Pesquisar este blog

quarta-feira, setembro 25, 2013

Novas regras do grosso e vibrante Manual de Redação do CANDIRU


Este site, face aos novos dispositivos constitucionais que proíbem, com pena de reclusão inafiançável, quaisquer manifestações de caráter machista ou preconceituosa, tanto contra como a favor das minorais, resolve:

Doravante nossos redatores estão proibidos de escrever expressões como imagem do cão, preto retinto, bombom de onça, picolé de açaí, pipoca de luto, preto de alma branca, tição, negro por derradeiro, e demais frases ou adjetivos que denigram os morenos e as morenas deste país de dimensões continentais.

Tais expressões deverão ser substituídas por afro-brasileiros carregados na cor, afrodescendentes de ectoplasma incolor, pedaço de madeira inteiramente carbonizado ou afro-brasileiro em último lugar.

Como já foi cientificamente comprovado, as mulheres do sexo feminino, com exceção do racha no meio, são iguaizinhas aos homens. Portanto, não há mais razão para discrimina-las como se elas fossem de uma categoria inferior.

Por isso os nossos redatores acompanharão os novos tempos e não mais escreverão que lugar de mulher é na cozinha, que a mulher tem não apenas o cérebro menor como usa muito pouco e coisas que tais.

“Rainha do Lar” ainda pode ser utilizado, porém somente durante o mês de maio.

Adjetivos pejorativos tais como mocreia, tribufu, baiacu, canhão, muié paia ou que o boi cagou estão automaticamente vetados.

Está terminantemente proibido neste site o verbo judiar e todas as suas variações, além de trocadilhos e piadas de maus gosto duvidoso com indivíduos de raça israelita.

Um exemplo: o samba “Agora é cinza”, de Bide e Marçal, jamais poderá ser referido novamente nas reportagens como a “melô dos judeus”.

Também não mais será permitida a prática de fazer pouco caso dos indivíduos que optaram por acasalarm-se com seus iguais, os chamados homossexuais.

De maneira que este site não mais permitirá termos como fresco, viado, boiola, qualira, baitola, falso-à-bandeira, frango, sapatão, pochetinha, 44 tala larga, saboeira, dando-se preferência ao termo drag-queens para as antigas bichas loucas e, para os homossexuais pós-modernos, de ator performático, poeta transformista ou menina veneno.

Tampouco serão toleradas expressões como botar as aranhas para brigar, fazer sabão, escorregar no quiabo, entubar uma brachola, agasalhar um croquete, esconder uma cobra ou sentar em cadeira ocupada.

Os ditos anões (e as anãs também) não poderão mais ser tratados como toco-de-amarrar-jegue, pintor de rodapé, meia-foda, salva vidas de aquário, tampinha, segurança de festa infantil ou tamborete de puteiro.

Opte-se pelo politicamente correto pessoa de sexo masculino ou feminino verticalmente inferiorizado ou prejudicados.

Da mesma forma, os obesos (e as obesas também) não poderão mais ser chamados de rolha de poço, cintura de ovo, pudim de banha, gorduchinho, bola de sebo, pneu de trator, botijão, almôndega de Itu, barril de chope ou Moby Dick.

No lugar disso, utilizem o tratamento neutro de “pessoa de porte avantajado”.

Por fim, mas não menos importante, não há problemas em chamar os indivíduos de pigmentação clara de galego de água doce deu um peido e se cagou-se, urso branco, galegão,  barata cascuda, penico esmaltado, boi do cu branco, sarará e visagem, tendo em vista que não há nenhuma ONG nem lei protegendo os branquelos.

Os Editores

(um branquelo feito macaxeira descascada e outro moreno cor de jambo)

Nenhum comentário: