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sábado, junho 29, 2013

Passado e presente juntos nas fotos de Jason Powell


Bruna Vieira

Fatos históricos e rotineiros da história contemporânea registrados de forma criativa e dinâmica, através de imagens emblemáticas, pelas lentes do fotografo Jason E. Powell.

Este é um ensaio simples, porém genial, onde o fotografo registra o presente através grandes acontecimentos históricos que marcaram o passado no mesmo local. Assim surgiu o Looking into the past (Olhando o passado).


COUNTRY STORE ON DIRT ROAD, GORDONTON, NC


BEHIND GARE ST. LAZARE, PARIS, FRANCE


BENEATH THE EIFFEL TOWER, PARIS, FRANCE


CHILD AS LIBERTY - PEACE MONUMENT, WASHIN


A menina assiste de longe exploção do THE WORLD TRADE CENTER


PENTAGON FROM A DISTANCE, SEPTEMBER 11, 2001


LUTHER MEMORIAL CHURCH, WASHINGTON, DC


MARCEL OF PARIS, CONNECTICUT AVENUE, WASHINGTON, D.C.


MARCH ON WASHINGTON, AUGUST 28, 1963


PHOTOGRAPHERS AT THE TIDAL BASIN


SUMMERTIME AT TIDAL BASIN, WASHINGTON, DC


WOMEN DEMONSTRATING FOR RIGHT TO VOTE, WHITE HOUSE

Veja este e outros trabalhos do artista, através do site:



Bruna Vieira é quase uma arquiteta e urbanista, apaixonada por fotografia, artes plásticas, música e história. Ela também adora compartilhar aquilo que lhe desperta a atenção.

Cordei kd revolussaum?


Trótski está quebrando a cabeça pra entender os protestos; ele acha que tem uma galera muito picareta infiltrada neles

Ruy Goiaba

E aí o gigante acordou com uma ressaca medonha: aquela moçadinha cheia de entusiasmo revolucionário no início da semana passada hoje sente o gosto do cabo de guarda-chuva na boca.

No mundo das redes sociais, a decepção também é em tempo real – antes do período galerozoico (copyright do blog Cersibon, que inspirou também o título deste texto), a gente demorava anos ou décadas pra se decepcionar com essas coisas.

A verdade é que estava todo mundo muito bêbado de si mesmo, daquela sensação de estar participando de algo GRANDE e NOVO, tão diferente da nossa vidinha medíocre.

“O povo na rua, que lindo! Praça Tahrir! Praça Taksim! Foto minha no Instagram no meio de todo mundo! Revolução, EU FUI!”

E aí as coisas começaram a ficar feias, com o povo lindo tocando o zaralho e protestando por coisas que Glorinha Kalil não aprovaria.

Talvez algo de novo tenha mesmo acontecido – e na dúvida, quando o entusiasmo geral estava no auge, fiquei na minha: não quis bancar o tiozão do EU AVISEI, até porque não avisei.

Não queria desafinar o coro dos contentes.

Mas, enfim, o mundo não é o John Lennon tocando “Imagine” no piano branco, é o Mark Chapman e está armado.

De todo modo, meninos do Braziu, deixa o tio Goiaba contar uma coisa pra vocês: idiotas também se manifestam.

Caso vocês não tenham notado, eles votam (e são votados, faz muito tempo), e o votinho idiota deles vale tanto quanto o seu.

Isso vem no pacote da democracia e não pode ser vendido separadamente.

Por mais que eu me irrite com aquela cavalgadura que tirou foto com cartaz defendendo que quem recebe Bolsa Família não possa votar – o que deve ser a coisa mais delirantemente CRETINA que li em todos esses anos nesta indústria vital das redes sociais –, não se pode tirar dela o direito de se manifestar ENQUANTO débil mental.

Vale o mesmo, aliás, pra quem porta bandeiras de partidos que você acha cretinos.

Não faz sentido achar que protesto tem de ser só pelas “causas certas”.

Assim como Paulo Francis, não tenho nada contra os imbecis desde que eles não procriem, mas, se eles procriam e se manifestam, paciência (e “rigor da lei” nos casos que forem além da manifestação legítima).

Os idiotas, assim como o inferno, são os outros – e o resultado disso é que o idiota dos outros é você.

Como dizia o grande ídolo fanho Bob Dylan, “nós somos idiotas, meu bem; é incrível que a gente consiga se alimentar sem ajuda”.

Já que a coluna de hoje trata de assuntos momentosos, aqui vão meus dois centavos sobre o outro tema candente da semana que passou, a história da “cura gay”: sou contra.

Pelo motivo mais egoísta possível.

Como disseram no Twitter (não lembro a arroba), se os gays bonitos e sarados virarem héteros, será uma concorrência deslealíssima com a minha barriguinha de chope.

Assim não pode, assim não dá!


RUY GOIABA também já foi brasileiro, moreno como vocês – mas não aprendeu na mesa dos bares que o nacionalismo é uma virtude. Não banca o tiozão do EU AVISEI, mas é tio do pavê desde os 15 anos. E sabe que a revolução não será televisionada, mas pode render lindas fotos sépia no Instagram.

Esperamos que Gretchen não se separe de novo até a publicação deste texto


O chato em ser amigo da Gretchen no Facebook, é que sua timeline vira isso...

Pedro HMC

Mais uma semana em que Feliciano insistiu nessa palhaçada de cura gay! Ele não entende? 

Os gays não querem ser curados, querem apenas ser sarados.

Mas teve coisa boa também: foi cancelada a PEC 37, que por mim chamava BECK37: porque era uma droga, mal bolada e sua aplicação traria sérios efeitos colaterais. 

Baita bad trip!

E o discurso da Dilma na TV? 

Preferia ter ido ver o filme do Pelé! 

Por que ela balançava tanto de um lado pro outro? 

Quase deu labirintite! 

Da próxima, providenciem um calço pra presidente.

Ah, a Gretchen decidiu se casar DE NOVO! Pela décima sétima vez. Pensei em me estender sobre o tema aqui, mas vai que até a publicação da coluna ela já separou de novo, né?

Agora falando em Copa das Confederações! A seleção brasileira foi flagrada fazendo festa na concentração, a seleção espanhola bebendo e jogando strip-pôquer... 

Essa é a Copa das ConfOderações!

Quem viu a Shakira assistindo ao jogo na quinta, torcendo pelo marido, o espanhol Piqué? 

Ela tava ali bem no meio da torcida, entre fotos y cuadernos, entre cosas y recuerdos que no puedo comprender... 

E se o Brasil vencer a Espanha domingo? Ela fica loca, loca, loca...

Vamos torcer pro Neymar não se confundir em campo na final! Contratado pelo Barça, vai que se confunde e toca a bola pros espanhóis? 

