Espaço destinado a fazer uma breve retrospectiva sobre a geração mimeográfo e seus poetas mais representativos, além de toques bem-humorados sobre música, quadrinhos, cinema, literatura, poesia e bobagens generalizadas
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quinta-feira, dezembro 10, 2009
Grande Mestre da AMOAL – Seccional Rio de Janeiro (RJ): Jorge Loredo
No último dia 28 de outubro, a Imprensa Oficial de São Paulo lançou a biografia de um dos maiores humoristas do país, Jorge Loredo, conhecido principalmente através de seu personagem Zé Bonitinho.
Em “Perigote do Brasil”, o jornalista Cláudio Fragata procurou mostrar uma face do ator conhecida por poucos, da infância em Campo Grande, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, às constantes internações em sanatórios por causa da tuberculose, a convivência com a família, com as ex-mulheres, com os filhos, até a criação de um dos mais marcantes personagens do humor brasileiro.
Loredo também fala sobre os bastidores da televisão brasileira, a amizade com grandes nomes como Manuel de Nóbrega, Carlos Alberto de Nóbrega, Chico Anysio, Selton Mello, bem como de sua experiência no cinema e sobre o seu trabalho atualmente no humorístico A Praça é Nossa do SBT.
Coincidentemente ou não, em outubro do ano passado, no Rio de Janeiro, o CCBB apresentou a mostra “Câmera, Close!”, aquele bordão que marca o incontrolável sedutor Zé Bonitinho, em uma outra homenagem a Jorge Loredo, criador há mais de 50 anos do famoso personagem.
Foram exibidos cinco longa-metragens, um curta e um documentário selecionados pela curadora da mostra Susanna Lira, com o apoio do próprio Loredo, e que estão entre os mais representativos de sua obra.
Antes de cada sessão, foi apresentado um depoimento de Jorge Loredo, gravado especialmente para a referida mostra, falando do filme a ser exibido – a experiência com o diretor, o processo de construção do personagem, curiosidades, etc.
O público teve ainda a oportunidade de conhecer pessoalmente o homem por trás de Zé Bonitinho. No dia 9 de outubro, uma quinta-feira, logo após a sessão de “Sem essa, Aranha”, rolou um engraçado debate com a participação de Jorge Loredo, o ator e diretor Selton Melo e a curadora Susanna Lira.
Para quem ainda não sabe, o talentoso Jorge Loredo, 53 anos de carreira, participou de filmes com ícones do cinema nacional, como os diretores Rogério Sganzerla e Arnaldo Jabor.
Seu último trabalho no cinema foi em “Chega de Saudade”, de Lais Bodansky, de 2008.
Em quase todos esses filmes, mesmo quando não estava interpretando o seu personagem mais marcante, alguns elementos dele, como o vestuário e acessórios, de alguma forma estavam sempre presentes nas interpretações de Jorge.
Zé Bonitinho é praticamente um alter-ego de Jorge Loredo. Inclusive, o personagem, um sedutor de estilo kitsch, já trouxe muitas confusões para a vida pessoal do ator. A biografia de Jorge se confunde com a de seu personagem.
Aos 85 anos, ele só é reconhecido nas ruas como Zé Bonitinho, popularizado por uma longa e rica carreira em inúmeros programas de tevês.
O mais curioso é que Jorge Loredo foi recentemente redescoberto pela geração mais jovem de cineastas brasileiros.
Em 2005, a diretora Susanna Lira realizou o já citado documentário “Câmera, Close!”, uma biografia do ator, exibido no Canal GNT.
Em 2006, o ator e diretor Selton Mello, fã incondicional de Loredo, dirigiu o curta-metragem “Quando o Tempo Cair”, com um personagem criado especialmente para ele. Logo depois, ele participou de “Chega de Saudade”.
Onde tudo começou
Jorge Loredo, mais conhecido como Zé Bonitinho, nasceu em 7 de maio de 1925. Adolescente, não sabia que profissão iria seguir. Sabia apenas que gostava de teatro.
Trabalhando num banco e estudando na Faculdade de Direito, viu um anúncio em um jornal sobre a seleção de candidatos para o Teatro do Estudante de Paschoal Carlos Magno. Inscreveu-se no teste para comédia.
