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quinta-feira, junho 07, 2012

Laços de família: Pai Simão


No dia 16 de julho de 1916, minha avó Paulina, então com 21 anos, se casou com um jovem cearense de 26 anos chamado Raymundo Monteiro Pessoa, na capela de Mucajá, no Lago Grande, em cerimônia oficiada pelo Frei Sandoval Electo.

Nascido em Aurora (CE), terra natal do artista plástico Aldemir Martins, meu avô Ray era oriundo de uma pequena família de agricultores da Chapada do Araripe, no sertão do Cariri, que migraram para o Pará em busca de um futuro melhor.

Raymundo e Paulina tiveram quatro filhos: João, Maria, José e Simão (nascido em 9 de julho de 1923).

Acostumado a prear bodes na caatinga nordestina, meu avô Ray não resistiu às malárias da região amazônica.

Um cearense da cepa vencido pelo mosquito anofelino. Morreu na flor da idade, com pouco mais de 35 anos. Meu pai tinha apenas dois anos.

Em função da morte prematura do marido, Paulina abandonou a região do Lago Grande e conduziu o seu pequeno clã para Alter do Chão, nas proximidades de Santarém, permanecendo lá durante alguns anos.

Quando papai tinha 15 anos, nossa avó mudou de pouso mais uma vez para tentar a vida em Belterra, aonde acabou falecendo no ano de 1940.

A grande perda fez com que os laços entre os quatro irmãos se fortificassem ainda mais, a despeito de cada um deles ter de iniciar a construção de sua própria lenda pessoal.


Pai Simão, o caçula, então com 17 anos, optou em ir para Fordlândia, uma cidade-industrial projetada e habitada por americanos (o que lhe possibilitou dominar os rudimentos da língua inglesa) e que tinha como principal base econômica o cultivo de seringais.

Nesta cidade, ele trabalhou em uma filial das célebres Lojas Pernambucanas e depois na “Companhia”, nome genérico que os nativos davam para a Ford Motor Company, a empresa americana dona do empreendimento.

Algum tempo depois, ele foi convidado pelo comerciante Zé Moraes para trabalhar em seu comércio varejista a partir das 16h, término de seu expediente na Companhia.

Nesse meio tempo, tia Maria se apaixonou por um príncipe misterioso chamado Jovino Dantas Batista, que a desposou e a levou para morar no reino encantado de Boa Vista (RR).

Eles tiveram cinco filhos: Raquel, Rossicler, Rosinete, José Alberto e Socorro.

Tio João se transformou em comerciante e foi procurar essências de pau rosa no fim do mundo – qualquer calha de rio desconhecido que desaguasse no caudaloso rio Tapajós.

Ele se casou com Disteva e teve sete filhos: Francisco, Raimundo, João, José, Maria da Luz, Maria de Jesus (aka “Nena”) e Deusa.

Homem de sete instrumentos, tio José foi capataz de fazenda, prático de embarcação, gerente de serraria, motorista de caminhão, dono de garimpo e um incansável perseguidor das icamiabas que incendiavam seus sonhos.

Ele se casou com Felismina e teve seis filhos: Ruth, Ronaldo, Rubens, Maria José, Graça e Graciete.


A vinda de meu pai para Manaus, em 1945, se deu meio por acaso.

Na realidade, ele veio de férias da Companhia, mas, aos 22 anos de idade, foi visionário o suficiente para perceber as inúmeras possibilidades de ter um futuro melhor na capital amazonense.

Era um migrante nato, como havia sido seu pai, como têm sido tantos brasileiros pobres ao longo da história.

Ao deixar Fordlândia, em companhia de dois amigos, Manuel Lopes e Manuel Solano, meu pai trouxe na bagagem uma carta de recomendação do comerciante Zé Moraes, dando prova de sua conduta ilibada, que seria utilizada de forma valiosa no futuro.

Os três amigos dividiram um pequeno quarto de uma estância de madeira localizada na rua Carvalho Leal, no bairro da Cachoeirinha, e foram à luta, em busca de emprego.

O velho Simão conseguiu seu primeiro emprego em Manaus como motorista da empresa Mário Novelli, que na época construía o Hospital Adriano Jorge.

