Espaço destinado a fazer uma breve retrospectiva sobre a geração mimeográfo e seus poetas mais representativos, além de toques bem-humorados sobre música, quadrinhos, cinema, literatura, poesia e bobagens generalizadas
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terça-feira, fevereiro 08, 2011
Lições de etiqueta básica para um espada matador
Para ser um bem-sucedido garanhão de responsa sacramentado pela AMOAL não basta apenas saber lidar com os mistérios do ocultismo sexual e da alma feminina.
A exemplo do que os senadores romanos diziam sobre a esposa de César (“Não basta apenas ser honesta: ela tem que parecer que é honesta”), o verdadeiro abatedor de lebres não pode apenas ser macho, ele tem que parecer que é macho.
Portanto, existem algumas coisas que você não deve usar ou fazer nunca, em hipótese alguma, mesmo sob tortura chinesa ou ameaça de abstinência sexual prolongada.
Capanga e Bolsa à Tiracolo – Há muito tempo, quase na pré-história, alguns trogloditas saíam às ruas com uma elegante bolsa, cuja alça prendia-se em um ombro. Tratava-se da famigerada capanga, um dos maiores atentados à estética já praticados pelo ser humano. Pior que ela, só mesmo a “bolsa a tiracolo”. Todos conhecem essa, né? A que ficava debaixo do braço, recebendo um banho diário de catinga, e ainda tinha uma “microalça” pela qual era possível também segurá-la, minutos antes de guardá-la no “rack” ou em outro móvel igualmente brega. Além de cafona, era coisa de viado.
Lenços – Lenços de pano tiveram seu momento. Assim como o motor a vapor, o disco de 78 rotações e as novelas de rádio. Muito tempo passou, mas ainda há quem insista em usar os absurdamente anti-higiênicos lencinhos de pano. Alguém vai dizer: “Ah! Mas dá para fazer a linha com uma garota que está chorando...”. Pára!!! Quem é a doida que vai querer enxugar as lágrimas num pano em que provavelmente foi expectorado um quilo de catarro? Acorda, gafanhoto! Além do lencinho usado no bolso, ainda temos as modalidades “fashion-paraíba”, tais como “lenço usado como bandana”, “lenço no pescoço”, “lenço no tornozelo”, “lenço a moda palestina” e outras aplicações tão esteticamente bonitas quanto uma fralda geriátrica suja de merda. Não importa onde, como e quando, mas usar lenço sempre foi, é e será coisa de viado.
Correntinha de Óculos – Na intimidade do seu lar, é altamente recomendável usar esse utensílio, principalmente se você for uma pessoa desastrada. Mas, na rua, na frente dos outros, aos olhos do mulherio, enfim, evite essa baboseira. Além de completamente ridícula, a correntinha de óculos pode te complicar muito mais do que se não houvesse nenhuma cordinha. Isso porque é comum alguém se enroscar nela sem querer e jogar seus óculos a uns três metros, destruindo-o completamente. Se eles apenas caíssem naturalmente porque você é desastrado, não aconteceria tamanho estrago.
Medalhinhas em geral – Erasmo Carlos, o amigo-de-fé-e-irmão-camarada, nos tempos em que ainda atendia pelo epíteto de “Tremendão”, lançou moda com um ferrinho pendurado numa corrente (era algo assim, sei lá). Virou febre. Parece que era um treco específico de um carro, o que gerava problemas para os proprietários desses veículos. Isso foi nos anos 60. Naquela época, já era algo meio cafona, mas a Jovem Guarda tinha autoridade para lançar moda. Hoje, porém, qualquer tipo de correntinha é considerada brega, inaceitável, cafona, tacanha, ridícula e digna de apedrejamento e morte por asfixia num vaso sanitário de estação rodoviária. Faz-se necessária uma singela enumeração, para efeito de simples referência, acerca das medalhinhas condenadas: crucifixos, escapulários, estrelas-de-Davi, coisas religiosas em geral, símbolos orientais em geral, símbolos de umbanda em geral, referências a times de futebol, miçancas em geral, cacarecos de hippies em geral e guias espirituais, sem exceção.
