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terça-feira, fevereiro 16, 2010
Tijuca, Ilha e Salgueiro brilham na 1ª noite de desfiles no Rio de Janeiro
Do G1, em São Paulo
As escolas Unidos da Tijuca, União da Ilha e Salgueiro foram os destaques da primeira noite de desfiles do Carnaval 2010 do Rio de Janeiro.
As celebridades internacionais e os milhares de foliões que lotaram a Marquês de Sapucaí se surpreenderam com as brincadeiras da Unidos da Tijuca no enredo “É Segredo”, que levou toques de mágica e inovação em suas alegorias.
Primeira a desfilar, a União da Ilha fez um bom retorno ao Grupo Especial com um enredo sobre Dom Quixote e os sonhos impossíveis. O Salgueiro, campeão de 2009, briga pelo título com a história dos livros. A escola levou acrobatas e um robô gigante para a Sapucaí.
O primeiro dia de desfiles não teve registros de incidentes graves. Nos bastidores, a cantora Madonna e a socialite Paris Hilton atraíram os holofotes e o assédio do público.
Na avenida, musas como Luiza Brunet, Adriane Galisteu, Letícia Spiller, Viviane Araújo e Sabrina Sato emprestaram beleza às escolas.
A receita da Unidos da Tijuca para encantar com o enredo foi levar brincadeiras para seus carros e alas.
A comissão de frente deu o tom do que seria o desfile: com toque de mágica, bailarinas usaram o ilusionismo para trocar de roupa em segundos, seis vezes a cada execução da coreografia.
A bateria da Tijuca impressionou com sua paradinha que abriu espaço para uma réplica dos carros dos gângsteres, de onde saíram foliões fantasiados de mafiosos.
Ao falar dos sonhos impossíveis, a União da Ilha fez uma referência também ao seu próprio sonho de permanecer no Grupo Especial e sair vitoriosa. A história de Dom Quixote rendeu alegorias caprichadas.
Na busca pelo título, a escola apostou na comissão de frente. Bem coreografados, foliões e bailarinos vestidos de toureiros jogaram rosas para o público e mostraram sincronia ao movimentar os mantos coloridos, simulando uma tourada.
Em busca do segundo título consecutivo, o Salgueiro levou livros que marcam a história mundial e clássicos nacionais para a avenida. A escola fez um desfile com 1 hora e 19 minutos e sem registros de incidentes graves.
Na evolução do enredo "História sem fim", se destacaram acrobatas desfilando nos carros, tripés grandiosos que acompanharam as alas, e um robô gigante de movimentos delicados que fechou o desfile.
Com o enredo "Brasil de todos os deuses", a Imperatriz Leopoldinense mostrou a formação religiosa do Brasil. A escola teve que driblar incidentes durante o desfile.
O carro abre-alas preocupou os responsáveis pelo movimento da escola. Um par de cavalos alados que antecediam a parte principal do carro não estavam acoplados à alegoria central e teimavam em não seguir em linha reta.
Já o segundo carro alegórico custou a entrar na pista e quase atrapalhou o desfile da escola.
A Viradouro escolheu buscar o título de campeã exaltando a cultura e a história do México.
No time de personagens que ajudaram a montar o retrato do país, a escola buscou artistas como Frida Kahlo, figuras religiosas como a Virgem de Guadalupe e até personagens pop, como Chaves e Chapolim.
A pequena rainha de 7 anos, Júlia de Souza Lira, filha do presidente da Viradouro, Marco Lira, chamou a atenção. Ela obteve na Justiça o direito de se apresentar e usou uma saia e um top, com plumas roxas e detalhes em prata para simbolizar o "tesouro dos piratas".
O desfile da Beija-Flor foi uma aposta nos 50 anos de Brasília, com uma viagem pela história da capital brasileira.
Longe dos mensalões e protestos, a escola optou por privilegiar a audácia dos pioneiros e a esperança no futuro da cidade.
A escola de Nilópolis defendeu o enredo "Brilhante ao sol do novo mundo, Brasília do sonho à realidade, a capital da esperança".
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