Aliás, a torcida espanhola tá puta com o Neymar! 

Nem tanto por jogar contra eles agora, mas por ser o primeiro ser humano a conseguir um emprego na Espanha este ano.

(Caro leitor, se não for homossexual ou mulher pule o próximo parágrafo)

Mas o time da Espanha está de parabéns! A escalação da seleção brasileira é Neymar, Fred, Hulk, David Luiz... 

Já a escalação da seleção da Espanha é Lindo, Tesão, Bonito, Gostosão... 

E depois dessa tiradinha, Feliciano me deu cartão vermelho e expulsou de campo. :(

Apresentadores australianos viraram hit na Internet após perguntar durante um programa de TV, se no Brasil se falava italiano ou espanhol. 

Mas vamos dar um desconto: acontece que na reunião de pauta eles até tentaram assistir um programa brasileiro pra saber qual idioma se falava por aqui... mas foi bem um da Daniela Albuquerque! 

Nessas condições quem saberia que aqui se fala o português?!


E o Eike Batista? Eike pobreza! Um prestador de serviço não recebeu pagamento, aí depois um estaleiro deu calote de R$ 500 milhões...

Sim: R$ 500 milhões! Parece que o estaleiro até protestou: “NÃO É SÓ POR 20 CENTAVOS!!”

O Eike ta caindo tanto que a EBX podia patrocinar a seleção do Taiti.

E tomara que a peruca do Eike não siga o mesmo caminho das ações e caia também, aí acabou!!

No Estado americano de Ohio, um homem tomou chá de cogumelo, e sob efeito da droga, cortou o próprio pênis.

O cara usou droga e tirou o pau. Diferente da ex-BBB Ariadna, que primeiro tirou o pau, e só depois foi pra droga, entrando no Big Brother.

Aliás, esse cara é outro que saiu protestando: “NÃO É SÓ POR 20 CENTÍMETROS!!”

Também nos Estados Unidos, Anthony Kiedis, o vocalista do Red Hot Chili Peppers foi barrado na entrada de um hotel ao ser confundido com um fã dos Rolling Stones.

Mas a segurança tá correta em exagerar no cuidado: última vez que uma fã entrou num hotel do Mick Jagger sem autorização foi Luciana Gimenez... E por conta disso, hoje existe o Superpop até hoje na TV. Um perigo.

Por essa semana é só. Pra você que gostou, compartilhe no facebook, imprima pra sua avó ler. Pra você que não gostou, vá pra rua, proteste, exerça seu direito.


PEDRO HMC escreveu o Furo MTV por três anos. Atualmente está na Band. Também se diverte indo ao Subway e perguntando pra atendente quando oferece sobremesa: “Moça, que cookie cê tem pra me dar?”. Você pode seguí-lo no Twitter.

Quer ganhar mais 15 minutos de fama? Solte uma declaração homofóbica!


Mara Maravilha diz que homossexualidade é uma aberração e dá seu apoio ao deputado Marco Feliciano

Eloá Paranhos

Meus amores! Como vocês estão carecas de saber, a titia Eloá não faz outra coisa da vida além de ver TV, folhear revistas de fofoca e visitar o facebook de meia em meia hora.

Acumulo muitos anos de observação arguta da indústria do entretenimento, e por isto aprendi como as carreiras nascem, morrem e ressuscitam.

Existem muitas maneiras de ficar famoso depressa.

Uma das mais consagradas é frequentar a cama daquele diretor que é um verdadeiro lobo.

Outra é gravar um vídeo bem trash se candidatando ao BBB.

Se viralizar na internet, o felizardo nem precisar passar pelos três meses de confinamento para fazer presença VIP em evento de shopping do interior.

Mais complicado é conseguir que uma carreira que já morreu pegue no tranco.

Ainda tem umas tontas que acham que serão redescobertas pela mídia se posarem para a Playboy.

Só que existe um jeito bem mais fácil de bombar da noite para o dia.

Basta seguir os seguintes passos:

1) Cave um convite para um desses programas de variedades a que ninguém assiste. A RedeTV! está cheia deles. Aliás, a RedeTV! é uma subcelebridade em forma de emissora: quase desprovida de talentos, mas faz qualquer coisa para aparecer.

2) Lá pelas tantas, solte uma declaração homofóbica bem cabeluda. Diga que os gays devem ser isolados em campos de concentração, ou que a visão de duas pessoas do mesmo sexo se beijando lhe causa engulhos.

3) Controle o riso e diga que Daniela Mercury só mostrou sua namorada no Instagram para se promover. Eu sei, eu sei: você é quem está desesperado para se promover, hahaha, olha só que ironia. Engole esse riso, vai.

4) Terminado o programa, acesse as redes sociais: voilà, ninguém fala em outra coisa! Você já lidera os trending topics do Twitter e está sendo vilipendiado no Facebook. É a glória! Está certo que quase todo mundo só fala mal de você. Mas isto é melhor do que o silêncio sepulcral a respeito da sua pessoa que reinava até ontem, não é mesmo?

5) No dia seguinte, engula o riso novamente, vista sua melhor cara de pau e solte o seguinte comunicado à imprensa: “Estou sendo mal interpretado. Tenho milhares de amigos gays. Até meu cabeleireiro é gay! Amo os gays e eles me amam. Só manifestei a minha opinião, e vocês estão tolhendo a minha liberdade de expressão. O perseguido aqui sou eu! Buááá, que injustiça”, etc. etc.

Na pior das hipóteses, o roteiro acima lhe garantirá mais alguns dias de exposição na internet. Talvez lhe conquiste novos fãs: trogloditas que acham que vivemos uma ditadura gay ou fanáticos religiosos que interpretam a Bíblia de maneira que justifique seus preconceitos.

Ou seja, tudo gente da melhor qualidade!

Agora, se você bombar mesmo, pode até sonhar com uma candidatura a deputado federal.

Já pensou? Você no Congresso, ganhando dinheiro público para propor curas de doenças que não existem! É a glória, maria!

Mas aqui vai um conselho de amiga: candidate-se logo, antes que esses milhões de pessoas que saíram às ruas façam com que o Brasil mude para valer.

Ou vai dizer que você viu nos protestos algum cartaz atacando os gays?


ELOÁ PARANHOS, 67, é ex-funcionária pública e aposentada desde os 35 por invalidez (machucou o dedo anular esquerdo num acidente de bocha). Passa os dias vendo TV, folheando revistas de fofoca e recebendo mensagens em código. Torce pelo Juventus.

Na temporada da Pós-lítica, saiba qual é o pretinho básico das manifestações


Diego Rebouças

Começou o inverno! Não é o máximo? Tempo de apontar as tendências.