Canetas, lápis e afins – O português da padaria é motivo de troça porque usa um singelo lápis na orelha. Acho isso equivocado. Realmente, é brega pra diabo, mas esse lápis já tem toda uma significação cultural. A coisa é tão arraigada que o Armando, dono daquele famoso bar manauara, resolveu informatizar o pardieiro. Descobri porque o vi atendendo no balcão com o mouse na orelha. (pausa para o riso amarelo diante da piada velha e sem graça) De todo modo, é bem melhor o lápis (ou a caneta Bic carcomida) do português do que uma Montblanc de executivinho júnior. Isso mesmo. Não há nada mais cafona do que ostentar uma caneta cara. Ainda mais porque na Rua Marechal Deodoro elas custam algo em torno de 20 reais (isso se o camelô te passar a perna, porque com dérreá você leva duas). Lembra da época da escola? É igual: lápis, caneta, borracha, apontador e congêneres: tudo em estojo. Caneta é coisa de apontador de jogo do bicho, despachante e advogado de porta de cadeia (daqueles que usam anel de rubi e broche da OAB).
Prendedor de Celular – À mesma proporção que a ciência nos apresenta as maravilhas da tecnologia, a baianada nos apresenta as indecências da cafonice. Sim, eu sei, os prendedores de celular são fabricados no exterior. Foi licença poética preconceituosa e bairrista. Mas é dureza, meus chapinhas. Prendedor de celular é algo que me faz perder a amizade com qualquer um. Não dá para olhar com respeito para uma pessoa que deixa o celular penduradão, do lado de fora da cinta, todo malandrão, no maior estilo “veja-como-estou-a-cara-do-amado-batista”. Assim não dá! Desse jeito não tem cu de peruano que agüente!
Broches e Bottons – Da mesma forma que o “trequinho de corrente” do Erasmo Carlos expirou há quarenta anos, não há nada que justifique alguém usar broche ou botton desde a época de “Hard Day’s Night”, dos Beatles. Exceção óbvia ao período eleitoral, que dá margem para alguns broches já tradicionais e bacaninhas (a estrelinha do PT, o tucaninho do PSDB, o boto navegador do Gilberto e até a abelhinha do Amazonino). Bom, ocorre que isso é uma bosta de feio. Se broche é brega, botton é mais brega ainda. Não usem isso! Passem no final da Rua Guilherme Moreira e vejam só o “público-alvo” dos camelôs. Depois quero ver alguém usar “brochinho do KLB”. Só se for muito viado.
Chaveiros à mostra – Certa vez ouvi um aforismo bacana, que é o seguinte: um homem rico não anda com um monte de chaves. É verdade. Feliz ou infelizmente, as pessoas bem posicionadas não precisam fazer a linha “carcereiro”, carregando umas 135 chaves num chaveirinho desmilingüido. Para piorar a situação, algumas pessoas penduram o chaveiro num passador de cinto, ou algo do gênero. Aí é demais. Não só forçam a amizade, mas também imploram para receber tiros de canhão na nuca! Pendurar as chaves no cinto é a mesma coisa que andar com a cueca suja pendurada no pescoço.
Pochete – Falar mal de pochetes ficou uma coisa tão batida que os humoristas consideram quase tão ridículo quanto fazer um trocadilho. Pode ser, mas daria para esquecer da dita-cuja nesse tipo de coisas que um macho não deve usar? Impossível! Afinal, nada é mais cafona do que a pochete. Simplesmente nada. Reza a lenda que no ano de 1995, por aí, as pochetes despencaram do “uso aceitável” para o “totalmente cafona”. Não passaram pelo estágio intermediário de “cair em desuso”. Simplesmente se tornaram um ícone da cafonália – o que nos remete a algum estudo mais aprofundado, não é mesmo? Para ficar na real, prefira cometer todos os pecados anteriores, mas jamais use uma pochete. Não tem desculpa. Por mais que andar de “bolsos cheios” seja brega, prefira isso a carregar pochete. Equilibre suas coisas na cabeça, contrate um escravo para carregar suas tralhas, use uma mochila, mas não use pochete. Sabe-se que há uma quadrilha internacional que mata violentamente pessoas com pochete. Cuide-se.
Pedir caipirinha com adoçante – Você pede caipirinha com adoçante? Fala sério?! Tá de regime, bofe? Ou você bebe ou não bebe caipirinha, porra! Caipirinha é o seguinte: limão, açúcar, gelo e cachaça. Se é pra pedir diferente não chame de caipirinha, diga pro garçom o seguinte: “Hoje vou pedir uma bebida de fresco. Me vê um copo com limão, cachaça, gelo e adoçante dietético”. Assim, você não deixa ninguém irritado na mesa.
Chupar sorvete – O verbo “chupar” não deve fazer parte do vocabulário de um macho. Um verdadeiro macho quando come sorvete o faz com dentadas e não com chupadas. As únicas coisas que um macho tem permissão de chupar são peitos, bocetas e cus. O resto é coisa de viado!
