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terça-feira, maio 31, 2011

A voz da razão


Via e-mail, o leitor Ariosto Bandeira, de Ji-Paraná (RO), tenta colocar um pouco de ordem (e bom senso) no mocó:

Caríssimo Simon People

Talvez você não se lembre de mim, mas conversamos muito sobre rock na antiga Livraria Cabocla, do escritor Rui Chaves, em meados dos anos 80.

Eu estava acompanhando o curso de rock com muita dedicação, até começar a acontecer os problemas já conhecidos: excesso de vídeos travando as páginas.

Aqui em Ji-Paraná, eu pago por uma internet de alta velocidade (1M), mas só recebo 200K.

Acho que em toda a região Norte este problema é igual.

Minha sugestão: retome as aulas de rock sem postar vídeo.

Quem se interessar, depois vai para o YouTube e procura o que preferir.

O importante é estar com as informações na mão – e isto você pode nos oferecer.

Quando for a Manaus, no final do ano, vou te procurar porque quero comprar um exemplar autografado de seu livro sobre rock.

Abraços do amigo


NOTA DO EDITOR DO MOCÓ

Como estou indo pra Coari nesta quarta-feira e só retorno domingo, o blog vai ficar fechado pra balanço.

Vou aproveitar para dar um limpa nos vídeos dos posts anteriores pra facilitar a navegação da moçada.

A partir de segunda-feira, retomamos o nosso curso de rock (sem vídeos) e seja o que Deus quiser.

Oh, yeah!

sexta-feira, maio 27, 2011

Nosso amor de ontem: George Burns


George Burns, nome artístico de Nathan Birnbaum (20 de janeiro de 1896 – 9 de março de 1996), foi um respeitado ator e comediante yankee.

Com sua esposa Gracie Allen formou uma dupla que fez muito sucesso no cinema e na televisão durante 19 anos.


Após a morte dela, ele continuou atuando no cinema, na televisão e no teatro.

Em 1975, ele ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante por sua atuação na comédia Uma Dupla Desajustada (The Sunshine Boy).

Era famoso por seu constante bom humor e pelo amor intransigente por cigarros e charutos.

Em julho de 1994, Burns caiu em sua banheira e teve de se submeter a uma cirurgia na cabeça.

Sua saúde começou a degringolar.

Todos os preparativos para comemorar o seu centésimo aniversário foram cancelados.

Em dezembro de 1995, Burns ainda estava bom o suficiente para assistir a uma festa de Natal organizada por Frank Sinatra.

Acabou pegando uma gripe, que lhe deixou ainda mais fraco.

Em 20 de janeiro de 1996, ele comemorou seu centésimo aniversário, mas já não não tinha forças suficientes nem para se levantar da cama.

Em 9 de março de 1996, apenas quarenta e nove dias depois de seu aniversário, Burns morreu em sua casa em Beverly Hills de uma parada cardíaca.

Seu funeral foi realizado três dias depois, no Wee Kirk Heather em Forest Lawn Memorial Park Cemetery, Glendale.

George Burns foi enterrado com seu melhor terno azul escuro, camisa azul claro e gravata vermelha, juntamente com três charutos no bolso, a sua peruca, seu relógio presenteado por Gracie, o seu famoso anel, e no bolso, as chaves da casa e sua carteira com 10 notas de cem dólares.


Algumas frases desse figuraço:

Eu preferiria ser um fracasso em algo que amo, do que um sucesso em algo que odeio.

Eu fumo porque, na minha idade, se não tenho algo em que segurar, eu caio.

Você não pode evitar de envelhecer mas você não tem que ser velho.

Quando você chegara aos 80 já terá aprendido tudo. Você só precisara lembrar disso.

O segredo de um bom sermão é ter um bom começo, um bom fim e ter ambos o mais perto possível.

Não importa o que as outras pessoas falem de você, o importante é que você continue sendo a pessoa que sempre foi, e se mudar mude para melhor. Não fique na cama... a menos que você possa fazer dinheiro deitado.

Já fui casado por um juiz. Eu deveria ter pedido um júri.

Felicidade é ter uma família grande, carinhosa e amorosa... morando em outra cidade.

Na realidade, basta um drinque para me deixar mal. Mas nunca sei se é o 13º ou o 14º.

É muito ruim que todas as pessoas que sabem como dirigir o país estão ocupadas dirigindo táxis e cortando cabelo.

Você nunca será o homem que sua mãe era.

O sexo é uma das 9 razões pelas quais gostaria de reencarnar. As outras 8 são irrelevantes.

As pessoas me perguntaram que presente gostaria de ganhar nos meus 87 anos. Respondi: “Um teste de paternidade”.

Me encanta cantar e me encanta tomar whisky. A maioria das pessoas prefere me escutar tomar whisky.

Primeiro você esquece os nomes. Logo você esquece das caras. Depois se esquece de subir a braguilha. Finalmente se esquece de baixá-la.

Sabem o que significa chegar em casa de noite e encontrar uma mulher que lhe dê um pouco de amor, um pouco de afeto e um pouco de ternura? Significa que você errou de casa!

Na minha idade, as flores e as velas me assustam.

Sou tão velho que quando eu era uma criança, o Mar Morto só estava doente.

quinta-feira, maio 26, 2011

A arte milenar da paquera


Entre os esportes favoritos de um verdadeiro macho está aquilo que os vulgos chamam correr atrás de um rabo-de-saia ou, simplesmente, correr atrás de um rabo: a paquera.

É verdade que, atualmente, em razão da falta de machos no mercado, a paquera não é mais uma exclusividade masculina: tem muito sapatão abrindo uma concorrência desleal.

Mas devemos nos ater às raízes do esporte, aos primórdios, ao início da paquera tradicional, aquela do tempo em que quem comia era o homem.

O homem não é um animal desgarrado da cadeia natural biológica.

É muito raro em biologia ver, em outras espécies animais, fêmeas terem vários machos.

É freqüente, contudo, que os machos tenham várias fêmeas.


A produção do gameta na mulher é mensal, ou seja, a fêmea ovula apenas uma vez por mês.

O homem produz espermatozóides o tempo todo.

A mulher pára de ovular quando entra na menopausa.

O homem só pára de produzir esperma se lhe amputarem o saco.

É como se a natureza tivesse preparado dois tipos de indivíduos, um deles com uma metralhadora giratória pronta para entrar em ação a qualquer momento.

Isso sugere uma certa promiscuidade sexual inata, quer dizer, o macho está sempre apto a reproduzir, bastando pra isso ter uma xereca dando sopa.

E o que não falta é xereca dando sopa.


Outro aspecto importante é que o macho aceita com muita facilidade uma relação em que só haja atração física, desejo sexual e muito prazer, obrigado, enquanto a mulher tem mais dificuldade em aceitar esse tipo de relação.

Para a mulher trair o seu parceiro, ela precisa de um motivo.

O macho precisa apenas de um local.

A mulher trabalha no plano do romance, o macho trabalha no plano do sexo.

A preocupação da mulher é se dar inteira para um príncipe encantado, a preocupação do macho é não gozar muito depressa.

A mulher quer segurança, compreensão e carinho, o macho quer apenas que depois ela vire a bundinha.

Algumas vezes, a mulher não atinge o orgasmo.

O verdadeiro macho sempre goza.

A única força que move o ser humano é a sua fantasia de conquistar a mulher impossível (ou a vizinha impossível, a bicha impossível, o sapatão impossível, o doberman impossível, o estivador impossível, etc., cada um com suas preferências e fixações sexuais).

E a mulher impossível, para um verdadeiro macho, vai ser sempre aquela que ele ainda não comeu.