O que pode pegar e o que já decolou.

Porque, afinal, não é só porque a gente vai pra passeata que “nóis” deixou de ser fashion num nível “über”.

E a primeira tendência é que o cristal japonês está definitivamente “out”.

Agora, atriz global que estiver afim de chorar com o nariz todo vermelho tem que partir pro gás lacrimogêneo – tendência quente, que vem direto das ruas. Puro "streetstyle".

O gás lacrimô (só para os íntimos) nos leva ao segundo “hype” do momento: a democracia da polícia brasileira.

Sim, senhoras e senhores.

De norte a sul do Brasil, as polícias provaram definitivamente que entendem (e muito) de democracia ao sair democratizando o gás lacrimogêneo pra cima de todo mundo.

Ao garantir a acessibilidade do gás para todos, podemos dizer, sem medo de errar, que a polícia é o pretinho básico da passeata brasileira.

Serve pra tudo – dispersar vândalo, manifestante, trabalhador que acabou de sair da empresa, carroceiro de pipoca, tu-do.

Outro item que volta com força nessa semana é o retrô anos 60/70.

Quem dá a pista é o senador Cristovam Colombo, que deve ter descoberto como fazer omelete sem quebrar ovo ao propor o fim dos partidos políticos.

Cristovam Colombo inaugura a Era da Pós-lítica! Não é um luxo?

Mais direto que isso, só se ele mandasse o Golpe Militar de volta às passarelas, num surto em que se autoproclamaria a Gisele Bündchen da nova Era, primeira “übergenerala” da História brasileira.

Nesse caso, Cristovam seria tão “strong enough” que não precisaria ter medo de nadica de nada – a não ser do Feliciano com seu maxipoder de cura, capaz de devolver Cristovam de volta à realidade.

O frenesi de tendências da semana são tantos que alguns passam quase batidos.

O “menos é menos”, por exemplo, ainda não pegou com força total, mas, se os adeptos do “menos é mais” não ficarem espertos, pode ser que fique com força total.

Ao longo da semana, vimos “menos é menos” nas aparições de prefeitos, governadores e até da Presidenta.

A tendência também foi detectada nos seus discursos – onde menos conteúdo foi menos informação, mas não menos embromação.

Todo mundo sem saber o que fazer com o microfone, como se nunca tivesse cantado seus refrões de promessas nos videoquês palanquísticos das campanhas da vida.

Direto do túnel do tempo, a hashtag #anramclaudia manda beijos.

Na chanchada da Era da Pós-lítica, o “menos é menos” aparece até no Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.

Das 943 vagas de auditores, 413 estão, como elas mesmo dizem, vagas. Fazer controle das contas do governo e dos municípios pra quê, não é mesmo?
Até porque reprimir tá totalmente fora de moda.

A não ser quando o assunto é vândalo – vândalo de passeata, que fique bem claro.

Porque os vândalos de Gabinete, pelo menos até agora, como ditadores da moda que se julgam, estão tentando se colocar acima dessas tendências que prejudicam a nós, reles mortais.


DIEGO REBOUÇAS, 30, é roteirista, jornalista e autor do livro Travessia, publicado pela Livros Ilimitados e bloga no Câmera de Vigilância.

Posse do Barroso virou boca-livre de causídicos


Ricardo Soares

Não se trata de dizer sobre a importância ou desimportância do Supremo nem se aqueles formais cavalheiros ministros são a reserva moral da nação, cidadãos acima de qualquer suspeita, ou se apenas se atribuem uma importância que não tem com o beneplácito da mídia que os transformou em politicamente corretos, uma espécie de família Walton dos tempos modernos.

Os senhores e seus embates empolados em juridiquês viraram celebridades e as vaidades afloraram com força num fórum que já era dos mais vaidosos.

Fato é que as excelências nos seus ritos entediantes entraram na agenda nacional.

Sem entrar no mérito se é correto ou não (ou entrando sim no mérito) presenciei uma estranha viagem grupal de advogados e advogadas risonhos e risonhas, na última quarta feira, em voo do Rio para Brasília.

Lépidos e fagueiros, estridentes como periquitos em ciclo reprodutivo, a malta ia a capital federal para assistir à posse do novo ministro do Supremo, o senhor Luis Roberto Barroso que já chegou dando pitaco sobre tudo na conjuntura brasileira.

Excelência excelente ao que parece.

Mas no voo, o que me chamou a atenção naqueles pronomes de tratamento ambulantes, todos vestidos com ternos bem cortados, é que anunciavam que estavam viajando com passagens e despesas pagas pela OAB.

Todos pareciam que iam se hospedar em ótimos hotéis (como o Meliá, diária acima dos 400 reais) e ansiavam que a posse do novo ministro Barroso acabasse logo para poderem correr para a varanda da churrascaria Porcão para assistir ao jogo do Brasil contra o Uruguai.

Os moços dos ternos luzidios e as moças de terninhos caros  acompanhadas de senhoras com boas tinturas nos cabelos não escondiam a felicidade pelo “boca livrismo juramentado” e em supremo (ops!) regozijo bradavam alto o grau de suas influências e capilaridades políticas nos corredores de Brasília.

Entre o grupo, lógico, o lendário advogado Kakay , aquele que defendeu luminares da nação como Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Tudo gente muito boa de lobby.

Conhecedores profundos de bons vinhos e do mais refinado malte escocês.

Sentado numa cadeira de corredor do avião fiquei emparedado entre as excelências ouvindo tanta nojeira (me perdoem mas não encontro outro termo) tanta bravata, tanta estultice que desci daquele  voo mareado querendo iniciar ali mesmo um movimento “Fora advogados” e sair em passeata solitária desde o aeroporto JK até a sede do Supremo.

O que me impressionou é que tamanha cara de pau se dá justamente quando o país vai para as ruas enojado por esse tipo de comportamento descarado de nossas autoridades.

Fiquei muito preocupado acerca desse novo ministro do supremo, o tal Barroso.

Afinal se essa é a plateia que foi aplaudir a sua posse o que podemos esperar dele?

Diga-me com quem andas e te direi quem és ou não podemos generalizar?

Confesso que fiquei chocado.

A trinca de conselheiros comprova que Dilma não entendeu a mensagem das multidões


Augusto Nunes

O jornalista Lauro Jardim informou que Gilberto Carvalho anda amuado por não ser consultado pela presidente Dilma Rousseff. Essa é a notícia boa: pouco importa o que tem a dizer quem só diz besteira. A notícia ruim é que, segundo o ex-seminarista que virou porteiro de bordel (além de secretário-geral da Presidência), a chefe agora ouve apenas ─ além das ordens de Lula ─ a trinca formada por Aloizio Mercadante, Fernando Pimentel e João Santana.

Ministro da Propaganda, João Santana costuma alternar lances espertos com ideias de jerico. Na campanha de 2010, por exemplo, o marqueteiro baiano acertou ao condecorar Dilma Rousseff com a medalha de Mãe do PAC. A malandragem ajudou a fantasiar de supergerente a dona da lojinha que faliu em Porto Alegre. Em contrapartida, foi Santana quem convenceu a presidente a dar as caras na abertura da Copa das Confederações. Teria uma recepção de rainha, apostou. Foi mais vaiada que um zagueiro que enterrou o time.

Seja qual for o cargo que ocupe, Aloizio Mercadante jamais perde uma chance de justificar o título de Herói da Rendição, obtido graças a notáveis demonstrações de falta de bravura em combate. Especialista em retiradas e capitulações, inventou a revogação do irrevogável quando liderava a bancada do PT no Senado. Agora no triplo papel de ministro da Educação, da Economia e de Crises Políticas, foi o primeiro a aconselhar Dilma Rousseff a entrar na batalha da Constituinte. E foi o primeiro a recomendar que se rendesse.

Disfarçado de ministro de Indústria, Comércio e Desenvolvimento, Fernando Pimentel é o Primeiro-Acompanhante e Melhor Amigo da presidente, com quem convive desde quando tentavam trocar a tiros a ditadura militar pela ditadura do proletariado. A força do afeto  manteve Pimentel no emprego mesmo depois da descoberta de que ganhou muito dinheiro usando as fantasias de “conferencista” e “consultor financeiro” . O palestrante enriqueceu sem abrir a boca. O consultor precisou de meia dúzia de conselhos para levar à falência uma fábrica de tubaína.

Se estivesse disposta a combater a corrupção, Dilma já teria remetido Pimentel para a delegacia mais próxima. Se quisesse mesmo reduzir a gastança federal, já teria mandado para casa Mercadante e João Santana. Caso desejasse fazer as duas coisas com um único despejo, Gilberto Carvalho estaria procurando trabalho há muito tempo. A demissão do secretário-geral reduziria a taxa de mediocridade do Planalto e talvez impedisse o engavetamento das investigações sobre o escândalo protagonizado pela segunda-dama Rosemary Noronha.


Dilma não fará nada disso, claro. Vai continuar ouvindo o coro dos áulicos, contando mentiras, desfiando promessas grisalhas e irritando milhões de brasileiros fartos de tapeação. Até que as multidões percam a paciência de vez e acordem a presidente surda à mensagem das ruas com uma passeata debaixo da cama.

Fernando Henrique Cardoso é eleito para a Academia Brasileira de Letras


O ex-presidente da República e sociólogo, Fernando Henrique Cardoso, foi eleito, nesta quinta-feira (27), para a Academia Brasileira de Letras. Ele ocupará a cadeira de número 36, que pertencia ao escritor e jornalista João de Scantimburgo, morto em 22 de março de 2013, aos 97 anos.

Fernando Henrique Cardoso foi eleito à cadeira em primeiro escrutínio, com 34 votos a favor de um total de 39 eleitores. O ex-presidente havia preenchido sua candidatura à Academia no mesmo mês da morte de Scantimburgo, com uma carte entregue pessoalmente pelo imortal Celso Lafer a Geral Holanda Cavalcanti, que substituía a presidente da ABL, Ana Maria Machado.

Em seu perfil oficial no Facebook, o ex-presidente comentou: “Resisti alguns anos à sugestão de vários amigos para me apresentar à ABL. Primeiro, porque não sou propriamente o que se denomina de um “homem de letras”. Segundo, porque temia que pudesse haver confusão entre minha produção intelectual e minhas posições políticas. Ao saber, porém, que desde sua fundação a Academia contemplava intelectuais em geral, e não apenas escritores, e tendo também passado mais de dez anos fora de cargos públicos, sem mais aspirar a nenhum deles, arrisquei submeter meu nome à apreciação dos acadêmicos. Eleito, só me resta agradecer a generosidade dos que hoje me recebem como companheiro, reafirmando minha satisfação e meu desejo de ajudá-los no esforço para que a ABL continue cumprindo os desígnios de seus fundadores, primeiros ocupantes de cadeiras, dentre os quais Machado de Assis, Ruy Barbosa e Joaquim Nabuco.”

O novo eleito recebeu seus confrades e convidados na Fundação Eva Klabin, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.

“Essa eleição é um ato de respeito da Academia Brasileira de Letras à inteligência brasileira. A grande obra de Fernando Henrique Cardoso de sociólogo e cientista dá ainda mais corpo à Academia”, afirmou o ex-presidente da ABL, Acadêmico Marcos Vinicios Villaça, logo depois da eleição.


Dois outros ex-presidentes já foram eleitos à ABL. Getúlio Vargas foi nomeado em 1941 para a cadeira 37 e José Sarney ocupa, desde 1980, a cadeira 38.

Comissariado petelho quer tungar o ronco das ruas


Elio Gaspari

A proposta da doutora Dilma de Constituinte exclusiva para decidir uma reforma política tem cheiro de tunga no ronco das ruas. Quando ela se propõe a tratar das tarifas de transportes públicos com um “Plano Nacional de Mobilidade Urbana”, fala no dialeto de comissários e burocratas que empulham a rua com eventos e iniciativas “estratégicas”. (A menos que essa parolagem signifique apenas “passeatas”.) Falando em reforma política, fala de nada.

Ganha uma viagem a Havana quem souber o que é isso. Ganha um mês em Pyongiang quem souber como um plebiscito pode legitimar uma discussão que não se sabe como começa nem como termina. Hoje, há apenas uma insistente proposta de reforma do sistema eleitoral, vinda do PT, sucessivamente rejeitada pelo Congresso.

São dois os seus tendões. Um é o financiamento público das campanhas. Em tese, nenhum dinheiro privado iria para os candidatos. Só o público, seu, nosso. A maior fatia iria para o PT. Quem acredita que esse sistema acabaria com os caixas dois tem motivo para ficar feliz. Para quem não acredita, lá vem tunga. Seria mais lógico proibir as doações de empresas. O Congresso pode decidir que quem quiser dar dinheiro a candidatos deverá tirá-lo do próprio bolso, e não mais das empresas que buscam-no de volta nos preços de seus produtos. O segundo tendão é a criação do voto de lista. Hoje o voto de um cidadão em Delfim Netto vai para a cumbuca do partido e acaba elegendo Michel Temer. Tiririca teve 1,3 milhão de votos e alavancou a eleição de três deputados, um deles petista, com apenas 93 mil votos.

