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terça-feira, outubro 28, 2008
Amy é internada por problemas respiratórios
LONDRES - O fenômeno britânico Amy Winehouse teve que ser novamente internada no último fim de semana, em um centro médico de Londres mais uma vez por problemas respiratórios, de acordo com o tablóide "Daily Mirror".
A premiada cantora, de 25 anos e conhecida por seus problemas com álcool e outras drogas, se sentiu mal no sábado, sendo levada às pressas à London Clinic, no Centro, em que teve de enfrentar uma bateria de exames por precaução. Foi lá que ela entrou a primeira vez para se desintoxicar,
Um porta-voz da artista citado pelo jornal negou que este atendimento hospitalar signifique que ela tenha reiniciado tratamento de desintoxicação, como wm outras vezes. "Amy está no hospital sendo submetida a provas por uma infecção de peito. Não voltou a tratamento", acrescentou o porta-voz, que disse ainda que espera que Amy retorne para casa dentro de alguns dias.
Com planos de passar o réveillon no Forte de Copacabana, antes de cumprir uma agenda de shows, aqui e em São Paulo, Amy realmente tem de levar mais a sério sua recuperação ou está arriscada a não ver Ano Novo algum.
A enxurrada de discos que vendeu mundo afora, a partir da conquista de cinco Grammy com "Back to black" - o maior prêmio da indústria fonográfica mundial - e do sucesso também alavancado pela vida de Rê Bordosa que leva, chegou ao mercado a sua biografia, escrita por Chas Newkey-Burden. Um prato cheio para quem tem necessidade de saciar sua curiosidade sobre a desgraça do ser humano.
"Amy Winehouse - Biografia" (lançada aqui pela Ediouro) , como se poderia prever, está cheia de histórias sobre a quantidade voraz de escândalos da cantora, envolvendo bebedeira, overdoses de drogas, shows interrompidos, brigas e tentativas de reconciliação ruidosas com o marido Blake Fielder-Civil, que está em cana. Em grande parte é disso que trata o livro, que foi traduzido por Helena Londres.
Como na mídia, o supertalento da cantora e compositora - sem dúvida a figura feminina mais importante da música pop desta década - foi deixado em segundo plano. Acabou perdendo no livro para a lavação de roupa suja, pela torrencial quantidade de confusões em que ela se mete. De imediato, com tão pouco tempo de (fulminante) carreira artística, não poderia ser muito diferente, uma vez que vida e obra de Amy se confundem.
Fofocalhada
O autor entrevistou o pai e a mãe da cantora, alguns jornalistas, pessoas do show biz e outras ligadas à ela, mas a biografia em grande parte reproduz notícias dos tablóides, compila frases de reportagens de jornais mais sérios, enumera suas premiações e conta como armou o estiloso cabelão. Para quem gosta de fofoca das mais venenosas, há farto material pontuando a agonia das overdoses de Amy e o sofrimento pela separação do marido.
Entre as melhores partes há uma que detalha com bons comentários faixa por faixa os dois álbuns da cantora. Outros trechos interessantes em que a música é o centro da questão, fala-se de suas influências do jazz, dos shows bem-sucedidos, da conquista da América e as críticas favoráveis a suas atuações no palco e em gravações.
Um dos entrevistados que saem em sua defesa é a jornalista britânica Julie Burchill, que a compara a Edith Piaf (1915-1963), Judy Garland (1922-1969) e Billie Holiday (1915-1959), mulheres históricas, divindades da canção planetária, com "grande talento para cantar" e "também uma grande capacidade para adotar um comportamento temerário".
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