É por isso que as mulheres se dividem em duas categorias básicas: uma minoria que você já comeu e uma maioria que você ainda vai comer.

Por uma questão de metodologia, nós nem vamos ficar perdendo tempo com a questão das minorias, que isso é danado pra dar galho.

A cantada é a chave da sedução e sua eficácia depende, acima de tudo, de um agudo senso de oportunidade.

Seu arsenal de approach deve ser o mais variado possível.

Não existe mulher difícil, isto é frescura: o que existe é mulher mal cantada.

Os gênios criativos da arte da paquera e da ciência da sedução trabalham com obsessão.

Não perambulam sob macieiras esperando que a fruta caia no chão ou que um raio os fulmine.

“Quando a xana não vem até mim, ando meio caminho ao seu encontro”, disse Don Juan de Tenorio.

O italiano Giovanni Jacopo Casanova comia uma mulher casada por dia, mesmo quando estava doente ou esgotado.

Você pode (e deve) fazer o mesmo.

Basta ter decorado na ponta da língua uma meia dúzia de frases feitas e não ter vergonha de usá-las.

Você vai pegar muitos “foras”, acredite, mas também vai comer muitas xerecas.

Sem contar os lortos.

Dados os esclarecimentos iniciais, mãos à obra que cachorro molenga só come com os olhos.

Em salões de automóveis


Mesmo que seu meio de locomoção preferencial seja o busão, não perca a chance de visitar esses locais cheios de máquinas superpoderosas dispostas a fazer um test drive gratuito.

Dê preferência para os stands de carros brasileiros.

Afinal de contas, as demonstradoras tupiniquins só estão ali fazendo um bico para ajudar no pagamento da faculdade particular.

Não custa nada prestigiar o produto nacional.

Já as demonstradoras dos stands de carros importados trazem o cifrão do dólar impresso na menina dos olhos e só dão atenção para velhos carecas.

Fuja delas.

O negócio é se fingir de expert em conversas automotivas (peça dicas de seu mecânico ou de um lanterneiro, se for o caso).

Você pode se aproximar de um stand e, sem tirar os olhos do burrão da demonstradora, abrir o coração:

“Uau! Esse é o novo EcoSport da Ford?! É verdade que ele é mais resistente, suporta maior peso, tem lubrificação permanente, a carroceria é mais lisa e cheia de curvas, o interior é mais confortável e macio, tem duplo air bag, o escapamento é mais silencioso, não vaza óleo, tem tração na frente e atrás, não faz barulho se a marcha entra raspando e aceita engate na traseira?”

Se a demonstradora rir meio encabulada, você fez uma cesta de três pontos.

Se ela ficar séria que só cachorro andando de canoa, se dirija ao stand seguinte.

Em bares e restaurantes


A abordagem tradicional é feita por meio de torpedos bem-humorados.

Em um guardanapo de papel, você escreve seu nome, telefone e algum poema erótico como “Eu olhei pra você e lembrei que o meu Kojak está precisando de uma peruca nova. Seria muito eu pedir pra apresentar ele à sua xoxota?” ou “Sou médico e você me parece sofrer de incontinência urinária. Você não quer que eu tranque sua urina num sofá que tenho lá em casa?”.

Peça pro garçom entregar o bilhete e fique atento para avaliar o resultado.

Se ela sorrir, está na caçapa.

Se ficar puta, você pergunta o preço.

Em barzinhos da moda


Como o próprio nome dar a entender, tratam-se de estabelecimentos destinado à biritagem infanto-juvenil, com a maior quantidade de louras por metro quadrado do universo.

É o local preferido pela galera do NCN (Ninguém Come Ninguém).

Nesses locais, não raro, podemos ver um mauricinho encarando um chope com pizza de chocolate acompanhado de uma lourinha tomando Red Bull com água tônica.

A música quase sempre é na base de fichas e se você não sabe que merda é Rouge, KLB, Los Hermanos e Sandy & Junior, é melhor nem passar por perto.

O chato de cantar mulheres louras – inclusive as que usam óculos – é que nelas a ficha demora a cair.

Por exemplo, você executa seu melhor sorriso de cafajeste e diz “Ôi, gata... Qual é seu telefone?”

Ela imediatamente vai dizer: “Nokia. E o seu?”

Com aquele jeito de cachorro que quer um osso, você comenta: “Que curvas, hein!”

Ela vai sorrir e arrematar: “Nem me fale... Eu bati o carro sete vezes pra chegar até aqui”

Como quem não quer nada, você diz: “Eu não tiro o olho de você!”

Ela vai retrucar: “Ainda bem, né? Senão eu fico cega!”

Quando uma das amigas dela atravessar sua alça de mira, você faz uso de seu hipnotizante olhar 43 e manda ver: “Nossa! Eu não sabia que boneca andava!”

A lourinha amiga da lourinha vai parar, te olhar com cara de idiota e dizer: “Sério? Nossa, cara, você está mesmo por fora, hein?... Já tem até Barbie que anda de bicicleta!”

Também não adianta bancar o romântico e dizer “Meu coração disparou quando eu te vi!” porque a lourinha pode gritar “Socorro! Alguém ajude! O moço aqui está tendo um ataque cardíaco!”

Nem bancar o descolado e propor “Quer beber alguma coisa?” porque ela vai cair matando: “Ai, garçom, que bom que você apareceu!”

Se, apesar de tudo, você conseguir rebocar uma loura pro abatedouro, parabéns!

Na cama, onde inteligência não conta, elas são um fodão!

Nos restaurantes por quilo


O restaurante por quilo é o paraíso perdido das bancárias, comerciárias e funcionárias públicas famintas, que não podem perder muito tempo no horário do almoço.

Em linhas gerais, o restaurante oferece uma grande variedade de pratos quentes, acompanhados de grelhados, além de saladas, molhos e outros acompanhamentos à sua escolha, e tudo isso a um preço acessível.

Mas não é uma experiência sensorial das mais agradáveis.

Se você não tiver ânsias de vômito ao ver alguém colocar no mesmo prato lasanha com pastel de queijo, picanha mal passada, risoto com gorgonzola e nozes, empadão de bacalhau, feijoada completa, pirarucu desfiado e filé ao molho de shitake, se prepare para a guerra.

O negócio é entrar na fila, se encaixar na primeira bundinha disponível e distribuir seu repertório de frases espirituosas: “Nossa, mas não tem nada de bom pra comer hoje... A não ser que você esteja no cardápio, broto!”, “E aí, gata, você gosta de verdura no cozido?”, “Não gostou dos pratos? Vamos lá em casa que eu te dou uma comida legal!”, “Tá vendo essa lingüiça? Pois a minha dá duas dessas!”, “Comida horrível, né? Quer tal ir lá em casa pra ver se eu cozinho melhor?...”.

Se a dona da bundinha não jogar o prato de salada russa na sua cara, você ganhou o dia.

Em sorveterias e lanchonetes


A não ser que você goste de patricinhas (adolescentes ainda cheirando a leite materno, mas com toda pinta de que já estão fodendo), evite sorveterias e lanchonetes.

O principal problema para uma abordagem nesse local é que, se você tiver passado a noite anterior enchendo a moringa, um sorvete de taperebá não desce nem com porrada.

Pior: nesses locais não vendem birita nem pra dar pro santo.

Se ainda assim você quiser tentar, vá em frente.

Mas nada de chegar falando “Pega no meu canudo e me chama de Toddinho!”, que as meninas podem sair correndo.

Vá com calma.

É melhor tentar algo assim: “Gatinha, em vez de príncipe encantado é melhor você ficar com o lobo mau: ele te enxerga melhor, te ouve melhor e depois ainda te come”.