Ele jamais poderia imaginar que 50 anos depois a história desse hospital seria passada a limpo por sua neta, a jornalista Maíra Pessoa, uma de minhas duas filhas.


Papai permaneceu na referida empresa até ela encerrar suas atividades em Manaus.

Foi quando ele começou a trabalhar como motorista no Departamento de Estradas de Rodagens do Amazonas (DER-AM).

Muitos anos depois, tia Maria colocou todos os filhos num “Ita do Norte” e saiu de Boa Vista pra Manaus, preocupada com o destino do irmão caçula.

Sem nunca estar na cidade, o táxi circulava pela Cachoeirinha quando Raquel, sua filha mais velha – e que nunca havia visto meu pai antes – berrou:

– Pode parar! O meu tio mora aqui!

Do alto dos seus nove anos, Raquel fez a pequena comitiva desembarcar do táxi na rua J. Carlos Antony, nas proximidades da Carvalho Leal, e ficou aguardando o contato dos óvnis.

Foi quando meu velho saiu de uma velha estância, reconheceu a irmã no meio da rua e quase morreu do coração.

Há anos eles não tinham notícias um do outro.


O problema é que no pequeno quarto da estância seria impossível acomodar seis novos moradores.

Buscando ser o apoio da irmã e da nova família, ele tentou alugar uma casa na rua Urucará para abrigá-los, mas Roberto Penafort, dono do imóvel, salientou que só faria o contrato de aluguel mediante uma carta de fiador.

Papai não conhecia ninguém na cidade, mas tinha com ele uma “carta de recomendação” fornecida pelo já citado Zé Moraes.

Imediatamente, ele procurou o cunhado do comerciante Zé Moraes, que na época residia na av. Epaminondas, expondo-lhe a situação.

Na mesma hora, o senhor Alfredo Burlamaqui, cunhado do comerciante santareno, entregou-lhe a carta de fiança para fechamento do contrato.

Alguns meses depois, tia Maria deixou suas crianças sob a responsabilidade de papai e rumou para um garimpo no rio Aripuanã, onde trabalhou como cozinheira durante um ano, retornando com dinheiro suficiente para comprar sua casa na rua Parintins, na Cachoeirinha.

– A Mariinha era uma grande mulher. Ela se sacrificou muito para educar os filhos. Era uma lutadora, uma guerreira, assim como a nossa mãe! – garante o velho.

Dono de uma memória prodigiosa, papai ainda não se esqueceu da escalação de seu time de várzea, em Fordlândia, mesmo decorrido quase sete décadas: Valdo, Jaraqui, Piragaita, Prego e Ramos, Cléo e Durval, Magote, Simão, Altamiro e Batista.

Eu o vi jogando futebol algumas vezes no campo do Caiçara, nos anos 70, e posso assegurar que o velho era “bom de bola”.

Se tivesse herdado metade do seu talento, acredito que teria sido um jogador profissional de futebol.


Durante o tempo em que trabalhou no DER-AM, o velho conheceu dona Celeste, oriunda de Coari, com quem namorou, noivou, casou e iniciou a própria prole (Simone, Silene, Simão, Silane, Selane e Simas).

Em 1955, por intermédio de colegas de trabalho, o velho tomou conhecimento da instalação da Refinaria de Manaus e do concurso que haveria para a contratação dos funcionários.

Imediatamente ele se inscreveu no concurso, mas por não dispor de tempo para frequentar o curso preparatório, pegava as apostilas dos amigos e aproveitava todas as folgas do serviço estudando dentro da boleia do caminhão.

Disposto a pegar o touro à unha, papai solicitou a Rogério Almeida, seu superior imediato no DER-AM, que lhe dispensasse do serviço às 16h, para ele participar do curso presencialmente pelo menos durante algumas horas.

Afinal de contas, ele não poderia se dar ao luxo de deixar o emprego para se dedicar inteiramente aos estudos para o concurso – como muitos fizeram – porque já tinha família constituída.

Por ter sido sempre um funcionário padrão e cumpridor de seus deveres, o velho sempre conseguia ganhar a confiança e a simpatia das pessoas.

