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segunda-feira, janeiro 19, 2009
Aos 61 anos, Elton John ainda é um dos maiores astros do pop
Ele já vendeu 250 milhões de discos no mundo todo, é autor do single em CD mais vendido da história, dividiu o palco com John Lennon na última aparição ao vivo do ex-Beatle e, aos 61 anos, está no Brasil pela segunda vez em mais uma de suas megaturnês. Depois de um show fechado para patrocinadores na última quinta (15), o ídolo britânico cantou em São Paulo no sábado, no Anhembi, e nessa segunda se apresenta na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro.
Reconhecido mundialmente pelos figurinos espalhafatosos e por uma coleção de óculos interminável usados nos anos 70, Sir Elton John (o título de nobreza foi concedido pela Rainha da Inglaterra em 1997) revelou recentemente em entrevista ao "Fantástico" que passa por um de seus melhores momentos na carreira e na vida pessoal.
"Hoje estou mais tranquilo, não tenho mais preocupações. O fato de estar vivo, tocando, cantando, depois de tantos problemas, já é um lucro. Tenho 61 anos, estou compondo e criando coisas novas. Fiquei muito mais caseiro, minha vida está muito mais equilibrada do que antes", revelou o músico inglês, que já esteve no Brasil em 1995 e há anos dedica parte de seu tempo e dinheiro a causas sociais de combate a AIDS e ao câncer.
O pontapé inicial na carreira solo de Elton John foi dado em 1969, com o álbum de estreia "Empty sky". Até então, ele havia liderado uma banda chamada Bluesology e trabalhado com seu maior parceiro de composições, o letrista Bernie Taupin, como compositores para os artistas da gravadora DJM.
"Empty sky" não teve muito sucesso na Inglaterra, e o disco seguinte, "Elton John", parecia fadado a seguir o mesmo caminho até cair nas mãos do empresário Russ Regan, do outro lado do Atlântico. Diretor da Uni Records, que havia acabado de adquirir os direitos de John nos EUA, Regan se encarregou de promover agressivamente o então desconhecido cantor no país.
E o início do sucesso de John não poderia ser menos chamativo: para seu primeiro show promocional nos EUA, em 1970, Regan mandou um ônibus de dois andares vermelho buscar a banda e John no aeroporto, com um aviso escrito "Elton John chegou". "Nós estávamos morrendo de vergonha", disse John um ano depois, em entrevista à "Rolling Stone", mesma publicação à qual, em 1976, assumiria sua bissexualidade (foi um dos primeiros popstars a fazê-lo abertamente).
Dois dias depois daquele show nos EUA, uma resenha no jornal "Los Angeles Times" declarava: "O rock tem uma nova estrela" - e pelos anos seguintes, essa estrela seria Elton John.
O período entre 1970 e 1976 foi o momento mais fértil na carreira do cantor - foram dez álbuns em sete anos. Todos os álbuns de John entre "Honky château", de 1972 e "Rock of the Westies", de 1975 chegaram ao primeiro lugar nas paradas dos EUA. Para suas turnês, contava com um transporte especial: um avião particular, o Boeing 707 The Starship.
Boa parte dos hits da carreira do cantor vêm dessa época, incluindo "Rocket man" (nome da atual turnê), "Crocodile rock", "Bennie and the jets" e "Don't let the sun go down on me".
Os anos 80 viram Elton John consolidar sua fama e, ao mesmo tempo, afundar no vício em cocaína. John conta que ficava trancado em seu quarto, acompanhado apenas da droga. “Uma vez [o ex-Beatle] George Harrison foi até a minha casa, tentar me ajudar, e saiu de lá me xingando”, contou John à “Mojo”, em entrevista publicada em 2006.
É dessa época o disco que John considera o pior de sua carreira, “Leather jackets”, de 1986. O vício se estendeu até a década de 1990, mas John finalmente livrou-se dos problemas com drogas. Durante os anos 90, passou a dedicar-se a novos projetos. Com a trilha sonora do desenho “O rei leão”, da Disney, faturou um Oscar de melhor música, enquanto o musical baseado na ópera “Aída”, de Giuseppe Verdi lhe rendeu um Tommy.
A década também viu o luto de John ser reproduzido em escala mundial quando “Candle in the wind", homenagem à princesa Diana, morta em um acidente de carro, tornou-se um dos singles mais vendidos do mundo em 1997, perdendo apenas para “White Christmas”, de Bing Crosby.
Com um elogiado 29º disco (“The capitain & the kid”, de 2006, continuação autobiográfica de “Captain Fantastic and the Brown Dirt Cowboy”, de 1975), Elton John chegou aos 60 anos com tranquilidade – incluindo a união civil com seu namorado David Furnish, em 2005.
E é com a mesma tranquilidade de quem é quase unanimidade na música pop, que Elton John deve subir ao palco no Rio e começar, mais uma vez nesses quase quarenta anos, a cantar seu primeiro hit, “Your song”.
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