Ou então: “Vou te roubar pra mim, gatinha, porque roubar pra comer não é pecado”.

De qualquer forma, se você conseguiu vencer a náusea e a guria já está no papo (basta pagar um sundae de baunilha e prometer um tênis L. A. Gear cor-de-rosa ou um jeans da Cicatriz), lembre-se de perguntar o peso da moça.

Afinal de contas, um machão experiente como você não vai querer se meter em encrencas por ter feito mal a uma patricinha de menor, não é mesmo?

Patricinha de menor é qualquer uma que pese menos de trinta quilos.

Em boates e discotecas


Parta do princípio de que mulher que freqüenta estes ambientes está querendo foder.

Quem conseguiria se divertir com um som de 130 decibéis no ouvido, canhões de laser que só faltam cegar, possibilidade real de intoxicação por fumaça de gelo seco, salada musical que vai de Elymar Santos ao Pet Shop Boys, chope morno feito de espuma, servido em copos descartáveis escrotérrimos e custando uma grana preta?

Ninguém.

Logo, se aquele povo todo está ali é porque está a fim de se foder.

O lance é partir pro discurso direto, a cantada explícita, a convocação sem subterfúgios.

“Bonito vestido. Posso falar contigo fora dele?”, “Me fode se eu estiver errado, mas você não quer me dar um beijo?”, “Posso fazer cosquinhas na sua barriguinha pelo lado de dentro?”, “Dizem que o amor é uma coisa maravilhosa. Vamos fazer um pouco e descobrir?...”.

Não esqueça que uma eventual recusa pode se dever ao fato de a moça estar naqueles dias.

Neste caso você pode explicar que, quando estão pintando a porta da casa, a gente entra por trás, ou que não tem problema nenhum: sempre que você frequenta rodízios de churrascaria prefere mesmo as carnes malpassadas.

Em praias e piscinas


A grande vantagem de abordar mulheres nesses locais é que, de uma maneira ou de outra, elas já estão molhadinhas.

Ponha um arco-íris na sua moringa e fique lelé da cuca num dia de sol: a tática é primária.

Aproxime-se da lebre como quem não quer nada, naturalmente, querendo tudo.

Coloque um cigarro apagado no canto da boca, peça o bronzeador dela emprestado, lambuze bem as mãos, faça aquela sua cara de safado sim, mas com todo respeito, e então peça, delicadamente, pra ela pegar seu isqueiro no bolso da sunga e acender seu cigarro.

É claro que ela vai meter a mão no seu bolso, é evidente que o seu bolso não tem fundo e é óbvio que ela vai acabar pegando mesmo é no cheio-de-varizes.

Se ela der um gritinho de espanto e começar a rir, está na caçapa.

Se tiver uma crise nervosa e começar a chorar, também.

Em festinhas de embalo


Certifique-se, primeiro, de que a mulher a ser abordada não tem nenhum parentesco com o dono da casa.

Peça para ser apresentado por algum conhecido.

Com os dedos rolando as pedrinhas do uísque no copo, procure arrebentar a boca do balão logo de cara, engatando uma frase dúbia, que permita mil leituras enviesadas.

Que tal: “Ó, dama por quem me aflijo, lhe suplico que consintais que introduza o por onde mijo naquilo por onde vós mijais”.

Se ela ficar horrorizada com a cafajestice, capriche no sorriso de canto de boca, coce acintosamente os colhões, coloque as sobrancelhas na posição é agora ou nunca e vá logo atalhando: “Não me leve a mal, mas você não gostaria que eu pintasse de branco a parede do seu útero?”, “Você tem colher? Porque eu estou dando a maior sopa!”, “Está vendo aquele cara ali? Pois é, ele está perguntando se você não quer trepar comigo...”, “Sexo selvagem mata. Então, que tal a gente morrer feliz?...”.

Se ela ficar ligeiramente lívida e lhe der um tapa na cara, está no papo: quem desdenha, quer comprar.

Se ela lhe der um bico no meio da canela e sair resmungando, não se avexe.

Pode ser que ela esteja apenas querendo amolecer seu pau, insinuando que ainda é cedo, a festa mal está começando.

Em lan houses e cybercafés


As lan houses são estabelecimentos comerciais onde os usuários pagam para usar computadores conectados à Internet para jogos on-line.

Já o cybercafé é um local que funciona também como bar ou lanchonete e oferece aos seus clientes acesso à Internet, mediante o pagamento de uma taxa, usualmente cobrada por hora.

Nos dois casos, você vai entrar numa seara formada majoritariamente por nerds e geeks, quase todos usando potentes headphones nos ouvidos.

Há ainda a tribo dos cosplayers, pessoas fanáticas por animes e videogames que se vestem como os personagens que cultuam e se reúnem para realizar concursos temáticos.

Existem teorias que dizem que nerd e geek são a mesma coisa, a única diferença é que os geeks conseguem namoradas.

Prefiro um exemplo mais ilustrativo: digamos que o Bill Gates seja um nerd.

Nesse caso, o Steve Jobs seria um bom exemplo de geek. Entendeu?

Bom, mas isso não vem ao caso.

O caso é que suas chances de pegar uma fêmea nesse ambiente inóspito são próximas de zero.

A não ser que você também seja um nerd. Ou um geek.

Mas vamos supor que você avistou uma cosplayer da Kaname Chidori, do anime Full Metal Panic.

Com jeito de quem não quer nada, você se aproxima e bate de trivela: “Posso colocar meu pen-drive na sua porta USB? Pode ser na frontal ou na traseira, tanto faz...”.

Se o sargento Sousure Sagara, que sempre protege a garota, não te cobrir de porrada, você passou de fase e vai comer a Chidori.

Se não, não.

Em cinemas e teatros


Você deve fazer a abordagem sentando sempre atrás da futura vítima.

Incline o corpo pra frente e, com a cabeça quase colada no ouvido dela, comece a comentar a cena que estão assistindo.

Evite sempre usar um palavreado florido que, além de ser completamente out, ainda parece coisa de viado.

Os tempos atuais impõem agilidade verbal.

Você pode comentar que o filme (ou a peça, o ator, a platéia, a iluminação, o ar-condicionado, etc) é a pior merda que você já viu nos últimos dez anos e ir direto ao assunto: se ela topa foder.

Se ela se virar para saber de onde partiu o convite, não tem jeito, já está no papo.

Se ao virar ela aproveitar para lhe dar um tabefe, melhor ainda. As mulheres violentas são sempre um fodão.

Se ela permanecer impassível por alguns minutos que vão parecer horas e se levantar, silenciosamente, trocando de lugar, isso é uma senha para você ir atrás e sentar ao lado dela com o pau pra fora.

Mas dê um tempo.

Banque o durão.

Galo velho não corre atrás de galinha.

Em praças públicas


A abordagem preferencial é perto de igrejas que possuem alta concentração de pombos.

É um romantismo mixuruca, mas que sempre funciona.

Você se aproxima da vagabunda em questão e, sem que ela perceba, joga bastante milho ou pipoca próximo dos seus pés.

Quando aquela revoada de pombos se aproximar pra disputar os grãos, com certeza a paquerada vai se sentir a própria Sophia Loren cruzando a milanesa praça do Duomo e falar alguma abobrinha espirituosa, tipo “Puta que pariu, mas eu nunca vi um espetáculo alado tão fascinante!”.

Você aproveita a deixa e entra de sola: “É porque você ainda não prestou atenção que eu estou guardando essa pomba aqui só pra você. Deixa eu colocar um pouco a bichinha na sua gaiola?”.