Foi o único a fazer um monólogo de comédia. Gostaram de sua apresentação e foi selecionado.
Temendo o desemprego como artista, continuou os estudos e formou-se em direito em 1957, trabalhando como advogado especializado em previdência social e direito do trabalho durante todo o tempo de carreira.
Fez alguns filmes. O primeiro filme foi “Um caso de Polícia” (1959). Em 1960, contracenou com Ankito em “Sai Dessa, Recruta!”, onde fazia um recruta muito doido, que ficava preso e tinha delírios dentro da prisão.
Fez a seguir “Testemunhas Não Condenam” (1962), de Zélia Costa, e “A Espiã que Entrou Numa Fria!” (1967), com Agildo Ribeiro, e direção de Sanin Cherques.
Seguiram-se “Sem essa, Aranha” (1970), “O Abismo” (1977), ambos de Rogério Sganzerla, e “Tudo Bem” (1978), de Arnaldo Jabor.
Dentre os personagens famosos, está o mendigo aristocrata e filósofo que surgiu no fim dos anos 50 e virou um quadro fixo na TV Rio, no programa “Rio Cinco Para as Cinco”, exibido no final da tarde.
A mãe de Jorge Loredo o aconselhou a imitar um mendigo elegante que, na sua infância, ia na sua casa. Ele exigia mesa montada na garagem e toalha de renda.
O personagem foi um sucesso tremendo, tanto que o ex-presidente Juscelino Kubistcheck foi o padrinho de casamento de Jorge Loredo por conta da popularidade que acabou obtendo indiretamente.
Na época, Jorge terminava o quadro do mendigo dizendo: “agora vou encontrar com aquele menino, o Juscelino...”.
Mais tarde, o personagem passou a ser exibido no programa “Praça da Alegria”, de Manoel da Nóbrega, a quem sempre se dirigia com um aristocrático “como vai, meu nobre colega?”.
Era um mendigo que se vestia como um inglês, todo rasgado, mas usava monóculo e luvas.
O figurino foi tirado de um filme de Charles Laugthon que fazia o papel de um mendigo aristocrata.
Jorge Loredo criou outros tipos: um italiano que não podia ver televisão porque queria quebrá-la, o profeta Saravabatana, que andava com uma cobra que dava consultas a mulheres, e um professor de português que tinha a voz do Ary Barroso.
O irresistível Zé Bonitinho
No entanto, nenhum desses personagens ficou mais conhecido que o Zé Bonitinho.
O personagem surgiu de uma imitação que Jorge Loredo fazia de um colega de adolescência, o Jarbas, conhecido como “o perigote das mulheres”.
O sujeito ficava se olhando nos espelhos dos bares, dizendo “Alô, Garota!” e cantando “Strangers in the Night”. Ele se gabava de conquistar todas as mulheres.
O irresistível Zé Bonitinho é dono de bordões inesquecíveis, ditos com a voz grave dos conquistadores: “Câmera, close; microfone, please”, ou “Garotas do meu Brasil varonil: vou dar a vocês um tostão da minha voz!”.
Ostentando um enorme topete, imensos óculos escuros e um bigodinho finíssimo, Zé Bonitinho caminha com requebros e trejeitos de galã hollywoodiano. O personagem foi utilizado no cinema por Rogério Sganzerla em “Sem Essa, Aranha” e “O Abismo”.
Em 2003, Jorge Loredo foi convidado pela atriz Andréa Beltrão para atuar na peça infantil “Eu e Meu Guarda-Chuva”, e foi ovacionado pelas crianças da platéia.
Em 2005 ganhou o documentário “Câmera, Close!” do produtor musical Tito Lopes e da jornalista Susanna Lira.
O documentário envolveu um livro, um especial para TV e um curta-metragem. Imagens de arquivo de cinema e TV e recursos de computação gráfica também fizeram parte do documentário.
Em 2006, o ator voltou ao cinema em um curta-metragem dirigido por Selton Mello, “Quando o Tempo Cair”. Por esse trabalho, Jorge Loredo foi premiado com o troféu Marlin Azul, por sua volta ao cinema após 28 anos, no 13º Vitória Cine Vídeo.