Pelo sonho do comissariado, os partidos organizariam listas e os votos que a sigla recebesse seriam entregues aos candidatos, na ordem em que foram arrolados pelos mandarins. Em poucas palavras: os eleitores perdem o direito de escolher o candidato em quem querem votar e as cúpulas partidárias definem a composição das bancadas. (O sujeito que votou em Delfim elegeu Temer, mas em Delfim votou.) Uma proposta sensata de emenda constitucional veio exatamente de Michel Temer: cada Estado torna-se um distritão e são eleitos os mais votados, independentemente do partido. Tiririca elege-se, mas não carrega ninguém consigo.

O que o comissariado quer é contornar a exigência de três quintos do Congresso (357 votos em 594) necessários para reformar a Carta. Numa Constituinte, as mudanças passariam por maioria absoluta (298 votos). Esse truque some com 59 votos, favorecendo quem? A base governista.

Todas as Constituintes brasileiras derivaram de um rompimento da ordem institucional. Em 1823, com a Independência. Em 1891, pela proclamação da República. Em 1932, pela Revolução de 30. Em 1946, pelo fim do Estado Novo. Em 1988, pelo colapso da ditadura. Hoje, a ordem institucional vai bem, obrigado. O que a rua contesta é a blindagem da corrupção eleitoral e administrativa. Disso o comissariado não quer falar.

Há um século o historiador Capistrano de Abreu propôs a mais sucinta Constituição para Pindorama:

“Artigo 1º: Todo brasileiro deve ter vergonha na cara.

Artigo 2º: Revogam-se as disposições em contrário.”

Na hora em que a rua perdeu a vergonha de gritar, a doutora diz que o problema e sua solução estão noutro lugar.


(*) Elio Gaspari é jornalista

Grafite de Banksy é vendido por R$ 543 mil em Londres


Uma icônica obra do grafiteiro britânico Banksy, “Love is in the Air”, foi vendida nesta quinta-feira, 27, em um leilão na casa Bonhams em Londres por 163 mil libras (R$ 543 mil).

Trata-se de uma de suas obras mais conhecidas, protagonizada por um manifestante posicionado para lançar um ramo de flores como se fosse um coquetel molotov, que foi criada em 2006.

A peça foi assinada por Banksy e é acompanhada de um certificado de autenticidade, explicou Bonhams.

O mistério que envolve a figura de Banksy, assim como a contundente mensagem de seus grafites que se transformaram em ícones anticapitalistas, aumentaram o interesse e a cotação por suas obras que, paradoxalmente, se transformaram em peças de colecionadores.

A casa londrina, assim como a Christie’s e a Sotheby’s anteriormente, realizou ontem um leilão de arte contemporânea com obras de autores como Gilbert & George, Damien Hirst, Keith Haring e David Hockney, no qual a obra de Banksy era a grande estrela.

No entanto, a peça que alcançou a maior cotação foi um quadro de Chu Teh-chun, “Abstraction Neige III” (1985), avaliado em 289 mil libras (R$ 963 mil).

O clube de leitura do topless em locais públicos


Imagine estar caminhando no parque do Ibirapuera, em São Paulo, ou no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e se deparar com um grupo de jovens mulheres reunidas com os seios à mostra. 

É isso o que tem acontecido em lugares públicos da cidade de Nova York, onde amigas têm usado o respaldo da lei do Estado, que lhes permite ficar com o tronco nu em qualquer local em que homens podem.


As reuniões ocorrem regularmente em praças públicas, coberturas de hotéis, trilhas perto de rios e mesmo pontos bastante turísticos da Grande Maçã, como o mundialmente conhecido Central Park. 

Em sua maioria, elas já chegam aos locais das reuniões, onde leem e discutem clássicos da literatura, usando biquínis, para, assim, facilitar a prática de topless durante na cidade, cujas temperaturas sobem a cada dia com a proximidade do verão - há previsão de máximas de até 32ºC para os próximos dias.


“Para cada mulher que fica nos olhando feio quando passamos e murmura que há crianças por perto, há uma dúzia que se aproxima e nos agradece pelo que estamos fazendo”, diz ao tabloide britânico The Sun a fundadora do grupo, batizado de Coed Topless Pulp Fiction, que pediu para não ser identificada. 

“Se você está em Nova York e o tempo está bom, por que não se juntar a nós algum dia propõe o blog das leitoras, "um grupo de amigas, amigas de amigas, amigas de amigas de amigas e de completas estranhas que adoram livros e dias ensolarados e gostam de aproveitar os dois juntos de acordo com o que a lei permite”.


“A polícia já nos abordou algumas vezes, mas os policiais sempre confirmam que o que estamos fazendo é completamente legal e sempre foram muito educados em relação a isso”, continua ela, incentivando mais e mais mulheres a se igualarem aos homens e exibirem seus seios em público. 

“Acho que recebemos menos assobios e assédio quando estamos de topless em um grupo do que quando qualquer uma de nós caminha pelas ruas completamente vestida.”



Entre os livros que o grupo lê atualmente estão Blood on the Mink, de Robert Silverberg, False Negative, de Joseph Koening, e Choke Hold, de Christa Faust. 

“Quanto mais mostramos às pessoas que ver os mamilos de uma mulher não levarão o céu a cair, mais liberdade e igualdade as mulheres terão”, resume ela.

terça-feira, junho 25, 2013

Dilma propõe cinco pactos pra não pagar o pato sozinha


A presidente Dilma Rousseff propôs na tarde desta segunda-feira, 24, aos 27 governadores e aos 26 prefeitos de capitais convidados por ela para reunião no Palácio do Planalto a adoção de cinco pactos nacionais (por responsabilidade fiscal, reforma política, saúde, transporte, e educação).

“Se você acham que vou pagar o pato sozinha, estão redondamente enganados”, avisou. “Meu ovo, que vou me lascar sozinha! Meu ovo, entenderam?! Meu ovo!!!”

A reunião com governadores e prefeitos foi convocada como forma de resposta à série de manifestações que levaram milhares às ruas em protesto contra aspectos da conjuntura política e econômica, a qualidade dos serviços públicos e o corte de cabelo cada vez mais ridículo do Neymar.

O primeiro pacto apresentado pela presidente a governadores e prefeitos foi por responsabilidade fiscal, estabilidade da economia e controle da inflação.

“Este é um pacto perene para todos nós”, declarou. “Ou todo mundo se locupleta e passa o resto da vida morando na Suíça, ou vamos restaurar a porra da moralidade e continuar morando no Bananão!”

Segundo a presidente, o pacto pela preservação dos fundamentos da economia “é uma dimensão especialmente importante no momento atual, quando a prolongada crise econômica mundial ainda castiga as nações amigas e só quem está ganhando dinheiro com a crise são os fabricantes de cartolina, pincel atômico e vinagre balsâmico, que a garotada usa nas passeatas”.