É batatolina.

Em festivais de música


É a praia ideal pra se pegar mulheres casadas.

Normalmente os maridos ficam em casa assistindo futebol pela TV, se embriagando com os vizinhos ou ouvindo reggae no último volume.

E, com a desculpa de fazer backing vocal na música de um amigo, as vadias vão sozinhas, pra provar que o maridão tem confiança, é muito legal, tem uma supercabeça-feita, não liga pra ciúmes, os dois têm um relacionamento adulto, pra frente, superfranco mesmo.

Pois é aí que a porca torce o rabo. A porca não, a vaca.

A abordagem característica é a do tipo maior carente: “Você tem alguma coisa em casa pra me dar, alguma coisa que o seu marido não esteja mais usando?”.

Quase sempre pinta uma bucetinha.

E se for seu dia de sorte, até um brioco.

No calçadão


É a abordagem mais manjada e tradicional.

Em pé, com aquela cara cafajeste de bandoleiro mexicano de filmes classe B, tomando uma vodka ice no gargalo e coçando os colhões, você fica vendo as meninas passarem, dizendo gracejos sobre os atributos físicos delas e fazendo mesuras chaplinianas.

Falas típicas: “Moça, se a senhora já perdeu a virgindade, posso ficar com a caixinha que veio com ela?”, “Seu pai é pirata? Porque você é um tesouro!”, “Seu pai é dono de padaria? Porque você é um sonho!”, “Estava olhando a sua etiqueta. Como eu imaginava, você foi feita no Céu...”, “Bonito sapato. Quer trepar comigo?”, “Essa sua roupa ficaria ótima toda amassada no chão do meu quarto”, “A palavra do dia é pernas. Que tal a gente ir pra minha casa e espalhar a palavra?”, “Eu morro de saudades do meu ursinho de pelúcia. Quer dormir comigo?”, “Bond. James Bond.”, “Você é a nora que minha mãe pediu a Deus”, “Com uma padaria dessas eu só vivia molhando o biscoito”, “Se isso cru já é bom, imagine o cozido”, “Com um quintal desses eu nem pensava em reforma agrária”, “Esse teu orgulho besta é como picolé e vai acabar num pau”, “Pra você eu dou casa, comida, roupa lavada e dois dias na semana pra me fazer de corno”, “Que tal a gente ir pra minha casa e fazer as coisas que eu já falei pra todo mundo que a gente faz”, “Mulher, cachaça e bolacha em todo canto se acha” e assim por diante.

É uma tática meio suicida porque muitas vagabundas emprenham pelo ouvido e acabam denunciando o sujeito na Delegacia da Mulher.

E no Brasil, como se sabe, o aborto ainda não está legalizado.

No shopping center


O único gênero de abordagem coletiva.

Por que diabos mulher só vive desfilando em praça de alimentação de shopping center metida em bandos de cinco ou seis, ninguém até hoje conseguiu descobrir.

Deve ser algo relacionado ao instinto tribal.

O negócio é fazer como os bucaneiros ingleses encarando um galeão espanhol cheio da prata de Potosi: cada um escolhe a sua vítima, vai direto na jugular e seja o que Deus quiser.

O que de pior pode ocorrer é você ter de pagar todos os ingressos do cinema ou duas rodadas de pizzas e acabar engatado com a mais feinha.

Mas repare bem: ela não tem uma cinturinha de tanajura semelhante à da Rita Cadillac?

E umas pernas sinuosas como as da Rose di Primo?

E aquela bundinha arrebitada não lembra bastante a da Matilde Mastrangi?

Na verdade, essa é a chamada lei universal de compensação da natureza ou, ainda, o Paradoxo das Raimundas (feias de cara, boas de bunda).

Agora, quer saber de uma coisa?

Quem fode cara é murro, bicho, e a cavalo dado não se olha os dentes.

Em academias de aeróbica


Apesar de ser o lugar com maior concentração de aviões por metro quadrado, o ideal é ficar azarando próximo da lanchonete de produtos naturais, ali na entrada, mas sem dar muita bandeira de que é um possível freqüentador da academia.

Porque, cá pra nós, vestir aquelas sungas coloridas que entram no rego e ficar se requebrando ao som do Depeche Mode, só mesmo se o cara for frango.

O negócio é olhar com cara de tarado praqueles corpões, peitões e bundões que estão desfilando na sua frente e despejar seu arsenal de frases feitas: “Hoje é seu aniversário? Não? Puxa, porque você está de parabéns!”, “Você está esperando ônibus? Não? Puxa, porque você está no ponto!”, “Seu nome é mentira? Não? Puxa, porque você é muito linda pra ser verdade!”, “Que lugar bonito, eu queria tirar uma foto. Você bate uma pra mim?”, “Você já fez aula de canto? Não? Então vamos ali no canto que eu te dou uma aula”, “Aposto 10 reais como eu tiro suas roupas em menos de 30 segundos”, “Gata, você com todas essas curvas e eu aqui sem freio nenhum”, “Você sabe fazer vitamina? Então bate uma pra mim com mamão!”.

Se em cada 500 cantadas, você conquistar uma mina, já está no lucro.

Não é todo dia que se come uma gatinha de academia.

Em manifestações de protesto


Você está participando de uma manifestação de protesto contra qualquer merda: aumento do custo de vida, falta de vagas nas escolas públicas, aumento da violência, denúncias de corrupção no governo, essas coisas.

Lembre-se de que as mulheres mais gostosas vão na frente segurando as faixas e azucrinando a libido das forças de repressão.

Você já escolheu a cara-pintada que vai traçar.

Claro, pode ser aquela que está segurando o megafone com pinta de Jane Fonda.

Ou aquela outra ali, que está distribuindo panfletos com jeito de Carole King.

Aliás, pode ser qualquer uma.

Mulher que suja a cara de tinta e depois vai pras ruas puxar palavras de ordem, discutir questões de encaminhamento e participar de passeatas, é porque está querendo foder alguém.

Mas preste atenção: o segredo está em posar de intelectual progressista da Nova Esquerda, seja lá que diabo isso ainda signifique nos dias de hoje.

Por exemplo, se a manifestação for contra algum decreto-lei elaborado pelo senador Espiridão Amin, você pode começar com um “E pensar que é dos carecas que elas gostam mais”.

Se ela fingir que entendeu e rir é porque está na caçapa.

Se não, não.

Em cursinhos e faculdades


Como o ensino brasileiro chegou no fundo do poço, neguim não vai ficar perdendo tempo estudando feito um filho da puta numa boa faculdade pra depois ir engrossar a fila dos desempregados ou ser caixa de banco, né mesmo?

É muito melhor aproveitar a situação e tirar uma casquinha, que ninguém é de ferro.

Se você for o professor, a tática é reprovar o maior número possível de alunas e deixá-las em recuperação.

Fica claro que, em face das circunstâncias, a maioria vai querer dar pra passar.

Ou melhor, só passa quem dá.

No caso de você ser aluno, convide para estudar na sua casa as alunas que vão ficar em recuperação.

Já que elas vão mesmo se foder, não custa nada tentar comer antes.

Em estádios de futebol


Nem pelo caralho!

Macho quando vai pra estádio de futebol ou é só pra fugir das aporrinhações da rádio-patroa ou é só pra ficar biritando com os amigos de costas pro campo, jogando sacos de urina no pessoal da geral, reclamando da lerdeza do garçom e contando piadinhas de sacanagem.

De vez em quando ele pergunta se falta muito pra terminar aquela porra, porque quer sair dez minutos antes do apito final e se livrar, simultaneamente, do puta engarrafamento e do assédio dos flanelinhas.

