Pesquisar este blog

quarta-feira, setembro 03, 2014

Reflexões sobre The Walking Dead



Bruno Knott

Adaptação de uma história em quadrinhos criada por Robert Kirkman, o seriado The Walking Dead é um dos maiores sucessos da televisão, principalmente em termos de público.

O enredo mostra um grupo de pessoas tentando sobreviver a um mundo tomado por zumbis, algo que os leva a uma completa exaustão física e emocional, afinal deve-se temer tudo e todos.

Devemos exaltar a incrível qualidade da maquiagem e dos efeitos especiais em cenas de muito sangue e violência. Mas ele é muito mais do que isso.

Daqui para frente… spoilers!

The Walking Dead não é exatamente um seriado sobre zumbis. O objetivo principal é focar na reação dos seres humanos diante da presença dos zumbis e do caos que se segue, algo que é feito com maestria. Tensão, suspense, drama e sequências chocantes não faltam.

Quando achamos que os personagens já passaram por situações extremas o suficiente, logo somos surpreendidos por algo ainda mais intenso e catastrófico.

São vários os pontos que podemos destacar ao longo dessas quatro temporadas.

O que mais me chama a atenção é o arco narrativo de alguns personagens. O apocalipse zumbi foi capaz de fazer pessoas covardes e passivas se transformarem em líderes, mas também potencializou a loucura latente de alguns.

O fato é que em uma situação de fim de mundo como essa, deve-se fazer o necessário para sobreviver. Não existe aquela coisa de mocinho e bandido, de certo ou errado. A questão é não se transformar em um errante e proteger aqueles que você se importa.

Agora o que me vem a mente é o seguinte: vale a pena todo esse esforço? Até que ponto alguém aguentaria viver 24 horas por dia sob tensão, sem perspectiva de melhoras? Se algum dia for descoberta uma cura, será que aqueles que não se transformaram em zumbis serão capazes de se recuperar dos inúmeros traumas vividos? Difícil dizer, mas muito interessante de se pensar.

Graças às ótimas atuações e ao sólido desenvolvimento dos personagens, nossa ligação com eles é enorme. Sentimos cada perda e tememos cada encontro com errantes ou com outros grupos, pois podemos estar diante de uma despedida.

Fico na torcida para que o seriado não se prolongue demais. Acredito que, como Lost, seis temporadas são mais do que suficientes para que nos entreguem uma história interessante (com alguns deslizes, o que é normal) e com um fim digno.

A quinta temporada estreia no dia 12 de outubro. Ficaremos ligados!

Nenhum comentário: