Além disso, há a voz de Damon Albarn (ou seria 2D?), o rock do “amanhã chegando hoje” – “Tomorrow Comes Today” foi o primeiro single.

Mas comece pelo final, por Ibrahim Ferrer cantando em “Latin Simone”.

Hip hop, Cuba, scratches, Inglaterra, cartoon, trompetes, beats eletrônicos, backing vocals de Damon, informação.

“Que pasa contigo? Mirate a ti mesmo”. Inebriante.

Caia depois em “Clint Eastwood”, o super-explosivo hit em que o vocalista 2D traz “raios de sol dentro da bolsa”.

Seria um rap futurista há 15 anos.

“Re-hash”, a faixa de abertura, sai-se como Blur de “13”, uma “doce sensação over the dub”.



No segundo disco, “Demon Days”, o grupo contou com as participações de nomes como Neneh Cherry (irmã de Eagle Eye Cherry), Da La Soul, Martina Topley-Bird, Roots Manuva, MF Doom, Ike Turner, Bootie Brown de Pharcide, Shaun Ryder, Dennis Hopper, London Community Gospel Choir e San Fernandez Youth Chorus.

No terceiro disco, “Plastic Beach”, os convidados eram artistas tão diferentes quanto Lou Reed e Mos Def, Little Dragon e Snoop Dogg ou Gruff Rhys (do Super Furry Animals) e De La Soul.

Embora a essência fosse a mesma, o Gorillaz estava mudando.

Ou como definiu Jamie Hewlett em uma entrevista: “O Gorillaz agora, pra nós, não são mais quatro personagens animados – é mais uma organização de pessoas trabalhando em novos projetos. Queremos oferecer coisas novas”.

As muitas partes instrumentais clássicas, interpretadas por orquestras, cercadas de influências hip hop, eletrônicas, rock setentista e dub, dão um tom diferente no trabalho, mostrando – mais do que alguns críticos chamarão de “evolução” – um interesse em fazer um disco musicalmente cada vez mais interessante.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Cara, gostei muito do seu post. Difícil encontrar muita gente que nao conheça o blur só por song 2 ou pela chatice da rivalidade c/ o oasis e a batalha do britpop. Alias, acho q nenhuma das duas bandas deve gostar muito dessa definição do som deles como britpop.