Em 2008, atuou ainda em “Chega de Saudade”, de Laís Bodanzky, e na série de TV “Alice”.
Atualmente, integra o elenco do programa “A Praça é Nossa”, no SBT, fazendo ainda o carismático Zé Bonitinho.
Máximas e mínimas de um sedutor
“O chato não é ser bonito, o chato é ser gostoso!”
“Zé Bonitinho, aquele que não é sal grosso, mas tá sempre em cima de uma carne seca.”
“Zé Bonitinho, aquele que não é chuveiro, mas adora deixar as mulheres molhadinhas.”
“Zé Bonitinho, aquele que não é vaga de estacionamento, mas a mulherada está sempre disputando.”
“Zé Bonitinho, aquele que não é batom, mas todas querem ter na boca.”
“Zé Bonitinho, aquele que não é pijama, mas a mulherada adora levar para cama.”
“Zé Bonitinho, aquele que não é o Chapolin, mas também tem uma marreta biônica.”
“Zé Bonitinho, aquele que não é gel mas deixa a mulherada de cabelo em pé!”
“Zé Bonitinho, aquele que não é barata embaixo da pia, mas a mulherada quando vê, logo se arrepia.”
“Zé Bonitinho, aquele que não é telefone, mas quando a mulher pega, não larga mais.”
“Zé Bonitinho, aquele que não é café, mas vai te deixar acordada a noite toda.”
“Minha beleza é mais absurda que a minhoca que não tem pé e nem cabeça.”
“Hello mulheres do meu Brasil varonil... Vou dar a vocês agora um tostão da minha voz... Cameras, close! If I had a thousand women... au au... au au...”
Zé Bonitinho abre o jogo
Em maio de 2005, a revista Quem marcou um bate-bola entre Zé Bonitinho e outro grande mestre da AMOAL, o cantor Fábio Jr. A reportagem está sendo publicada na íntegra:
“CÂMERA-CLOSE, está chegando o perigote das mulheres”. O bordão serviria tanto para o cantor Fábio Jr., 49, notório galã boa-pinta conquistador, quanto para Zé Bonitinho, o personagem irresistível para as mulheres, interpretado pelo humorista Jorge Loredo, que já trabalhou na Escolinha do Professor Raimundo (TV Globo), na Escolinha do Barulho (TV Record) e atualmente está na Praça É Nossa (SBT).
“Tem dia que acordo perigote mesmo”, brinca Fábio, usando a expressão da década de 50 que era a alcunha dos conquistadores fatais. Por sinal, o galã já foi casado cinco vezes: com Tereza de Paiva Coutinho, Glória Pires, 39, Cristina Karthalian, Guilhermina Guinle, 26, e Patrícia de Sabrit, 28.
“É verdade, tem dia que é assim”, concorda Jorge. O encontro de Fábio e Jorge, que não se conheciam, aconteceu no restaurante japonês Aka Mari, em São Paulo.
Logo no início, Fábio relembrou os tempos de infância, quando em frente à TV acompanhava a Praça da Alegria e via Zé Bonitinho entoar seus bordões. “Cara, eu era moleque e adorava”, diz o cantor e ator.
Assim como Fábio, toda uma geração de artistas admira o humorista que, às vésperas de completar 78 anos de idade e 50 anos de carreira, tornou-se cult.
Entre os muitos fãs famosos de Jorge estão o empresário Antônio Ermírio de Moraes, 72, e a atriz Andréa Beltrão, 38, que tem um retrato de Zé Bonitinho, pintado por Maurício Arraes, decorando sua sala.
Andréa Beltrão, inclusive, convidou Jorge para contracenar com ela no musical infantil “Eu e Meu Guarda-Chuva”, que deve estrear nos próximos meses em São Paulo. Jorge ainda é tema do documentário “Câmera-close”, da cineasta Suzanna Lira.
FÁBIO JR. - Cresci vendo você pela TV na Praça da Alegria, interpretando o Zé Bonitinho ao lado do Manuel da Nóbrega.
JORGE LOREDO - Foi ali que eu comecei a me projetar.