Comprar ou usar roupas de cores exóticas – Se quando você vai comprar uma camisa em vez de dizer “me dá aquela marrom-clara” diz “me dá aquela de cor creme”, você deve ser fresco. Macho que se preza sabe que só existem sete cores na natureza – e se você pensou nas sete cores do arco-íris, que hoje é uma bandeira dos viados, deve mesmo dar a bunda. Que diabos é a cor fúcsia? E mais: como diabos se escreve? As cores existentes são verde, amarelo, azul, branco, vermelho, marrom e preto. Só, somente só. Cinza? É uma mistura de preto e branco. Rosa? É uma mistura de vermelho e branco. Laranja? É uma mistura de vermelho e amarelo. Salmão? É um tipo de peixe. Mostarda? Uma merda que se usa em sanduíches. Vinho? Uma bebida de viado. Caramelo? Um tipo de bala gosmenta, e assim por diante.
Segurar sacolas plásticas pela alça – Ao fazer uma compra e receber seus embrulhos dentro de uma sacola, você segura a sacola delicadamente pela alça? Então você é fresco. O verdadeiro macho segura a porra da sacola de encontro ao corpo, como se estivesse acochando uma quenga, ou por baixo, pegando nos fundos, como se estivesse levantando uma vagabunda pela bunda, ou coloca as tralhas na cabeça, como se estivesse carregando uma dama recém-conquistada para o leito nupcial. Mire-se no exemplo dos estivadores. Você já viu algum estivador com essas frescuras de carregar sacolas pela alça? Então...
Ficar parado na escada rolante esperando chegar ao outro piso – Escada foi feita pra gente andar e exercitar o físico, porra, e não pra neguim ficar parado nela com cara de otário. Se a escada é rolante, o problema é dela. Faça sua parte e ande depressa para chegar mais rápido no outro piso. Se estiver cansado, vá de elevador.
Tomar sucos de frutas misturadas – “Moço, me dá um suco de laranja com mamão!”. Que pederastia é essa? Ou você toma um suco de laranja ou um de mamão. Ou então um depois do outro, mas os dois misturados nem fodendo. Isso é coisa de viado.
Pedir sobremesa em restaurante – Você é daqueles que, depois de forrar o bucho com vaca atolada, adoram saborear pavê de frutas tropicais, pudim de ameixas, frapê de coco, manjar branco ou papaya batido com licor de cassis? Então por que você não usa essas imundícies para passar na bunda e adoçar as hemorróidas? Macho que é macho não come sobremesa nem na casa da sogra. No máximo, depois do almoço, ele prova de um pedaço de goiabada com creme de leite. E se alguém olhar com cara de desconfiado tem de falar que está apenas tirando o gosto da buchada de bode detonada cinco minutos antes.
Chegar aos trinta anos sem marca de cicatrizes pelo corpo – Você é um cara que não tem cicatrizes? Que passou toda sua vida ileso, sem um arranhão, sem um braço quebrado com fratura exposta, sem um corte de linha de papagaio no meio da mão, daqueles que demoram dois minutos para o sangue começar a sair? Ah, então você é uma bicha desvairada! Macho mesmo cai no chão e quebra a testa assim que começa a engatinhar. Ele se arranha no arame farpado, se queima com fogo de artifício, quebra a unha chutando sarjeta, corta os pés em caco de garrafa, esfola os joelhos no asfalto caindo de patinete, quebra o braço jogando bola na rua, toma porrada e mais porrada, e vai acumulando seu sinais de virilidade. Quanto mais detonado, melhor. Esses sinais indicam que você não foi um menino criado na casa da vovó, com carpete persa, meia dúzia de gatinhos angorá e a proibição expressa de descer ao playground para se divertir. Você só podia mesmo virar fresco!
Raspar os pêlos do corpo – Com exceção de raspar a barba ou o bigode, qualquer outra perda de tempo com depilação é coisa de boiola ou de gaúcho. Macho que se preza só deve se preocupar em raspar a barba e o bigode e, de preferência quando forem falhos, para não parecer tão ridículo quanto o Cantinflas. Raspar o peito, o sovaco e as pernas, nem se for pra pagar promessa ou disputar olimpíada de natação. Se você se parece com o Tony Ramos, azar o seu. Aceite seu aspecto de urso cinzento e mude-se para a Sibéria.
Colocar luzes, descolorir, fazer alisamento, franjinhas ou trancinhas, picotar, fazer corte moicano, enfim dar um trato no cabelo – Se você já fez alguma dessas coisas no seu cabelo isso é um sintoma grave de boiolagem recalcada. Cabelo é só cabelo e mais nada. Além do mais, se cabelo fosse enfeite não nascia no cu. Se você tem algum resquício de telhado na cabeça, dê-se por feliz porque um macho de verdade raramente tem. Todo macho devia ser careca. Faz parte da natureza masculina.