O supervisor concordou em liberá-lo uma hora mais cedo, para ele se dedicar aos estudos.

Mesmo em clara desvantagem em relação aos demais candidatos, Pai Simão conseguiu o cargo ambicionado.


Com o nome de Companhia de Petróleo da Amazônia (Copam), a refinaria foi instalada às margens do rio Negro, próximo do Encontro das Águas, pelo empresário Isaac Benaion Sabbá e iniciou suas operações em 6 de setembro de 1956 – quando toda a região ainda sentia os efeitos da decadência da borracha.

A inauguração oficial ocorreu em 3 de janeiro de 1957, com a presença do presidente Juscelino Kubitschek.

Em 1971, a Petrobras assumiu o controle acionário da companhia, que passou a se chamar Refinaria de Manaus (Reman).

Em homenagem ao pioneirismo de seu fundador, em 1997 a Petrobras rebatizou-a como Refinaria Isaac Sabbá.

Em 1956, Simão Monteiro Pessoa vestiu o macacão azul e o capacete amarelo da Copam pela primeira vez e a partir daí realizou uma carreira meritória, tornando-se conhecido como “Pai Simão”, um apelido carinhoso que ganhou dos seus colegas de trabalho daquele tempo e que ainda hoje é utilizado por muitos deles.

Pai Simão se aposentou em 1980, como Operador Nível Três, aos 57 anos, conservando seu jeito simples, cordial e agradável de ser – uma espécie de marca registrada de sua personalidade efusiva.


Depois de cinco anos de viuvez e alguns namoros esporádicos, ele conheceu a Dulce com que se casou e vem tentando ser feliz na medida do possível.

Ao longo de todos esses anos, nunca o vi falar mal de alguém, mentir ou vangloriar-se de seus feitos.

Sempre foi gentil com estranhos, verdadeiramente amigo dos amigos e especialmente afetuoso com seus seis filhos, 21 netos e 11 bisnetos, que acabaram por seguir seu belo exemplo.

Tenho orgulho de ter herdado seu nome.


A Simone casou com o Ricardo Sena e teve dois filhos: Thandra e João Ricardo. Ela se separou do Ricardo e, atualmente, vive sozinha em Lábrea, onde é diretora do campus da UEA.


A Silene se casou com o Rogelio Casado e teve dois filhos: Pablo e Diego. Ela se separou do Rogelio e, atualmente, está casada com o Antônio Diniz.

Silene está aposentada pela CMM e, junto com o marido, administra o Sebão de Manaus.


Depois de três anos de namoro, eu casei com a Maria Eudes e tive três filhos: Marcelo, Marcel e Márcio.

Nessa foto aí de cima, da esquerda pra direita, começa com o caçula Márcio, professor universitário e futuro missionário evangélico no Japão, aí vem o Marcel (analista de sistemas), o Marcelo (administrador de empesas), a Cida (esposa do Marcelo), a Eudes, a Marisa (concluindo o curso de Educação Física) e o Marcus Vinicius (formado em Design, atualmente fazendo mestrado em Milão).

No primeiro plano, André, Maíra (jornalista) e Mathews.

Coincidentemente, nesse dia a dona Maria Eudes estava de amarelo pra combinar comigo...

Até hoje não sei por que a gente se separou, já que gostávamos (e gostamos) muito um do outro.

A dona Maria Eudes continua sendo meu aprendizado espiritual, mas, confesso, eu continuo cabulando muito as aulas.


Na sequência, namorei a Marilene Marques (essa princesa loura aí ao meu lado direito) e tive mais dois filhos: Maíra e Marcus Vinicius (a moleca de vestido preto e o moleque de camisa azul).

Minha única companheira blondie totalmente original, a Marilene deve ser a pessoa mais apaixonante e carinhosa com quem me envolvi até hoje.

Cada vez que a gente se encontra, a impressão é que o tempo não passou.

A gente ri tanto, conversa tanto, brinca tanto um com o outro, que, de repente, é como se eu estivesse voltando pra casa depois de uma semana.

E essa semana já tem mais de 30 anos.

A Marilene é uma pessoa bela e eu me considero um canalha por não ter sabido fazê-la ser feliz.