FJ - Faz tempo!
JL - Só agora estou me dando conta de que são várias gerações. Às vezes estou no aeroporto e vem alguém de cabeça branca e diz: gosto muito de você na televisão, esse aqui é meu neto, ele gosta muito do senhor também.
FJ - Meus filhos te viam na Escolinha.
JL - Aí você tem noção do tempo que passou.
FJ - E isso é para poucos.
JL - Estou sobrevivendo.
FJ - Eu também.
JL - Mas como você começou na carreira?
FJ - Comecei cedo, com 13 anos, na Mini-Guarda (programa só com crianças que imitava o programa Jovem Guarda, da Record), na TV Bandeirantes. Quando saí da Mini-Guarda, ouvi um cara comentando com outro: esse menino é uma porcaria, não vai dar certo nunca. Na época, fiquei até meio traumatizado, mas no final foi bom, eu tinha 13 anos, ouvi aquilo e disse para mim mesmo: agora é que vou dar certo para calar a boca desse maluco, e naquele ano mesmo fiz meu primeiro papel como ator. Aí fui fazendo pontas em novelas. Com 15 anos, gravei meu primeiro disco com meus irmãos. Depois eles saíram, gravei em inglês, que era moda. E segui cantando e atuando. E você, como começou?
JL - Eu fui bancário e também fazia teatro amador. Aí comecei a fazer pequenas pontas, trabalhando em circo, depois fui para a TV até chegar à Praça da Alegria.
FJ - Sua família é de circo?
JL - Mamãe, que ainda vive, ela tem 98 anos, era costureira e quando o circo ia a Campos (interior do Rio), ela costurava para eles. E sempre que ela ia entregar alguma roupa no circo, eu ia junto. Sofri muita influência dos franceses e italianos que vinham se apresentar no Brasil. Os EUA não dominavam tanto. Mas vamos falar de você.
FJ - Mas eu quero saber é de você. Quantos casamentos você tem?
JL - Três, mas agora estou sozinho.
FJ - Você chega lá ainda.
JL - E você, quantos tem?
FJ - Cinco, fora água e luz.
JL - Caramba, me passou em dois. Tá solteiro agora?
FJ - Estou. É bom, né?
JL - É bom, a gente não tem de dar satisfação a ninguém. O problema é dizer aonde você vai.
FJ - É um saco!
JL - Realmente.
FJ - Às vezes, você está quieto em um canto, nem tem de dizer aonde vai, e começa: O que é que você está pensando? Por que está tão quieto? Por que está desse jeito? Caramba. Você não tem privacidade nenhuma, não pode nem pensar.
JL - E você, tem quantos filhos?
FJ - Quatro. Felipe, 12, Krizia, 15, Tainá, 16, e a Cléo, 20. Que eu saiba, são só esses quatro, pelo amor de Deus.
JL - Me ganhou. Tenho dois meninos. O mais novo aniversaria junto comigo. Dia 7 fez 28 anos. O mais velho tem 31. Ser pai de menina é duro.
FJ - A mais velha já está namorando há mais de um ano e o cara tá com um cheiro de genro (risos).
JL - E a Cléo está começando a atuar?
FJ - De dois anos para cá ela descobriu que tem talento. Desde pequeno a gente sabe quando o filho tem talento. Ela é uma atriz nata e uma cantora afinadíssima. E eu sempre disse: filhota, isso é um dom que Deus te deu, não pode guardar isso para você, tem de espalhar esse dom. Por curiosidade, fiquei anos e anos perguntando por que ela não queria seguir a carreira. Há uns três anos ela respondeu: 'sabe o que é, papai, é que eu não quero ter essa vida que você e a mamãe têm'. Nunca mais toquei no assunto. Até que, ano passado, liguei, e ela me contou que estava participando de um filme. Não tem jeito, o que o homem determinou está lá.
JL - Eu fui pai tarde, com 46 anos na primeira vez, e na segunda com 50. Nos meus dois primeiros casamentos não rolou filho, só no último. Eu não tenho filha mulher, mas deve ser um barato, barato caro.
FJ - Vou pagar tudo que eu fiz. E o seu último casamento, foi o que durou mais?