Passear no Shopping nas tardes de sábado – Se você gosta de tomar um sorvetinho enquanto passeia no Shopping com sua namorada, nas tardes de sábado, o que você está desejando mesmo é queimar a rosca. Sábado é sinônimo de futebol, de cerveja, de churrasco, de pagode e de pegar mulher nas baladas. Macho de verdade só vai para o Shopping com a namorada no domingo e, assim mesmo, se for durante o horário do Faustão – pra não ter que assistir aquela merda. Aí, enquanto ela olha as promoções, você fica tomando chope na Praça de Alimentação e azarando as menininhas. Sempre pode rolar uma bela surpresa.
Ter como bicho de estimação um gato – O gato por si só não passa de um cão boiola. Aquele lance de ficar se lambendo o dia todo e de não tomar banho é nojento. Fora o fato de o gato ter aquelas frescuras: gato faz pipi e caca, depois esconde embaixo da terrinha (entenda isso como se você sempre se metesse a abaixar a tampa da privada depois de usar o vaso sanitário). Bicho de macho é o cachorro: cachorro tá pouco se fodendo pra tudo, mija e caga em qualquer lugar, bebe água da privada e até coça o saco. Ter gato em casa é coisa de viado!
Saber o nome de mais de quatro coisas na padaria – Macho entra na padaria e fala logo o que quer, no máximo quatro itens, que normalmente são o pão, o café, o leite e a manteiga. Chegar na padaria pedindo um pote de queijo meia cura Philadelfia Diet, um pote de iogurte Danoninho, um pacote de salsichas de frango Perdigão, 250 gramas de lombo canadense defumado “cortado bem fininho, viu?!”, e um salame (!!!) italiano tipo calabrês, é sintoma grave de viadagem. Sai dessa, mermão!
Sair pra dançar – Que porra é essa?! Macho sai pra beber, pra zoar, pra discutir no trânsito e pra pegar mulher. Macho que sai pra dançar não é macho! No máximo, você pode dar uns passos na pista de dança, com a intenção, é claro, de se aproximar da mulher que te chamou a atenção, mas não vá além disso. Macho que sai para dançar está querendo foder pica.
Pedir bebidas com nomes exóticos – Se não for para impressionar uma fêmea que você quer carcar, evite chamar o garçom e pedir Negroni, Dry Martini, Blood Mary. Vai ficar parecendo coisa de viado! Macho não tem frescura, bebe aquilo que todo mundo conhece: vodka, pinga, whisky e cerveja, muita cerveja! Detalhes em copo de macho são limão, gelo ou azeitona verde, dependendo da bebida. Canudinho e guarda-chuvinha de papel roxo nem pensar. Aquilo é coisa de viado!
Reparar como os outros estão vestidos – Você é daqueles que repara que seu amigo está vestindo a mesma camisa de ontem? Então você é viado! Qual a diferença entre seu amigo sair para tomar uma cerveja com uma camisa de grife que não sai por menos de 300 pratas (coisa de viado) e sair com uma camiseta que ele ganhou de brinde do cartão de crédito? Nenhuma! Se o cara tá ridículo, o problema é dele, ou melhor, sobra mais mulher pra você! Se você dá uma de Clodovil e repara se as roupas de seus amigos combinam, você está querendo dar o cu! E vai acabar encontrando quem queira.
Comer bolo em festa de aniversário – Só viado faz isso. Macho que é macho se enche de salgadinhos, bebe pra caralho e depois vomita. Quem come bolo em festa de aniversário é mulher, criança e viado.
Pedir meias porções ou meias doses – O nome é porção ou dose porque já é calculado, ou seja, um macho come uma porção de gororoba, ou bebe uma dose de birita. Então, quem come meia porção é meio macho. Pior ainda são aqueles que pedem pratos terminados em “inho”. Por exemplo: “Êi, garçom, me traz um arrozinho, por favor?” Isso é frase típica de viado.
Consolar ex-namoradas de amigos – A única maneira de o verdadeiro macho fazer isso é passando o rodo nela e depois contando pra turma.Ou então fazendo com que ela fale algo que possa ser usado pra zoar o seu amigo que foi escanteado. Do contrário, ela que vá chorar no ombro da puta que a pariu!
Pedir café descafeinado – Só sendo muito viado!!! Café tem que ser servido quente, forte e amargo, que é coisa de macho! Você só tem direito a acrescentar conhaque, uísque ou formicida. O resto é coisa de viado.