Reforma política


No capítulo da reforma política, Dilma propôs aprofundar até o cabo a participação popular por meio de um debate sobre a convocação de um plebiscito.

De acordo com a presidente, o processo prostituinte seria específico para estabelecer regras de uma nova suruba política, capaz de produzir mudanças na forma de escolha de governantes e parlamentares, financiamento de campanhas eleitorais, coligações entre partidos, propaganda na TV e no rádio e outros pontos, como proibir o Hulk de jogar na seleção do Felipão.

Segundo Dilma, o debate da reforma política “entrou e saiu, entrou e saiu, entrou e saiu” várias vezes da pauta nas últimas décadas e quem tomou na tarrasqueta foi o povo.

“É necessário que nós tenhamos a iniciativa de romper um impasse. Ou a gente chega aos finalmente ou nem começa”, disse. “O que não dá mais é pra continuar nessa punheta!”

Corrupção


A presidente defendeu um combate “contundente” à corrupção e disse que, para isso, é necessário endurecer a legislação com viagra, cialis, palmeirinha, catuaba e ginseng, de modo que a corrupção dolosa seja classificada como crime hediondo, “com penas severas e doloridas, de preferência cumpridas na cela do Manicão”.

Quanto à corrupção culposa, quando o sujeito rouba sem querer ou sem intenção de roubar, a presidente disse que ainda não tem uma posição definida a respeito, “mas que vai conversar com alguns pastores que possuem expertise nessa área”.

Saúde


Para melhorar os serviços públicos de saúde, Dilma pediu aos governadores e prefeitos para chamarem o piloto alemão Sebastian Vettel e tomarem lições de como “acelerar” os investimentos já contratados em hospitais, unidades de pronto-atendimento e unidades básicas de saúde.

Ela disse que o governo quer incentivar a ida de médicos para as cidades que mais necessitam de atendimento de saúde, e, quando não houver brasileiros disponíveis, contratar médicos estrangeiros para trabalhar exclusivamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Gostaria de dizer à classe médica brasileira que não se trata nem de longe de uma medida hostil ou desrespeitosa aos nossos profissionais da máfia de branco. Trata-se de uma ação emergencial, localizada, tendo em vista a dificuldade que estamos enfrentando para encontrar médicos com disposição para trabalhar em municípios como Ipixuna, Caxangá e Lagarto, ou seja, no oco do mundo”, afirmou Dilma, para quem o Brasil é um dos países que menos emprega médicos estrangeiros.

“Nem os Médicos Sem Fronteira querem ir pra região amazônica porque lá a internet é uma merda e não tem como eles acessarem o Instagram”, se queixou. “Eles preferem as savanas africanas e o sudeste asiático, onde já tem até internet banda larga com 4G de velocidade.”

Transportes


Para o problema do transporte público, apontado como um dos fatores que determinaram a eclosão da onda de manifestações pelo país, Dilma falou em dar um “salto de qualidade”.

Ela destacou a desoneração fiscal do setor promovida pelo governo federal, o que, segundo afirmou, permitiu a redução das tarifas de ônibus em 10 centavos e a de metrô e dos trens em 15 centavos.

“Não é nada, não é nada, mas quem usa quatro ônibus diariamente no final do mês terá economizado R$ 12, que dá pra comprar um ingresso usado da Copa das Confederações no site Mercado Livre”, ponderou.

“Estamos dispostos agora a ampliar desoneração do PIS-Cofins sobre o óleo diesel dos ônibus e a energia elétrica consumida por metrô e trens. Esse processo pode ser fortalecido pelos estados e municípios com a desoneração dos seus impostos. Tenho certeza que os senhores estarão sensíveis a isso”, afirmou, dirigindo-se a governadores e prefeitos, que estavam tentando se esconder embaixo das mesas.

Ela também anunciou a destinação de mais de R$ 50 bilhões para novos investimentos em obras de mobilidade urbana, tais como pistas de skate, quadras de patinação artística, gafieiras e casas de forró.

“Quem fica parado é poste!”, avisou.

Educação


Para a área de educação, Dilma pediu apoio para o projeto que destina 100% dos royalties da exploração do petróleo para a educação, em tramitação no Congresso.

“Avançamos muito nas últimas décadas para reverter o atraso secular da nossa educação, mas agora precisamos, vou repetir pela última vez, de mais recursos, porra! Precisamos de mais recursos, caceta! O governo tem lutado junto ao Congresso Nacional para que 100% dos royalties do petróleo e 50% dos recursos do pré-sal a serem recebidos pelas prefeituras, pelo governo federal, pelos municípios e a parte da União, repito, sejam investidos na educação. Mas os senhores congressistas estão de sacanagem comigo e ainda não aprovaram a porra desse projeto que tramita no Legislatvo com urgência constitucional”, reclamou.

Para a presidente, nunca houve país no mundo que tenha se tornado desenvolvido sem um “esforço concentrado” na educação. 

“Nenhuma nação é capaz de se desenvolver sem alfabetização na idade certa, sem creches para a população que mais precisa, sem educação em tempo integral, sem ensino técnico profissionalizante, sem universidades de excelência, sem pesquisa, ciência e inovação”, afirmou. “No meu tempo também não tinha isso e foi por causa disso que peguei em armas. Essa juventude é melhor do que a minha porque só pegas algumas palavras de ordem no Facebook e depois transforma em cartazes. Eles estão de parabéns!”

Mulheres que honram o rolê: Marietta Maria Baderna


Mouzar Benedito

Nascida na Itália, em 1828, na cidade de Piacenza, filha do médico e músico Antônio Baderna, Marietta foi aluna do coreógrafo Carlo Blasis.

Estreou aos 12 anos em sua cidade natal, e logo integrava a companhia de dança do teatro Scala de Milão.

Nessa época a Itália estava fervendo politicamente, buscando a unificação, e ocupada pela Áustria.

Marietta era militante, seguidora de Giuseppe Mazzini, e obedecia a ordem da diretiva revolucionária de não participar da vida artística enquanto os austríacos estivessem na Itália.

Por perseguição politica, exilou-se com o pai no Brasil, em 1849.

Se estabeleceram no Rio imperial, e Marietta fez um sucesso danado no palco, conquistando o público do Teatro São Pedro de Alcântara.

Talentosa, de espírito rebelde e contestador, arrebatava o coração dos jovens “badernistas”, que era um grupo criado por fãs em homenagem a ela.

Segundo biógrafos, no início os cariocas usavam o termo baderna para indicar coisas muito belas.

Somente depois de a dança ser considerada fator de corrupção da juventude, a palavra assume os significados atuais.

