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quarta-feira, janeiro 25, 2012

Banda do Caxuxa já tem letra e música


No último sábado, num rasgo de inspiração que beirou à genialidade, o jornalista Mário Adolfo se isolou em um canto e escreveu sozinho a letra da marcha-enredo da Banda do Caxuxa, que deve agitar as ruas da Cachoeirinha na terça-feira gorda de carnaval.


Em apenas três estrofes, ele resumiu o que foram aqueles anos dourados da nossa juventude perdida, quando o barman Raimundo Selmo, o “Caxuxa”, nos iniciava na senda da boemia via sandubas misto-quente (um “must” na época!) e inesquecíveis “batidas” de todos os tipos.


A letra foi musicada por Edu do Banjo, Mestre Pinheiro e Duduzinho do Samba, que ainda fizeram uma citação musical da marchinha “Sassaricando” no primeiro verso do refrão ganchudo.


A esbórnia criativa rolou na casa do Mário Adolfo, regada a churrasco, uísque e cerveja gelada, e minha participação se limitou a acompanhar os pagodeiros com o minúsculo ovo esquerdo chocalho andino de estimação do Mestre Pinheiro.


A marcha-enredo da Banda do Caxuxa, este simpático cidadão acima de qualquer suspeita, deve ser gravada esta semana pelo cabuloso psiquiatra e puxador de sambas Assis Almeida, um dos baluartes do GRES Mocidade de Aparecida, no estúdio do Joel, irmão do Jacó, que é dono do bar onde vai rolar a concentração da banda.


Os ensaios da banda estão ocorrendo aos sábados, a partir das 14h, no Bar do Jacó, na rua J.Carlos Antony, entre as ruas Borba e Carvalho Leal, com muito churrasco, birita e marchinhas carnavalescas do tempo de antanho.


Agora, curtam a letra da marchinha que deve estourar nas rádios mais antenadas e incendiar a gloriosa Cachoeirinha no último dia de carnaval. Evoé, Momo!

Cá, cá, cá, Caxuxa

Vou de batida de maracujá

Cá, cá, cá, Caxuxa

Um tempo bom, vou relembrar!


Tinha o coração de estudante

O mundo eu queria transformar

Um guardanapo, o amor daquele instante,

Nascia a poesia na mesa do bar.


A boemia era lição da madrugada

Como é lindo ver o sol nascer

Vem comigo, viajar na jovem guarda,

No Bar do Selmo quero amanhecer.


O primeiro misto-quente,

A descoberta da madrugada

Tem gosto de aguardente

O primeiro beijo da primeira namorada.

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