As lebres que a pequena
grã-mestra da luta aranhal anda pegando não estão no gibi
Na semana passada, Andressa Ferreira, a nova namorada de
Thammy Gretchen, chamou atenção nas redes sociais ao compartilhar uma foto de
biquíni com o corpo sarado em evidência. “A
Don’t stop the sun... #bomdia #loveit”, escreveu ela na legenda.
A assistente de palco e a atriz assumiram o namoro nos
últimos dias de 2013, durante uma viagem.
Até o mês passado, Thammy namorava Nilceia Oliveira, com
quem mantinha um relacionamento cheio de idas e vindas.
Antes de Nilceia, Thammy foi casada com a exuberante Jenifer
Ferracine.
Apesar de ter um currículo cascudo no quesito “pegadora de
classe mundial”, Thammy Gretchen teve sua admissão negada na Antiga e Mística
Ordem dos Abatedores de Lebres (AMOAL), durante a última reunião do Conselho
Supremo da organização, realizado no último domingo.
Enclave de aristocrática elegância localizada na Avenida do
Turismo, a sede da AMOAL costuma ser um oásis de paz mesmo em meio à balbúrdia
que toma conta daquele logradouro durante o carnaval.
Durante o tríduo momesco, os sócios do clube mais fechado da
cidade seguem sua agradável rotina de rodinhas de piada, drinques à beira da
piscina e bate-papos na varanda do restaurante, alheios à turba que se
esparrama à sua volta atrás de blocos como o Galo de Manaus.
Habitualmente tranquilo, o Dia dos Reis deste ano teve um
tom diferente. As conversas, sempre em voz baixa, civilizadíssima, foram
dominadas por um único assunto: a saraivada de bolas pretas disparadas contra Thammy
Gretchen no último dia 5.
A artilharia (na verdade cinco disparos certeiros) abateu
temporariamente os planos da atriz para se tornar sócia titular do clube que sonha
frequentar desde o dia em que nasceu.
Como qualquer agremiação privada, a AMOAL tem todo o direito
de decidir quem admitirá como sócio. Neste caso, porém, o processo foi permeado
de intrigas, hipocrisia e requintes de crueldade.
Seguindo o estatuto, ela cumpriu religiosamente cada passo
do ritual de entrada. Antes mesmo de ser aceita, já havia comido mais de 50
mulheres, pré-requisito para apresentar seu nome aos demais. Sua candidatura
foi avalizada por um dos cardeais da instituição, o cantor e compositor Antônio
Pereira. Sua ficha ficou afixada em um quadro de avisos na entrada da sede,
conhecido como pedra.
Circunstância rara, ela contava com um círculo de amizades
de 34 pessoas entre os sócios, incluindo nomes famosos como Célio Cruz,
Armandinho de Paula e Cileno. Ainda assim, ela fez questão de telefonar para
cada um dos membros do conselho. Foram mais de trinta ligações. Em todas, só
recebeu elogios e apoios, o que não surpreende tratando-se de Thammya, uma lésbica
bonita, elegante, fina, educada, inteligente e famosa.
A desagradável surpresa veio no domingo, quando o pedido de
associação foi apreciado em uma reunião na qual estavam presentes praticamente
todos os membros do conselho, entre titulares e suplentes. Vinte membros
votaram.
Antes do escrutínio, o artista plástico Marius Bell fez seu
discurso pela aprovação da candidata, no que foi seguido pelo poeta Marco Gomes
e pelo contador Geraldo Apurinã. Em seguida, a urna passou de mão em mão,
acompanhada de bolas brancas (indiferença), cubos vermelhos (aprovação) e
cilindros pretos (rejeição). Aberta, veio o anúncio do veto. Como apadrinhada
de Antônio Pereira, Thammy poderia ter tomado até quatro bolas pretas. Levou
cinco. Ou seja: foi feita uma articulação milimétrica para bombardear sua
intenção.
Imediatamente, começou a especulação sobre quem teria
rejeitado a candidatura, num disse me disse que se estende até hoje.
Tão desejado quanto difícil de obter, o título de Cavaleiro
Templário da AMOAL torna seu proprietário membro de um mundo à parte. São
apenas 850 sócios. Para um entrar, alguém tem de sair. Ali, as pessoas convivem
como se estivessem em uma extensão de sua sala de visitas.
Nesse ambiente, um postulante que não seja bem-visto costuma
receber sinais inequívocos de que levará bola preta antes mesmo de passar pela
votação. A maioria retira a candidatura para evitar a humilhação pública.
A taxista Mulher de Branco, que já abateu mais de 300
periquitos, seria submetida à votação na mesma noite em que Thammy foi
recusada. Ao perceber que não teria chance, decidiu pular fora.
Uma vez recusado, o postulante pode reapresentar o pedido no
mês seguinte. Se for novamente preterido, precisa aguardar um ano para voltar à
carga. No caso de Thammy, a candidatura continua de pé e será reavaliada pelo
conselho no dia 1º de fevereiro, como indica a ficha ainda afixada no quadro de
avisos.
Até a última hora, porém, ela pode desistir. Tudo vai
depender do clima nos próximos dias. Por enquanto, a temperatura está elevada.
Conta-se que as cinco bolas pretas deixaram o patrono de sua candidatura, Antônio
Pereira, tão furioso que ele colocou a vice-presidência à disposição.
Procurado, Pereira disse que preferia não comentar o assunto antes da nova
votação.
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