Eu, o ex-vereador
Jorge Maia e Orlando Farias, no Balneário do Maia
O jornalista Orlando Farias, que trabalhou nos jornais A
Crítica, Jornal do Comércio e Correio Amazonense, em Manaus, além de ter sido
correspondente do Jornal do Brasil e do Estado de S. Paulo no Amazonas, faleceu
hoje à tarde, por volta das 15h10, no hospital 28 de Agosto.
Orlando foi o fundador do Blog da Floresta.
A direção do Pronto-Socorro 28 de Agosto, onde ele chegou
por volta das 10h40, levado pelo amigo e cinegrafista Mário Dantas, ex-sócio no
Blog da Floresta, disse que o jornalista estava na “janela de protocolo” do
atendimento para infartados.
Ele sofreu um “choque séptico”, que foi a “causa mortis”
atribuída no atestado de óbito, que levou à parada cardíaca.
Os médicos ainda fizeram diversas manobras para tentar
reanimá-lo, mas não conseguiram.
Se conseguisse superar o problema na fase emergencial, o
jornalista seria removido para o hospital Francisca Mendes, que é o centro de
referência em coração no Amazonas.
Orlando editou, durante muitos anos, as colunas de opinião
dos jornais em que trabalhou, como o Sim & Não, de A Crítica.
Em mais de 30 anos de jornalismo, Orlando Farias atuou com
brilhantismo como correspondente do Jornal do Brasil e nos principais jornais
de Manaus.
Ator, compositor e teatrólogo, ele foi um dos fundadores da
Banda Independente Confraria do Armando (BICA) e da Banda do Cinco Estrelas, e,
em parceria com Simão Pessoa e David Almeida, escreveu algumas marchinhas de
carnaval para as duas bandas.
Destacado como repórter investigativo dos mais competentes
do país, Orlando foi vencedor de três prêmios Esso, além de ter recebido duas
indicações em outras competições promovidas pela mesma instituição.
Em 2008 venceu com Castelo Branco o Prêmio de Jornalismo
Embratel, como o trabalho “Delírio da morte”, um trabalho que custou aos dois
repórteres dois anos de investigação.
A reportagem buscava entendimento do elevado índice de
suicídio indígena nas regiões do Alto Rio Negro e Alto Solimões.
Ainda em 2008, também com Castelo Branco, ficou entre os 15
finalistas como concorrentes ao Prêmio de Jornalismo Ayrton Senna.
Repórter perspicaz, faro acurado e de sensibilidade
jornalista, que lhe permitia ver de longe a notícia em todas as suas nuances, o
garimpeiro da informação ajudou a fundar ao lado da jornalista
Joaquina Marinho da Gama, falecida em 2009, e de Castelo Branco, o jornal
Repórter, que funcionou de 2008 a 2010.
Em janeiro deste ano, Orlando Farias conversou com Castelo
Branco por telefone (924041..), convidando-o para cobrir o Blog da Floresta na
Assembleia Legislativa do Estado.
Alinhado e antenado 24 horas com a notícia, Orlando Farias
foi, sem dúvida, o melhor repórter do Amazonas nos últimos 20 anos.
O velório do jornalista será na Funerária Almir Neves, da
Av. Joaquim Nabuco.
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