Finalmente, namorei com a Veremity Pereira e tive uma filha, Marisa.

Além de um excelente papo, a Veremity curtia as bandas e os escritores que eu curtia: Pink Floyd, Led Zeppelin, Beatles, Jack Kerouac, John Fante, Charles Bukowski...

Ela também biritava como gente grande e ainda fazia uns petiscos sensacionais, que contribuíam enormemente pra gente amanhecer o dia tentando descobrir fórmulas para mudar o mundo.

A Marisa deve ser tudo o que eu gostaria de ter sido: rebelde, nariz empinado, culta (lê dois livros por mês), sacana, bem humorada, esperta, espirituosa e carinhosa.

Mas só pra me sacanear, resolveu virar flamenguista (seus cinco irmãos são vascaínos, como o pai).

É verdade que ser flamenguista está além das minhas possibilidades morais.

Deve ser mais fácil eu matar de metralhadora uns 500 inocentes na fila de autógrafo de algum livro do Paulo Coelho do que pertencer à mulambada.

Freud talvez explique.

Mas gosto mais da minha caçula do que do resto da alcateia, talvez porque ela me inspire uma ternura que nunca fui capaz de emular.

Jung talvez explique. Ou não.


Aí, como soe acontecer nesses folhetins da vida real, me separei da Veremity e fiquei namorando a Jane Jatobá durante sete anos.

Elegante, culta e refinada, a Jane tinha sido vocalista do grupo Tariri e possuía uma coleção de discos alternativos insuspeitados: Jorge Mautner, Luiz Melodia, Arrigo Barnabé, Laurie Anderson, Afrika Bambaataa, Jethro Tull, Talking Heads.

Ela foi responsável pelo meu aprendizado musical no acostamento do mainstream.

Como ninguém queria ter mais filhos e a Jane não podia tomar anticoncepcionais sob o risco de engordar e virar uma baleia assassina, concordei em fazer vasectomia.

Quase fiquei impotente, mas isso faz parte do jogo.

O real é que quando conheci a Jane, ela era professora de Português do colégio estadual Marquês de Santa Cruz.

Tempos depois, quando resolvemos separar as calcinhas das cuecas na gaveta do armário, ela era professora de Francês da Ufam (atualmente, depois do mestrado, está fazendo doutorado).

Devo ter contribuído um pouquinho para seu progresso intelectual da mesma forma que ela me incentivou a largar a engenharia eletrônica e me dedicar à publicidade e propaganda.

Dona do melhor restaurante de Iranduba, Jane Jatobá continua sendo uma pessoa especial e uma espécie de porto seguro ao qual lanço mão sempre que me vejo no sufoco.

Decorrido tanto tempo, ainda continuo tendo um imenso prazer em conversar com ela sobre maluquices várias, que vão da profecia maia à descoberta do bosón 171, também conhecido como “a partícula de Deus”, dos conceitos ultra-retrô do filósofo Maturana ao último livro do Luiz Fernando Veríssimo.

A Jane é uma pessoa amiga. Vou morrer gostando dela.

Depois dela, passei 14 anos vivendo com uma macuxi, mas acabamos nos separando há dois anos.




Após passar quase um ano feito cachorro sem dono, conheci a Camila Vieira.

Apesar de ser uma potranca exuberante, a Camila é quase uma criança, e, por afinidade, está quase me transformando em um adolescente tardio.

A gente passa mais tempo rindo um do outro e conversando sobre abobrinhas hilariantes do dia a dia do que namorando.

Também cozinheira de mão cheia (tenho tido muita sorte nesse campo), ela deve ter me enfeitiçado com seu feijão mágico, já que não posso passar uma semana sem ir na sua casa para provar da iguaria.

De qualquer forma, admiro muito ela suportar com estoicismo minha paixão pelo Vasco (a Camila é flamenguista roxa, que nem a Marisa), minha devoção pelo rock (ela gosta de forró), meus porres homéricos (ela é quase abstêmia) e minhas idiossincrasias (ela não faz ideia do que seja essa merda e isso é bom).

Conta ponto o fato de morarmos cada um em sua própria casa e só nos vermos uma ou duas vezes por semana ou em ocasiões especiais.