JL - Foi, durou 20 anos. Na verdade, eu agüentei 20 anos, mas desde os 10 eu queria cair fora. Eu não saí do casamento esperando meus filhos crescerem.
FJ - Somando todos os meus casamentos, acho que completaria 25 anos, bodas de prata. Mas não agüentei nem pelos filhos. Pulei fora. E como surgiu o personagem Zé Bonitinho?
JL - No Rio eu tinha um amigo que o apelido dele era o Perigote das Mulheres. E ele era aquilo que é o Zé Bonitinho, dizia que namorava todas as mulheres, tirava o espelhinho do bolso. E comecei a imitar. À medida que fui fazendo, o personagem foi evoluindo.
FJ - E esse amigo é vivo?
JL - Morreu há pouco tempo, mas chegou a pegar o sucesso do personagem. Ele batia no peito e dizia orgulhoso que inspirou o Zé Bonitinho.
FJ - É engraçado, tem dia que a gente acorda e se sente o perigote das mulheres. E tem dia que é melhor adormecer, nem sair de casa.
JL - É verdade, tem dia que é assim. Acho que com todo mundo. Fale sobre os seus casamentos, Fábio. Quantas vezes casou? Casou na igreja, casou escondido?
FJ - Já casei de tudo que é jeito que você imagina. Desta última vez (com a Patrícia de Sabrit) foi no papel. Mas é engraçado. Hoje eu não penso mais em casar, é um tema que eu não tenho pensado muito. Mas eu sempre gostei de casar. Eu achava legal chegar em casa e ter uma companheira, uma pessoa para falar todas as coisas, mostrar o que você está fazendo. Mas acho que elas não agüentaram muito, não. Eu sou muito inquieto, sempre fui.
JL - É meu caso também.
FJ - Tadinhas, as minhas ex-mulheres foram legais.
JL - É, eu não posso falar das minhas ex-mulheres, eu é que não fui bom.
FJ - Eu também acho. Para você ter um relacionamento assim duradouro e tal, você tem de investir nesse relacionamento, ter tempo para compartilhar tudo. E eu nunca tive nem muito tempo nem paciência.
JL - Eu também.
FJ - A música “Vinte e Poucos Anos” eu fiz porque queria me separar e não sabia como dizer. Cheguei em casa, morava no Rio na época. Quando eu ia saindo, ela me perguntou: “A que horas você vai chegar?”. “Umas oito, oito e meia.” “Onde é que você vai?” “É surpresa, quando chegar eu te mostro”, falei. E eu fui para o estúdio botar voz na música “Pai”, queria fazer uma surpresa para ela. Cheguei às 11h da noite. Ela com uma tromba desse tamanho. Aí entrei com a mão para trás. Sabe, moleque querendo fazer surpresa. Quando entrei, ela começou a me dar bronca. Falou o que devia e o que não devia e fui ficando pequenininho. E eu com a mão para trás. Aí ela disse para mostrar o que tinha atrás, nas mãos, e eu falei que não ia mostrar mais nada. Aquela choradeira, briga. Até que eu falei, essa aqui é a música “Pai”, fiquei no estúdio até mais tarde fazendo isso pra você ouvir. Mas aí já era. São essas coisas.
JL - E depois tem uma coisa, posso estar errado, mas a gente não pousa em um galho só.
FJ - É. Sempre fui honesto com relação a isso, elas sabem que não casaram com um cara que tem tendência a ser fiel. Não tenho. Mudando de assunto, você é daqueles que lê vários livros ao mesmo tempo? Porque eu sou assim, estou lendo um, ganho outro, começo a ler e leio vários de uma vez.
JL - Não, eu leio um por um. Mas que tipo de livros você gosta?
FJ - Ufologia. E você, o que está lendo?
JL - Nesses dias não estou lendo nada, mas vou começar a ler José Saramago. Mas quero ir a um show seu. Quando é o próximo?
FJ - Dia 16, no ATL Hall, no Rio.
JL - Então pode me esperar que eu vou.
FJ - E você está vindo com o espetáculo “Eu e Meu Guarda-Chuva” para São Paulo? Quero ver se vou com a molecada...
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