Sempre à frente de seu tempo, Baderna se interessou pelos ritmos afro-brasileiros e saiu às ruas para ver o requebrar das mulatas.

Em pouco tempo foi considerada a musa do lundum, da cachuca e da umbigada, danças com movimentos bastante ousados para a época de dom Pedro 2º.

Era uma estrela de grande porte, rivalizando até com as divas do canto lírico.

Interessante que sempre que os moralistas tentavam boicotá-la (diminuindo seu tempo no palco, ou a colocando em segundo plano), os badernistas protestavam, batendo os pés no chão e interrompendo o espetáculo.

Ao término da apresentação, saíam do teatro batendo os pés e gritando o nome da musa: Baderna.

Havia quem dissesse que Marietta bebia demais e era viciada em absinto, além de ser muito namoradeira.

Triste que seu estilo transgressor e libertário tenha perdido para o conservadorismo.

Voltou com o pai para a Itália, e sua carreira entrou em decadência.

Morreu em 1870

Hoje seu nome é sinônimo de bagunça, confusão e desordem pública.


Pastor praticava “cura gay” atracando de popa


Um pastor de Minessota, nos EUA, foi preso na última quinta-feira acusado de abusar sexualmente de dois homens durante sessões de “aconselhamento para se libertar de tendências homossexuais” em uma organização cristã anti-gay.

De acordo com o jornal local “Kare 11”, o reverendo Ryan J. Muehlhauser – casado e pai de dois filhos – responde a oito acusações criminais por abuso sexual de rapazes que passavam pela “terapia” indicada pelo pastor.

Ele pode pegar até dez anos de prisão por cada um dos crimes.

Os abusos teriam ocorrido em datas diferentes: de outubro de 2010 a outubro de 2012, e entre março e novembro deste ano.

Uma das vítimas disse a polícia que continuou as sessões mesmo depois do abuso porque acreditava se tratar de um aconselhamento espiritual.

Além de ser consultor na organização cristã anti-gay Outpost, Muehlhauser atuou como pastor na Igreja Cristã Lakeside, em Minnesota, por 22 anos.

Em seu site, a organização negou que o pastor fizesse parte da equipe de “cura”.

Após o incidente, a Outpost passou a se definir como uma organização que “ajuda as pessoas feridas emocionalmente e sexualmente a encontrarem a cura e restauração por meio da relação com Jesus Cristo.”

“A Outpost está profundamente triste com as alegações sobre Ryan Muehlhauser. Somos fundamentalmente contra o abuso sexual e existimos, em parte, para ministrar aos que sofreram essa violência. Ryan não é e nunca foi um membro de nossa equipe, e nem era um pastor que recomendávamos. Os dois jovens que sofreram esta atrocidade continuam conosco e queremos ajudá-los da maneira que formos capazes. Nossa tristeza e as nossas orações vão para todos os que foram sexualmente violados.”

O Homem Lagarto que Jim Morrison gostaria de ser!


O americano Erik Sprague sempre teve o sonho de se tornar um lagarto, após tatuar todo seu corpo com escamas verdes e ter serrado seus dentes e feito cirurgia na língua (bífida).

O Homem Lagarto (“The Lizard Man”) possui uma tatuagem em seu peito escrito “Freak” (em português, “Aberração“), nada muito distante de sua realidade, né?


Erik também possui seus olhos verdes inalterados. 

Tranquilo e educado, estas são as características que define Erik.

O “artista” qualificado por ele, diz também que desde pequeno gostava de pintar seu corpo e que seu desenvolvimento foi muito natural e orgânico.


O Homem Lagarto diz que não possui nenhum arrependimento relacionado à esta transformação.

O cantor Jim Morrison, se estivesse vivo, o teria abençoado. Ou morrido de inveja.

Nicole Bahls grava clipe sensual com pato fu


A ex-panicat Nicole Bahls esteve em Brasília na última semana para participar da gravação do novo clipe da dupla Ítalo e Reno.

No clipe de “Sou eu que te amo”, Nicole aparece em cenas românticas com um pato fu.

O “casal” do clipe se divertiu imitando a cena romântica de Demi Moore e Patrick Swayze em “Ghost”.

Será a primeira vez que a tevê aberta brasileira irá exibir um pato pegando uma galinha.


A Peta, que defende os direitos das patas, já estuda medidas judiciais para tirar o clipe do ar.

Recentemente Nicole Bahls se envolveu em outra polêmica ao viver um affair com Enzo, o filho adolescente de Cláudia Raia e Edson Celulari.

Na ocasião, a morenaça explicou que gostava mesmo era de “franguinhos, porque estão com o pintinho sempre duro”.

Não se sabe por que ela agora optou por um pato.

Talvez esteja querendo pegar um pato rico, quem sabe...

Policial do spray de pimenta vira meme na web


O policial que jogou spray de pimenta em jornalistas durante uma manifestação em São Paulo ganhou seus 15 minutos de fama. 

Além de a foto do aloprado ter sido replicada em milhares de sites do mundo inteiro, os internautas brazucas resolveram dar o troco: o sujeito está estrelando dezenas de memes hilariantes. Confiram:






É a vingança da galera que foi pras ruas, mas já voltou pro Facebook.

Pelo menos até a próxima manifestação, que deve rolar nesta quarta-feira.

Coxinhas: a nova subclasse emergente paulistana


Um fenômeno se espalha com rapidez pela megalópole paulistana: os “coxinhas”. É um fenômeno grandioso, que proporciona uma infindável discussão. A relevância do mesmo já faz com que linguistas famosos se esforcem em entender a dinâmica do dialeto usado por esse grupo, inclusive. Afinal, quem são os coxinhas, o que eles querem, como esse fenômeno se originou? O que eles são?

“Coxinha”, sociologicamente falando, é um grupo social específico, que compartilha determinados valores equivocados. Dentre eles está o individualismo exacerbado, e dezenas de coisas que derivam disso: a necessidade de diferenciação em relação ao restante da sociedade, a forte priorização da segurança em sua vida cotidiana, como elemento de “não-mistura” com o restante da sociedade, aliadas com uma forte necessidade de parecer engraçado ou bom moço.

Os coxinhas, basicamente, são pessoas que querem ostentar um status superior, com códigos próprios. Até algum tempo atrás, eles não tinham essa necessidade de diferenciação. A diferenciação se dava naturalmente, com a absurda desigualdade social das metrópoles brasileiras. Hoje, com cada vez mais gente ganhando melhor e consumindo mais, esse grupo social busca outras formas de afirmar sua diferenciação.

Para isso, muitas vezes andam engomados, se vestem de uma maneira específica, são “politicamente corretos”, dentro de sua noção deturpada de política, e nutrem uma arrogância quase intragável, com pouquíssima tolerância a qualquer crítica.