Fofocas tentando nos separar, pipocam quase todo santo dia.

Por enquanto, estamos mais firmes do que catarro de tuberculoso em muro sem embuçamento.



Nossa história de amor lembra um pouco a história do Charles Chaplin que, aos 54 anos, conheceu a Oona O´Neil, de 18 anos, filha do dramaturgo Eugene O´Neil e da escritora Agnes Boulton, e intuiu que aquela seria a mulher da sua vida.

Apesar de haver uma diferença de 36 anos de idade, eles se casaram em junho de 1943, com Oona tornando-se a quarta esposa de Chaplin.

Naturalmente que o casamento não agradou o pai dela.

Aliás, ninguém do mundo artístico apostava um centavo no futuro do casal.

Quebraram a cara.

Chaplin viveu com Oona O´Neil até o fim de sua vida, uma relação que durou 35 anos, e tiveram oito filhos: Geraldine Chaplin, Michael, Josephine, Victoria, Anthony, Jane, Annette e o caçula Christopher.

Quatorze anos depois do falecimento de Chaplin em 1977, Oona morria no dia 27 de setembro de 1991, em Corsier-sur-Vevey, na Suíça, devido a um câncer no pâncreas.

Ela aparece no filme “Luzes da Ribalta” de 1952 e “Broken English” de 1981.


A Silane namorou com o Frank Cavalcante e teve um filho, Bruno. Depois, casou com o Sílvio e teve uma filha, Mayara.

Ela ficou viúva do Silvio e, atualmente, vive sozinha, na companhia dos filhos, enquanto administra uma lan house e uma boutique de sua propriedade.


A Selane casou com o Jaques Castro e teve uma filha, Mikaelly. Depois casou com o Frank Jones e teve um filho, Frank Junior. Finalmente, casou com o Nelson e teve mais dois filhos: Priscila Celeste e Simão Neto.

Atualmente, ela é chefe de gabinete da vereadora Gloria Carrate e proprietária do Solarium Eventos.


O Simas casou com a Dinha e teve dois filhos: Samis Gabriel e Ícaro Michel.

Nas suas andanças pelo lado selvagem da vida em busca da perpetuação da espécie, produziu uma menina (Carol) e um moleque (Iuri Felipe).

Ele é o único da família que ainda sonha com uma princesa encantada, apesar de ultimamente só estar engolindo sapos. 


Meu filho Marcelo casou com a Cida e teve dois filhos: Vinicius e Rebecca.

Como puxou ao pai, também teve um filho fora do casamento, Diogo, que ainda não conheço nem de fotografia.


Seu irmão gêmeo, Marcel, casou com a Sara e teve duas filhas: Marcelly e Manuelly.

Marcelly, minha neta mais velha, está completando quinze anos e ganhou de presente uma viagem pra Disneyworld.

Ela deve embarcar pra lá, junto com o pai e as irmãs, no começo do verão no hemisfério norte.


Como puxou ao pai, Marcel se separou, está namorando a Carolina e já teve uma filha, Nathália.


Minha filha Maíra casou com o André e teve um filho, Mathews.


Meu sobrinho João Ricardo casou com a Márcia e teve dois filhos: Juliana e João Ricardo Junior.

Aí, como puxou pro tio, se separou, namorou a Nádia e teve uma filha, Haymée.


Aí, se separou de novo, namorou a Fernanda e teve um filho, Heitor.

Depois, criou vergonha na cara e fez vasectomia.


Meu outro sobrinho, Diego Casado, casou com a Aline e está esperando o primeiro filho para muito breve.

Minha sobrinha Priscila Celeste está namorando o Manuel Neto e também espera um filho para muito breve.

Os outros filhos e sobrinhos não querem nem conversar sobre esse papo de perpetuação da espécie.

São uns frouxos!

Como família grande é sempre sinônimo de diversão, vira e mexe a gente apronta alguma festa de arromba.

Curtam aí.


























Um comentário:

Rubao disse...

Valeu meu nobre Simão! pois são essas grandes iniciativas, que renovam OS LAÇOS DE FAMÍLIA.