Macho que se preza não vai perder seu tempo azarando meia dúzia de vagabundas bêbadas com a camisa doze de algum clube de merda, dezenas de mocréias ordinárias sacudindo bandeiras mais escrotas ainda, centenas de jabiracas pulando carnaval na geral com uns sujeitos de péssimos antecedentes e milhares de bruacas estúpidas que ficam perguntando, de cinco em cinco minutos, de que lado é que joga aquele sujeito de preto.

Brincadeira tem hora.

Nos bailes de forró


O nome forró deriva de forrobodó, “baile ordinário, sem etiqueta”, também conhecido por arrasta-pé, bate-chinela ou fobó, que sempre foi movido por vários tipos de música nordestina (baião, coco, rojão, quadrilha, xaxado, xote) e animado pela famosa “pé de bode”, a popular sanfona de oito baixos.

No início, esses bailes eram animados por sanfoneiros de respeito (Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Sivuca, Abdias, Pedro Raimundo, Zé Calixto, Zé Gonzaga e Zenilton, entre outros), mas, atualmente, o que impera é uma contrafação diluída (com tecladaria substituindo a sanfona), apelidada de “ó xente music”, onde reinam grupos como Mastruz com Leite, Limão com Mel, Calcinha Preta, Aviões do Forró, Rabo de Vaca e solistas como Frank Aguiar, vulgo Cãozinho dos Teclados.

A conclusão é simples: como eles já foderam com a música original, você só pode ir nesses bailes se for pra foder alguém.

O negócio é chegar junto das dançarinas mais arretadas – que quase sempre dançam sozinhas – e jogar uma boa groselha no ouvido:

“Se eu fosse bombeiro, já teria apagado esse fogo no teu rabo, merepeira!”, “Você já viu um homem rico ficar duro em pouco segundos? Então pega aqui...”, “Você gosta de flores? Gosta? Então que tal a gente ir fazer sexo no meu jardim!”, “Eu preciso ir ao banheiro mijar. Você segura o braúlio pra mim?”, “Vamos brincar de pega-pega? Eu te pego, você me pega, a gente se pega e no final fica tudo certo!”, “E aí, gata, vamos tomar algo juntos? Que tal um banho de espuma?...”, “Pena de urubu, pena de galinha, se quiser me dar o cuzinho, basta dar uma risadinha”, “Que tal fazermos um bom negócio? Você me dá seu orgulho e eu te dou um jegue”, “E aí, gata, vamos fazer uma transa mágica? Primeiro, a gente transa e depois você desaparece!”.

O que de pior pode acontecer é você ter de rebocar meia dúzia de mocréias embriagadas para o matadouro.

Mas e daí?...

Como dizem os mano do funk, “urubu na guerra é frango, mermão!”

Em bailes funk


Se não quiser dar uma de péla-saco (otário) e tomar bola (levar um cacete), certifique-se de que a lia (menina) a ser abordada não é alemã (inimiga).

O choque de monstro (paquera) é bem simples.

Quando começar o pancadão (música agitada), você se faz de sangue-bom (amigo) e puxa a mula (vai na frente do trenzinho, dançando).

Depois que levar uma sinistra (dedada) e não quicar serim (brigar sozinho com o inimigo, sem ajuda dos outros), chame a lia (vagabunda) para tomar uma besteira (cerveja) e pergunte se ela gosta de dançar funk proibidão (foder).

Caso ela sorria realce (marotamente), está no papo.

Aí é só levar na escama (conversa) e torcer pra não pintar sujeira (o irmão da lia lhe dar dois tiros no quengo e desovar seu corpo no rio da Guarda).

Além do susto (risco de vida) que se corre, paquerar em baile funk (puteiro) parece coisa de maluco (viado).

quarta-feira, maio 25, 2011

O império contra-ataca ou as aparências enganam: Darth Vader não é gay!


Após protestos das bancadas religiosas no Congressso, a presidente Dilma Rousseff determinou nesta quarta-feira (25) a suspensão do “kit anti-homofobia”, que estava sendo elaborado pelo Ministério da Educação para distribuição nas escolas, informou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

“O governo entendeu que seria prudente não editar esse material que está sendo preparado no MEC. A presidente decidiu, portanto, a suspensão desse material, assim como de um vídeo que foi produzido por uma ONG - não foi produzido pelo MEC - a partir de uma emenda parlamentar enviada ao MEC”, disse o ministro, após reunião com as bancadas evangélica, católica e da família.

Segundo ele, a presidente decidiu ainda que todo material que versar sobre “costumes” terá de passar pelo crivo da coordenação-geral da Presidência e por um amplo debate com a sociedade civil.

“O governo se comprometeu daqui para frente que todo material que versará sobre costumes será feito a partir de consultas mais amplas à sociedade”, afirmou.

Segundo o ministro, a determinação do governo não é um “recuo” na política educacional contrária à homofobia.

“Não se trata de recuo. Se trata de um processo de consulta que o governo passará a fazer, como faz em outros temas também, porque isso é parte vigente da democracia”, disse.

De acordo com Carvalho, Dilma vai se reunir nesta semana com os ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Saúde, Alexandre Padilha, para tratar do material didático.

“A presidenta vai fazer um diálogo com os ministros para que a gente tome todos os devidos cuidados. Em qualquer área do governo estamos demandando que qualquer material editado passe por um crivo de debate e de discussão e da coordenação da Presidência.”


Retaliação suspensa

Diante da decisão de Dilma, o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR-RJ), que participou da reunião com Carvalho, afirmou que estão suspensas as medidas anunciadas pelas bancadas religiosas em protesto contra o “kit anti-homofobia”.

Em reunião, os parlamentares haviam decidido colaborar com a convocação do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, para que ele explique sua evolução patrimonial.

O ministro Gilberto Carvalho negou ter pedido que os parlamentares desistissem de trabalhar pela convocação de Palocci diante da decisão da presidente sobre o “kit anti-homofobia”.

“Isso é uma posição deles. Nós falamos para eles que, em função desse diálogo, que eles tomassem as atitudes que eles achassem consequentes com esse diálogo. Eles é que decidiram suspender aquelas histórias que eles estavam falando. Não tem toma lá da cá, não”, afirmou.

Os deputados também ameaçaram obstruir a pauta da Câmara e abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a contratação pelo MEC da ONG que elaborou a cartilha.

“Ele [Gilberto Carvalho] disse que tem a palavra da presidente da República de que nada do que está no material é de consentimento dela. E nós suspendemos a obstrução e todas as nossas medidas”, afirmou Garotinho.


Conteúdo virulento

Para o líder do PR na Câmara, deputado Lincoln Portela (MG) o conteúdo do material didático é “virulento”.

“A preocupação das pessoas que estão envolvidas nesse cenário é a didática do material colocado. Achamos que a didática é muito agressiva. Temos que tomar cuidado para que a dosagem do remédio não seja mais forte do que aquilo que o paciente quer e necessita”, afirmou.

O kit que estava sendo analisado pelo MEC faz parte do programa Escola Sem Homofobia, do Governo Federal, e contém material didático-pedagógico direcionado aos professores.

O objetivo era dar subsídios para que eles abordem temas relacionados à homossexualidade com alunos do ensino médio.


(fonte: Portal G1)

O vale-tudo escandaloso da jihad gay


Um caso no mínimo inusitado chamou a atenção dos 78 mil habitantes de Cacoal (RO).

Um homem de 36 anos separou-se de sua esposa de 23 anos para se casar com o cunhado de 38.

Flávio Serapião Birschiner estava casado há dois anos com Ana Paula Rochinha Birschiner.

O casamento parecia um conto de fadas até aparecer o lobo mau.

Pedro Rochinha Siqueira, irmão da esposa e até então seu melhor amigo e único confidente, hoje é odiado pelas duas famílias.

Pedro Rochinha era conhecido na comunidade de Jardim Clodoaldo como um pastor íntegro e milagreiro.

Em seus testemunhos, ele se apresentava como ex-homossexual e creditava ao espírito santo a reorientação de seu desejo sexual.

Pedro Rochinha, que por oito anos se apresentou em boates gays sob o pseudônimo de Shirley Mac Lanche Feliz, depois de convertido virou o Pastor Rochinha.

Com fama nacional, por muitas vezes compareceu na qualidade de debatedor de temas ligados a Religião & Sexualidade no programa Superpop da Rede TV.

A esposa acredita que seu casamento se desfez pela constante recusa em praticar sexo anal com o marido.

Ela revela que “ele era obcecado por sexo anal, toda vez que transávamos ele pedia pra ao menos colocar a ‘cabecinha’. Eu sempre disse não por que acredito que ali não é lugar de entrar nada”.

Ela ainda afirma que confidenciou isso ao irmão que a disse: “Não deixa mesmo não, além de ser pecado isso é sujo. E se der uma vez ele vai querer sempre”.

Ana Paula acha que seu irmão se valeu desta informação estratégica para oferecer ao marido um diferencial competitivo.

Flavio deu entrada na justiça em um pedido de guarda definitiva dos filhos gêmeos por acreditar que “é melhor um filho ser criado pelo pai e pelo tio do que por uma mãe solteira”.

Shirley Mac Lanche Feliz... ninguém merece!


Nota do editor do mocó:

Em se tratando de boiolagem, vocês ainda não viram nada. E ainda tem quem não goste do deputado Bolsonaro...

Como se dar bem em uma rave


Você não aguenta mais frequentar bailes de forró no Balneário da Companhia nem assistir duplas sertanejas no Rancho Country?

Também não quer mais nem ouvir falar em revival de discoteca dos anos 70 ou em bailes da colônia paraense movidos a tecno-carimbó-siriá-calipso-brega?

Muito bem.

Então se prepare para a grande aventura da sua vida que é descolar vagabundas descoladas numa rave (pronuncia-se “reive”), aquelas festas fora da cidade, originárias do movimento acid house da Europa, que aportaram com força total aqui na taba.

Entre os freqüentadores das raves, só há uma característica em comum: a faixa etária.

São quase sempre jovens entre 18 e 35 anos, de todas as classes sociais, etnias e estilos, que se reúnem semanalmente só para se divertir e, eventualmente, trepar ficar com parceiros desconhecidos.

Para isso, enfrentam uma verdadeira maratona que começa tentando descolar o flyer com as indicações de onde acontecerá a festa.

Com o endereço na mão, começa a viagem de pelo menos uma hora de carro seguida pela caminhada de quilômetros entre o estacionamento e a pista de dança.

Tudo isso para desembolsar cerca de R$ 50 pela entrada e passar de seis a oito horas dançando todos os estilos de música eletrônica.


Programa de índio?

Claro que não. Como nesse tipo de festa só tem putas, drogados e viados, um macho de verdade sempre acaba se dando bem.

A onda é sacar o perfil da futura vítima e fazer um “approach” à altura.

A título de ilustração, ai vão os principais tipos que freqüentam as raves.

O resto é por sua conta e risco:


Deslumbrada – Ela acha tudo lindo. Diz que sua vida não vai ser mais a mesma depois de uma noitada dessas. Viaja no visual psicodélico dos canhões de luz, entra em órbita com os clipes do telão e pira nas performances de malabarismo dos dançarinos de break. Sempre que pode, tenta tocar o raio laser (da pista 2) com as mãos. Usa Adidas para dar um visual predominantemente esportivo. Bebe cerveja em lata e masca chiclete.


Tecno-hippies – Ela adora a Índia, ele adora índios Navajos, Sioux ou Apaches porque não é São Sebastião, mas se amarra em uma flechada. Curtem música trance, comida orgânica e acham que as raves têm a vibração de Woodstock. Entram em comunhão com a natureza de manhã, antes mesmo de fumarem o primeiro baseado orgânico. Usam roupas de brechó (calça boca-de-sino, camiseta colorida desbotada pela técnica tie dye, sapatilha chinesa). Fumam maconha com a tarimba de músicos jamaicanos. Gostam de sexo tântrico e usam longos cabelos de trancinhas embaixo do sovaco. O cabeça de casal é frango, logo, a menina é galinha.


A Fina – Ela chega às 6h da tarde, é reconhecida por todos, mas fala com poucos, embora sorria para muitos. O cabelo, quanto mais desbotado, melhor. Roupas, só de griffe. Vai montada, mas não se incomoda com a lama (“faz parte, né?”). Não se exalta na pista, só bebe suco de laranja e, depois que é clicada por um colunista social, vai embora na miúda.


Voltei de Londres – Ele saiu do Brasil gostando de Caetano Veloso e voltou com todos os discos do Prodigy. Sofreu mutação: gasta seis horas para pintar o cabelo de lilás ou louro josé, usa um piercing discreto e trouxe na bagagem óculos de lente amarela. Usa cordão com medalhinha de São Jorge por cima da camisa. Toma bolinhas com uísque e pede cigarro de todo mundo. Tem toda pinta de fresco, é só olhar ele dançando.


Cyber-mano – Ele guarda toda sua grana para comprar roupas do Herchcovitch no mercado Mundo Mix. Tinge o cabelo em casa de vermelho, azul, verde ou todas as cores juntas. Bebe vodka no gargalo. Anda sempre com um parceiro querido e tem de se virar, depois da festa, para descolar uma carona até o centro. Apesar da máscara de idiota, do bigode e das costeletas “Elvis-não-morreu” tem o maior jeitão de bissexual.


Puro êxtase – Ela faz o tipo clubber Barão Vermelho. Usa a bota até o joelho de salto alto, roupinha sensual (minissaia-decote-alcinha). Não dispensa plumas, pelúcia, boá. Cabelo curto, cheio de presilhas e maquiagem colorida (com detalhe de purpurina). Dança em cima das mesas ou o mais próximo possível da cabine de som. Chupa pirulito e faz bolinha de sabão. Ri pra todo mundo, mas não fica com ninguém.


Pussy Power – Ela faz o estilo “vestida para matar”: vestido vaporoso, cinta-liga negra, lingerie vermelha super-sexy, sapatinho de verniz, chapéu de cowboy, óculos gatinho espelhado e capa de chuva transparente. Bebe todas, cheira todas, fuma todas, dança pra caralho e é a primeira a chamar os seguranças depois que leva uma dedada. Também, com aquele bundão todo, queria o quê? O parceiro dela faz o gênero zé ruela deprimido. Mas também com uma mulher com aquele bundão todo e levando dedada a toda hora, ele queria o quê?


Neonerd – Ele trabalha com publicidade, descobriu recentemente esse novo mundo e não pode ficar por fora da ultima onda. Tem um leve ar debilóide, e os óculos, amarelos, são de grau, mas ficam na bolsa. Traz água mineral de casa. Visual de transição entre a normalidade e acessórios da cultura clubber. Com um pouco de conversa, ele confessa que já deu a bunda (“mas foi só uma vez e eu estava bêbado”). Não dança nem morto. Na falta de coisa melhor, passa a maior parte da festa chupando um pipo de LSD. Mas ele topa trocar o pipo por uma coisa, digamos assim, mais cabeça...


