Espaço destinado a fazer uma breve retrospectiva sobre a geração mimeográfo e seus poetas mais representativos, além de toques bem-humorados sobre música, quadrinhos, cinema, literatura, poesia e bobagens generalizadas
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quinta-feira, janeiro 15, 2009
O livro do ano – e do ânus, dos seios e da xana também!
A partir de agora, o leitor terá em mãos um livro corajoso, despudorado, terrivelmente provocador. Escrito por um jornalista e publicitário que é uma verdadeira navalha de irreverência, este Alô, Doçura! – Os protocolos secretos da AMOAL – que também poderia ter como subtítulo Guia do Politicamente Incorreto – vai excitar o leitor, irritá-lo às vezes, mas com certeza lhe arrancará sonoras gargalhadas, ainda que seguidas por alguma exclamação do tipo “pô, que cara escroto esse Simão Pessoa!”.
Mistura tropical de escabrosidades típicas de um Marquês de Sade com o humor irreverente do inglês Jonathan Swift, Simão Pessoa traça uma rota que começa em Lemúria e Atlântida e chega aos dias atuais para mostrar que o machão das antigas está mais vivo do que nunca. E escreve um interessante perfil biográfico dos principais grãos-mestres da Antiga e Mística Ordem dos Abatedores de Lebres (AMOAL): Giacomo Casanova, Don Juan de Sevilha, Georges Simenon, Jorginho Guinle, Porfírio Rubirosa, John Kennedy, Carlinhos Niemeyer, Vinicius de Moraes, Antonio Maria e Sergio Porto, entre outros.
Apesar do estilo “deixa-que-eu-chuto” da maioria dos capítulos, ninguém poderá negar que este livro é capaz de proporcionar momentos de divertida leitura e, ao mesmo tempo, levar a uma saudável reflexão – pela prática do livre pensar – a respeito dos muitos mitos e preconceitos enraizados, sobretudo pela mídia, na cabeça do povo.
O lado científico é abordado quando, por exemplo, se levanta uma interessante estatística de quanto sangue é necessário para a ereção de um pênis comum e como sofre um homem que, por acidente genético, tem um bimbo de proporções cavalares. Põe por água abaixo a vontade de (quase) todo homem ter um bilau do tamanho de uma sucuri adulta.
Desmistifica também o famigerado Ponto G que toda mulher sabe que tem, mas nem todo homem sabe onde achar. Qual não é a surpresa quando descobrimos que pode se fazer uma mulher chegar ao orgasmo até com a ponta do dedo mindinho.
Usuário incansável da Internet e pesquisador ávido das salas de bate-papo, o antenado Simão Pessoa vai mais fundo (sem dupla conotação) e dá orientações de como conduzir uma boa transa virtual. Imprescindível nos dias em que o membro fálico é substituído gradativamente pelo mouse. Trata-se de uma leitura obrigatória para os nerds que tremem só de pensar em “pegar” uma mulher de carne, osso, peitos e bunda.
Simão Pessoa vai dos temas-tabus, como o homossexualismo, a Aids e a ejaculação precoce, aos detalhes especiais para montar uma perfeita “festinha de embalo”, sem esquecer as dicas para ganhar uma mulher (no cinema, no shopping, na academia de ginástica, no cursinho ou faculdade, no estádio de futebol). E faz um verdadeiro tratado sobre posições sexuais, engraçadíssimo Kama Sutra de que constam movimentos tão sofisticados quanto o paso doble de Gardel, o saci pererê, o mountain bike, ou ainda o bêbado e a equilibrista.
O diferencial neste Alô, Doçura! é que todos os assuntos são tratados com deboche, escracho, irreverência, na contramão do consenso e do lugar-comum. Simão não teme que o chamem de machista, sexista, fascista, homófobo, politicamente incorreto: seu compromisso é com a alegria. Também não pede que concordem com ele: apenas exerce o direito de dizer o que quer.
É bom anotar que se, num momento, o livro trata as mulheres como um “porco chauvinista” – classificando-as em mocréias, jabiracas, mocorongas e outras estranhas espécies – logo depois sacaneia os homens dando dicas sobre como reconhecer variados tipos de cornos (o galeto, o cego aderaldo, o iô-iô, o besta-fera, o cachorro doido). E num dos mais divertidos capítulos (Casamento: você ainda vai ter um) debocha do machão, mostrando o quanto ele fica frágil e vulnerável ao se apaixonar.
Leia. Divirta-se. Comente. Presenteie seu melhor amigo. Mande para seu inimigo. Uns e outros podem até se chocar, mas vão rir muito também.
Serviço:
Alô, Doçura! – Os protocolos secretos da AMOAL, de Simão Pessoa.
Formato 21 X 27 cm, 350 pp e 18 ilustrações.
R$ 100,00
Solicitações:
simaopessoa@uol.com.br
simaopessoa@gmail.com
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