Pesquisar este blog

terça-feira, julho 14, 2009

Alegria, alegria, ainda que tardia


Eu estava devendo as fotos do evento sobre o Joy Division porque o Jorge Bandeira, "pai" da criança, havia se mandado pra Minas Gerais e só retornou esta semana. Somente agora recebi as fotos. Serve como registro de que é possível fazer as coisas acontecerem em Manaus sem precisar esmolar junto à SEC ou à SemCult.

1º dia – Exibição do documentário do Grant Gree e mostra de fotografias sobre a banda:





2º dia - Lançamento do folder "Unknow Pleasures", do Genecy Silva, e apresentação da banda Joy, de quem só consegui saber o nome da exuberante vocalista-avião Naiara (os outros músicos também são bons pra caraco):





Como o Jorge Bandeira ainda não me deu uma cópia do DVD "Control", segue uma resenha da Sabrina Leal, de Campo Grande (MS), sobre o filme. Curtam:

“Control”, de 2007, é um filme-biografia que conta a trágica história de Ian Curtis, vocalista do Joy Divison, que além da vida conturbada, cometeu suicídio há 29 anos. O filme é baseado no livro "Touching from a distance", de Deborah Curtis, mulher de Ian. O longa, como era de se esperar, foi extremamente aplaudido em Cannes, ganhando vários elogios de crítica e público, além de três prêmios. Apesar de o filme ser de 2007, não foi exibido nos cinemas da capital, mas chegou recentemente nas locadoras.

O filme se centrou na vida sofrida e angustiante de Curtis, não focando tanto no cenário musical da época. Ian ficou famoso mundialmente como o enigmático vocalista do Joy Division, e também por sua coreografia bastante peculiar apresentada no palco. Apesar de sua carreira ter durado pouco (a banda lançou apenas dois discos), clássicos como “Love will tear us apart”, “She’s lost control” (que inspira o título do filme) e “Transmission” foram eternizados e fazem parte da trilha sonora.

A história mostra Curtis ainda no colégio, quando conhece Deborah, que até o momento é namorada de seu amigo. Pouco tempo depois eles começam a namorar, e se casam, precocemente. Em suas saídas, ele conhece uma banda que procura um vocalista. Eis que surge a oportunidade que sempre quis. A banda começa a se apresentar, e em pouco tempo, conseguem sucesso. Eles gravam dois discos, e começam a fazer turnês. Ao mesmo tempo, Deborah está grávida, impedida de acompanhar as viagens da banda. Com todo o sucesso, Curtis mal tem tempo para a família.

Não demora muito para Ian fazer sucesso com o público, principalmente feminino. É aí que entra Annik Honore, uma jornalista francesa que procura pelo vocalista após um show. De uma entrevista surge um romance, que estremece a relação de Curtis com sua família. A princípio, não causa grandes problemas, mas com o passar do tempo, e com a descoberta do caso por sua esposa, Curtis se vê sem saída. Além dos problemas afetivos, o conturbado vocalista ainda precisa lidar com sua doença, epilepsia, que o faz ter convulsões aflitivas, inclusive durante um show.

Curtis, que já era problemático, se torna cada vez mais. Com o pedido de divórcio de Deborah, ele fica desolado. Todo o sonho de rock’n roll começa a não fazer mais sentido, e passa a se tornar um fardo. Curtis não quer mais se apresentar, deixando a banda em uma situação difícil. Mas ele não consegue se desvencilhar das coisas, nem do caso com Annik, nem do casamento com Deborah. A situação vai se tornando cada vez mais perturbadora para o jovem vocalista, até que chega ao ápice, fazendo com que ele ponha fim a tudo.

Um ponto a se destacar é a excelente atuação do ator Sam Riley, no papel de Ian Curtis. O ator, após estudos, conseguiu interpretar com maestria o enigmático líder da banda, inclusive sua diferenciada coreografia. O filme pode ser considerado como uma história de amor perturbada, aflitiva, mas de amor. O diretor Anton Corbijn conseguiu passar para a tela uma bela representação da vida de Curtis, com intensidade. É um filme extremamente válido, não só para os fãs de Ian Curtis mas para todos os fãs do rock.

Um comentário:

Lincoln o Fofo disse...

Muito bom o Post.