Drag Queen – Elas são a mulheres mais bonitas e desinibidas da festa. O inconveniente é que riem alto, mijam em pé e, na maioria das vezes, têm um pau maior do que o seu.


Girlies Wear – Elas atacam em bando. Produzídissimas, fazem caras e bocas pros babacas (você incluso). As mais vagabas usam regata branca com a alça do sutiã preto aparecendo por baixo, minissaia jeans e tênis Nike. Cabelo curto, estilo militar, rosto limpo de maquiagem, apenas com delineador branco. O hálito é de bituca de Marlboro junto com resquícios de pizza de alho da noite passada. Não, você não se enganou, aquelas mulheres gostosíssimas são umas tremendas lésbicas. Em raves, todo cuidado é pouco.


Tecnoboy – Ele dança olhando para cima, de olhos fechados e sacudindo os ombros. Camisetas justinhas da Fórum, Ellus e Zoomp, de preferência com uma listra horizontal no peito. Xadrez também pega bem. Bebe garotade e limpa o suor do rosto com uma flanela vermelha, que depois fica pendurada do bolso traseiro. Leva o maior jeito de peroba.


Mama África – Ela usa roupas de motivos tribais e dança como se estivesse em transe mediúnico. A boina tem as cores da Etiópia (vermelho, preto e amarelo) e sobram miçangas coloridas nos dreadlocks. A pele brilha de suor. O cheiro de futum que sai de suas axilas lembra beise malhado com bosta de vaca. Só de manhã cedo ela vai perceber que estava na festa errada. Até então, a sacana jurava que estava participando de um ensaio do Olodum.


Sexy-boys – Os corpos másculos são de marombeiros, mas eles gostam mesmo é de sentar em cadeira ocupada. Cabelos parafinados ou quase réco, usam piercing no nariz, na orelha e, às vezes, até na língua. Ficam de braços cruzados, assistindo a tudo, até tirarem a camiseta e se juntarem em bando. Aí você vê que os vagabundos têm piercing nos mamilo também. A sós, dançam olhando para o chão, de olhos fechados, com as mãos na cintura e rebolando os quadris. Em bando, ficam se exibindo feito frango novo. Costumam pagar boquete para arranjar grana para comprar o próximo ecstasy. Não, eles não se consideram viados, mas apenas uns caras marombados e modernos.


Comando Tribo Fu – Eles saem pra dançar juntos, como se fossem uma versão moderna da famosa turma do canto. Em linhas gerais, são dois esquisitões, duas esquisitonas e uma esquisitinha disposta a tudo. O grande barato é descobrir quem é a esquisitinha e tentrar driblar a marcação cerrada dos esquisitões (e se você não for praticante de lutas marciais, nem é bom tentar).


Bonde das Piriguetes – É a versão mais colorida e divertida do Bonde das Popozudas dos bailes funk. Elas estão a perigo de tudo: de grana, birita, pica e pico. Dependendo do seu estado etílico e do seu potencial de blefe, pode rolar de tudo ou absolutamente porra nenhuma.


Perdidão – Ele não sabe o que esta fazendo lá, nem como chegou, muito menos como vai sair. Sua maior diversão é reparar nas roupas “muito loucas” dos outros. Como sempre, já chega morto de bêbado e com a roupa da irmã mais velha porque lhe garantiram que era uma espécie de baile à fantasia. É o único que passa cantadas, pra lá de manjadas, em toda mulher que entra no seu campo visual, mas acaba sempre ficando na mão. Se você não abrir os olhos vai logo entrar pro time.


Claro que depois de estar enturmado, você ainda precisa aprender como se comunicar com a mulherada.

Imagine que você esteja tomando uma birita no balcão e de repente escute essa conversa entre duas garotas: “O mancudo chega no balaco colocado, diz que vai derrubar umas monas e ainda sai acusando o pedaço de ser o ó. De última!”

Não, você não esta escutando um telejornal de Angola dublado no interior de Ceará.

Este português aparentemente truncado é apenas o cruzamento de novas gírias dos clubbers que estão deixando seu circuito de origem e caindo no dia-a-dia da plebe rude e ignara.

Na língua do Aurélio, o papo acima ficaria mais ou menos assim: “O otário chega à festança muito doido, diz que vai comer umas mulheres e ainda sai acusando o lugar de ser uma merda. Vá se foder!”


De onde vem toda essa malevolência lingüística? Dos comprimidos de ecstasy? Da vodka com mel de abelha? Da maconha de palha? Da cocaína malhada com sal de frutas? Do oxi turbinado com querosene de avião?

É claro que encontrar a raiz etimológica de algumas expressões é uma tarefa difícil, não é para qualquer vagabundo.

Em casos como o de “desbururu” – ou “dar o fora”, no be-a-bá dos skatistas – é quase impossível.

A maior parte delas, no entanto, é retirada de um contexto e readaptada para outro, ganhando novo sentido.

Outras são construídas a partir de semelhanças sonoras ou da vulgarização de palavras de pronúncia mais elaborada.

Na linguagem dos surfistas, a expressão “o mar tá cráudi, bró!” (“o mar ta cheio, meu irmão!”) foi construída a partir da corruptela fônica das palavras inglesas “crowd” (“multidão”) e “brother” (“irmão”).

As fontes de inspiração também são inúmeras.

Vale corromper nome de artigos anunciados pela publicidade, adaptar palavras estrangeiras e trazer para o cotidiano os bordões usados por personagens de TV – a expressão “É ruim, hein?” foi popularizada por Lília Cabral na novela Vale Tudo.


Os freqüentadores de rave, no entanto, são os melhores fabricantes de novos verbetes.

A primeira explicação para o fenômeno é a de que os jovens modernos que querem se divertir em paz longe dos pais não estão nem aí para a linguagem tradicional e se comunicam de qualquer maneira.

Daí a pobreza lingüística da maioria deles, que usam pouco mais de 200 palavras para se exprimirem, sem contar que muitas delas são gírias.

Neste ritmo, observando o fenômeno da simplificação da linguagem, da crescente força da semiótica e da linguagem gestual, em pouco tempo a gíria dominará totalmente o universo da comunicação entre os freqüentadores de rave.

Para você não perder o bonde da história e ficar mudo de espanto, aí vão algumas dicas.

Leia, decore e arrase.


Balacobaco – Um lugar ou uma festa muito boa. Ex: “Os ensaios da Balaku Blaku são do balacobaco!”

Gringa – Agulha de injeção usada para aplicação de picos. Ex: “Aquela gringa tá querendo levar pica.”

Um barato – Do caralho, sensacional, espetacular. Ex: “O macho da barata é um barato!”

Tá ligado? – Entendeu? Sacou? Percebeu? Ex: “Dá pra ver se o ferro de passar tá ligado?”

Colocado – Calibrado quimicamente, seja com álcool ou drogas. Ex: “O Tafarel só engoliu aquele frango porque estava mal colocado”

Desbururu – Cair Fora, dar o pira, se mandar. Ex: “Véio, aqui tem tanto tribufu que é mió desbururu”

Morrão – O mesmo que maconha, jererê, diamba, kaya, isnau ou dirijo. Ex: “Lá em Natal, eu só ando de bugre no Morrão do Careca”


Bombril – Música lenta, devagar quase parando. Ex: “Todas as crioulas tem a cabeça cheia de Bombril”

Mancudo – Vacilão, bobo, otário. Ex: “Aquele perneta é um tremendo mancudo!”

Aquende – O mesmo que “agende”, mas dito com um pau dentro da boca. Ex: “Depois desse boquete posso meter o pau no teu toba?”
“Aquende”

Babado – Fofoca ou evento imperdível. Ex: “Adorei esse teu vestidinho cheio de babados”

Derrubar – Traçar, devorar, comer, no sentido sexual do termo. Ex: “Eu ontem derrubei meia dúzia de caipirinhas no Mutirão”

Machucar – O mesmo que derrubar. Ex: “Mainha, hoje eu quero banana machucada com leite Ninho”

Passar a régua – O mesmo que machucar. Ex: “Amanhã, se tiver aula de tabuada, eu vou passar a régua na Joana até ela chorar”


Bagaceira – Pessoa feia, ou que enche a cara e vira o chato da noite. Ex: “O abacaxi ficou na maior bagaceira”

Pagar carão – Bancar a gostosa. Ex: “Mãe da Lucinha pegou ela cheirando pó e pagou o maior carão!”

Virado na porra – Mal-humorado, puto da vida. Ex: “O bêbado acordou com o cu virado na porra”

Ficar – Namorar sem compromisso, numa festa ou no cinema. Ex: “Quem fica parado é poste!”

Solto na buraqueira – À vontade, livre e desimpedido pro que der e vier. Ex: “Quem anda de skate pelas ruas de Manaus fica solto na buraqueira”

Animal – Muito bom, bacana, legal mesmo, do caralho” Ex: “Os programas da National Geographic mostram um mundo animal”

Arrochar o buriti – Quando alguém está na maior animação ou doida pra dar. Ex: “E aí, Lindalva, tás a fim de arrochar o buriti?”


Cremosa – Boiola, traveca, bicha fresca metida a gostosa. Ex: “A cobertura desse soverte está muito cremosa”

Boníssima – Gay afetadíssimo. Ex: “Margarina tem que ser Bonna! Boníssima!”

Que bem – Versão anos 90 para o velho que bom, quando uma coisa te agrada. Ex: “Que bem te vi!”

Quebrar – Ficar, namorar, dar um amasso. Ex: “o zagueiro do time adversário quase me quebrou”

Palha – Coisa ruim, maior merda, bastante escrota. Ex: “Esse teu colchão é de palha?”

Dos vera – Bom mesmo, de verdade, podes crer. Ex: “Se tu vomitares dentro do carro, vou te dar uma porrada na cara, dos vera!”

Ter as bases – Estar firme, certo, correto. Ex: “Esse teu kituche tem as bases muito fuleiras”


Soltar a gralha – Falar pelos cotovelos. Ex: “Sempre que começa a gozar, a Judith solta a gralha”

Frescar – Zoar, brincar, fazer gozação. Ex: “Hoje o tempo está frescando”

Ferrabraz – Chefão, manda-chuva, cara escroto. Ex: “O meu sogro é um tremendo ferrabraz”

Leseira Baré – Coisa de pessoa tonta, avoada, abestalhada. Ex: “Beber guaraná baré é a maior leseira”

Turva – Aquele que bebeu a noite inteira e fico pra lá de Marrakesh. Ex: “Não toma banho dessa água de cacimba que está meio turva.”

É mermo, é? – Expressão de deboche, de desdém. Ex: “Sabias que a tua mestruação desceu e sujou esse teu shortinho branco?” “É mermo, é?”

Barraco – Confusão, briga, bate-boca. Ex: “No meu barraco fica assim de gavião!”

A bicha tá pegando – Não está muito legal, pintou sujeira. Ex: “Esconde o pinto que a bicha tá pegando”

O bicho vai pegar – A mesma coisa anterior, quando a bicha faz musculação. Ex: “Vamos sair fora do vestiário porque o bicho vai pegar”

Pagar mico – Dar vexame, fazer besteira. Ex: “Os militantes do Greenpeace adoram pagar mico-leão-dourado”


De boa – Legal, muito bom, do cacete. Ex: “Está de boa, santa!”

Nem com nojo! – Nem pelo caralho! Tá pensado o quê? Me respeita, tá valendo? Ex: “deixa eu umidificar esse charuto na tua boceta?” “Nem com nojo!”

Levar um pacote – Levar um fora, pegar um chute do namorado. Ex: “Eu não gosto de dominó porque eu levo muito capote”

Rolo – É quando você não está mais ficando, mas ainda está namorando. Ex: “A Aracélia está de rolo com a rola de um poeta casado. Será que vai dar rolo?”

Pitche aua – Alguém muito interessante. Ex: “Esse teu cachorro é pitche aua ou pit bull?”

Levar um caixão – Ir a uma festa e não ficar com ninguém. Ex: “Fui no velório do Fluminense e levei o maior caixão”

É o bicho – é o maior barato, muito legal. Ex: “Rei Leão é o bicho!”


Gata – Jovem bonita e apetitosa, cobiçada. Ex: “Tô a fim de te comer, gata!”

De arromba – Excelente, maravilhosa, cheia de mulheres querendo dar. Ex: “vejam só que festa de arromba!”

Às pampas – Muito, bastante, grande quantidade. Ex: “O gaúcho está às pampas biritado”

Mora – Entendeu? Sacou? Você conseguiu captar tudo que eu falei esse tempo todo? Ex: “Onde é que você mora?”

É isso aí, bicho! – Vá se foder, meu irmão! Se quiser comprar, compra logo, senão enfia esse teu dinheiro no cu! Ex: “15 reais por essa batidinha fuleira?” “É isso aí, bicho!”

Tá russo – Algo difícil, complicado de se obter. Ex: “já viu como o esquema do Vascão tá russo?”

Corta essa! – Sai fora, muda de assunto, vai chatear o caralho. Ex: “No lugar dessa picanha, corta essa!”

Acertou na mosca – Atingiu o alvo, ganhou o coração da mina. Ex: “Ele pegou o jornal e acertou na mosca”

Secar – Olhar com inveja ou com muita vontade. Ex: “A empregada ficou secando as minhas cuecas no varal”

De jeito e qualidade – De forma alguma, vá tomar no cu, nem fodendo. Ex: “Deixa passar na frente que minha mãe está na UTI”? “De jeito e qualidade!”

Passar cerol – Dar um amasso, acochar, namorar. Ex: “Não trança com aquele papagaio, não, que o sacana passou cerol até na rabiola”

Caô – Mentira, conversa fiada. Ex: “Não vem de caô que ainda prefiro Caê”

O que pegou? – Qual foi a onda? O que aconteceu? O que estava rolando? Ex: “O que pegou na minha bunda é filho da puta”


Merreca – Pouca quantidade, bertola ou camarão insignificante. Ex: “Eu fui dar um tapa no beise, mas só tinha uma merreca.”

Sair na escama – Ir embora de fininho, sem dar bandeira. Ex: “Pode levar essa cambada de jaraqui que o cheiro ruim sai na escama”

Treta – Palavra usada para substituir outra. Ex: “Deixa de treta e vamos logo fazer essa treta antes que pinte uma treta que aqueles caras são cheios de treta”

Fubá – Algo muito pobre, chinfrim, ridículo. Ex: “Eu detesto mingau de fubá”

Escarrar – Dar o fora em alguém, dispensar. Ex: “Na Tailândia é proibido escarrar na calçada”

Ficar de cara – Admirar-se, deslumbrar-se, emocionar-se. Ex: “Ontem à noite eu fiquei de cara com um assaltante”

Viajar na maionese – Boiar, estar por fora do assunto. Ex: “Essa maionese de azeitonas pretas da Arisco é uma viagem!”

Chapa – Amigo de fé, irmão camarada. Ex: “Preciso tirar uma chapa do pulmão”

Neguinho – Pronome indefinido usado por fofoqueiro contumaz. Ex: “Neguinho anda dizendo por aí que já comeu tua mãe”