A Origem


Existem muita controvérsia a respeito do tema. Já foram feitas reportagens para elucidar o mistério, sem sucesso, mas é hora de finalmente revelar a verdade a respeito do termo.

A origem do termo “coxinha”, como referência a esse grupo diferenciado, não tem nada de nobre. O termo é utilizado, ao menos desde a década de 80, para se referir aos policiais civis ou militares que, mal remunerados, recebiam também vales-alimentação irrisórios, também conhecidos como “vales-coxinha” (os professores também recebem, mas não herdaram o apelido).

Com o tempo, a própria classe policial passou a ser designada, de forma pejorativa, como “coxinhas”. Não apenas por causa do vale, mas por conta da frequência com que muitos policiais em ronda, especialmente nas periferias das grandes cidades, acabam se alimentando em lanchonetes, com salgados ou lanches rápidos, por conta do caráter de seu serviço.

Os policiais, apesar de mal remunerados, são historicamente associados à parcela mais conservadora da sociedade, por atuarem na repressão aos crimes, frequentemente com truculência. Com o a popularização de programas policialescos como Aqui Agora, Cidade Alerta e Brasil Urgente, o adjetivo coxinha passou a designar também toda a parcela de cidadãos que priorizam a segurança antes de qualquer outra coisa. Para designar essa parcela que necessita de “diferenciação” e é individualista ao extremo, foi um pulo.

Não cabe citar socialites ou coisa do tipo. São pessoas que vivem em um mundo paralelo essas daí. Mas vou citar três criadores de tendências no universo coxinha:

O “engraçado”: Tiago Leifert


Uma característica importante do coxinha padrão é tentar ser descolado, descontraído e não levar as coisas a sério. E nisso o maior exemplo é esse figurão da foto acima. Filho de um diretor da Globo, cavou espaço na emissora para introduzir o jornalismo coxinha na grade de esportes da Globo. Jogos de futebol valem menos do que as piadas sem graça sobre os jogos, metade do Globo Esporte é sempre sobre vídeo-game ou sobre a dancinha nova do Neymar, e TUDO vira entretenimento, não esporte.

Prova disso são declarações do próprio, como a declaração em que ele diz que não leva o esporte a sério, ou quando fala que o Brasil não é o país do futebol, é o país da novela. Isso revela duas características do coxinha default: ele não aceita críticas (e isso fica claro pelo número imenso de usuários bloqueados no Twitter pelo Tiago Leifert – incluindo este que vos escreve) e ele não tem conteúdo, provocando polêmicas para aparecer. Tudo partindo, obviamente, da necessidade quase patológica de diferenciação.

O “bom moço”: Luciano Huck


O apresentador, que revelou beldades como a Tiazinha e a Feiticeira na Band, na década de 1990, virou, na Globo, símbolo do bom-mocismo coxinha. Faz um programa repleto de “boas ações”, que, no fundo, são apenas uma afirmação de superioridade, da mesma forma que a filantropia dos Rockfellers no início do século XX. Puro marketing.

Quando você reforma um carro velho ou uma casa, além de fazer uma boa ação, você se autopromove. Capitaliza com o drama alheio mostra que, além de “bondoso”, você é diferente daquele que você está ajudando. Como preza a cartilha do bom coxinha.

Além disso, Luciano Huck é a representação da família bem sucedida e feliz. Casado com outra apresentadora da Globo, Angélica, forma um dos “casais felizes” da emissora. Praticamente uma cartilha de como montar uma família coxinha. “Case-se com alguém bem sucedido, tenha dois ou três filhos, e leve eles para festinhas infantis junto com outros filhos de famosos”.

Para se mostrar engajado e bom moço, Huck deu até palestra sobre sustentabilidade na Rio+20. Irônico, pra quem foi condenado por crime ambiental, em Angra dos Reis. Ele fez uma praia particular sem autorização. Diferenciação, novamente. Isolamento. Características típicas do coxinha default. Assim como “ter twitter”. Mas o twitter dele é praticamente um bot, só serve pra afagar seus amigos famosos e mandar mensagens bonitinhas.

A “Coxinha Política”: Soninha Francine


O terceiro e último (graças a Deus) exemplo de coxinha é a figura da imagem acima. Soninha Francine deve ser o maior caso de metamorfose política do Brasil. Até 2006 era petista convicta, mas o vírus da COXINHICE já afetava seu cérebro, a ponto dela sair na capa da Época em 2001 falando “eu fumo maconha”, provavelmente por um brilhareco.

Daí ela saiu do PT, entrou no PPS, caiu nos braços de José Serra e do PSDB paulista e se encontrou. Tenta conciliar a fama de “descolada”, adquirida nos anos como VJ da MTV, com uma postura política típica de um coxinha padrão: individualista e conservadora. E, pra variar, manifesta tais posturas via… Twitter.

Emblemático foi o dia em que Metrôs BATERAM na Linha Vermelha e ela, afogada em seu individualismo, disse que não encarou nenhum problema e que o Metrô estava “sussa”. Assim como a acusação de “sabotagem” do Metrô às vésperas da eleição de 2010.

Soninha ajuda a definir o estereótipo do coxinha default. O coxinha tenta de forma desesperada parecer um cara legal, descolado e antenado com os problemas do mundo. Mas não consegue disfarçar seu individualismo e sua necessidade de diferenciação. Não consegue disfarçar seu rancor quando os outros passam a ter as mesmas oportunidades e desfrutar dos mesmos serviços que ele.

Conclusão


O coxinha é um fenômeno sociológico disseminado em vários lugares, mas, por enquanto, só “assumido” em São Paulo (em outras cidades, os coxinhas ainda devem ter outros nomes). Não por acaso, tendo em vista que São Paulo é um dos ambientes mais individualistas do Brasil.

São Paulo é uma das cidades mais segregadas do país. É uma cidade de grande adensamento no centro, com as regiões ricas isoladas da periferia. A exclusão é uma opção dos mais ricos. Eles não querem se misturar com o restante da população. E, nos últimos anos, isso ficou mais difícil: não dá mais pra excluir meramente pelo poder econômico. Daí, é necessário expor um personagem, torná-lo um padrão, pra disseminar essa mentalidade individualista e conservadora: é aí que surge o coxinha.

E isso é bom. Porque o coxinha, hoje, é exposto ao ridículo pelo restante da sociedade. Até algum tempo atrás, ele era apenas um personagem latente. Ele não aparecia, portanto, não podia ser criticado ou ridicularizado. No final, o surgimento dos coxinhas só reflete a mudança do nosso perfil social. E, por incrível que pareça, o amadurecimento de nossa sociedade.


Fonte: Aleatório, Eventual & Livre