Saber o nome de mais de quatro tortas ou bolos – Onde já se viu um macho entrar numa padaria e dizer: “Desculpe, você poderia me dar um pedaço de bolo de ameixa e um brownie caramelado!”. Vá se foder, seu putinho! Com 20 times na primeira divisão, cada um com pelo menos 25 jogadores e trocando de técnico toda semana, e você ainda reserva espaço na memória para se lembrar de nome de tortas e doces? Só sendo muito fresco!
Alimentar o cachorro com comida para cães – Isso é coisa típica de bichinha que divide o quarto com outra biba! As multinacionais inventaram a comida para cães para deixá-los afrescalhados. Um cachorro de macho come o que cair no chão ou então o que ele desenterra. Depois de comer essas porcarias enlatadas, os cachorros tornam-se afeminados. Já não bebem água de torneira, afinam o latido, não cheiram nada podre e param de correr atrás do gato. Pra começarem a se roçar na sua perna, vai ser um passo. Mate-os.
Dirigir com as duas mãos no volante – Isso é um sintoma clássico de viadagem. Se os caubóis conseguem laçar os touros com uma só mão, por que um homem precisaria de duas mãos para segurar o volante? Ele só pode pousar as duas mãos no volante em dois momentos: para ultrapassar um viado babaca numa curva fechada estando a 150 km/h ou para buzinar para a madame do carro na frente encostar pra direita e ver se pára de fazer merda no trânsito. No resto do tempo, a mão direita tem que ficar livre para poder sintonizar a emissora de rádio, falar ao telefone, fumar, se masturbar, segurar um sanduíche ou uma lata de cerveja, e principalmente, ficar passando a mão nas coxas da namorada. Dirigir com as duas mãos no formato do relógio às 10h10, não há outra explicação, só pode ser simpatia de boiola.
Verificar a data de validade dos produtos no supermercado – Um sujeito que perde tempo numa gôndola de supermercado tentando saber se o produto que quer comprar está vencido ou não, só pode estar querendo dar o cu. Macho que é macho não perde tempo em supermercado. Aliás, ele nem entra. E se entrar, ele pega logo as porras que a mulher disse que era pra comprar e sai correndo pro caixa, torcendo para nenhum amigo lhe ver. Macho de verdade não olha para essas coisas de alimento vencido. Que mal podem fazer um leite azedo ou uma carne esverdeada?...
Tocar as verduras com a ponta dos dedos para escolher qual a melhor para comprar – Você é costureira para saber a qualidade de um tecido pelo toque digital? Não? Então por que ainda acredita que nessa viadagem existe algum sentido metafísico? Guarde seu toque digital para as bucetinhas em flor. Macho de verdade está cagando e andando pra saber se o tomate está passado, se a alface está queimada, se a couve tem fungos, se o cheiro-verde está em adiantado estado de putrefação. Pelo contrário. Verduras maduras, maturadas, quase podres, podem ajudar na produção de gases caseiros, que servirão para depois se divertir com os amigos na disputa de quem solta o peido mais fedido e barulhento.
Reparar demais no modo de vestir de uma guria – Qualé? Você acha que isso é fetiche?! E se esse fetiche está querendo te lembrar qual a cor do seu vestido favorito?! Porra, cara, então você só pode ser bicha. Macho de verdade só se lembra do volume dos airbags e do pára-choque da menina e, assim mesmo, se não estiver muito de porre.
Entrar numa churrascaria e aceitar comidas pervertidas oferecidas pelo garçom – O sujeito que se amarra numa chuleta ou gosta de picanha ou pede pro churrasqueiro encher seu prato de lingüiça está querendo dar o cu. Macho que se preza só pede maminha e olhe lá. Macho que se preza só entra em churrascaria para zoar do corno que está cantando baladas em inglês, naquele jeito macarrônico aprendido no Yázigi, e assim mesmo se a chuva for de foderetê e seu carro estiver a quatro quarteirões de distância! O resto é coisa de viado.
Chegar aos 30 anos de idade sem barriga – A cerveja ajuda a distinguir os machos dos viados. Macho tem a barriga proeminente devido aos tonéis de levedo e lúpulo que enfia no bucho. Viado tem a barriga igual a um tanquinho de tanto receber peso nas costas. Mas aos 30 anos se você ainda se preocupa com seu físico, você é viado! Como todo mundo sabe, quem gosta de homem (malhado ou não) é viado, mulher gosta de dinheiro. De muito dinheiro. Você tem mais é que parar de se preocupar com a barriga e tratar de turbinar o seu bolso porque aquela menina gostosona de 20 anos dá mais importância ao carro importado e ao cartão de crédito que você tem, do que aos seus músculos do abdômen...
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4 comentários:
DO CARALHO!
kkkkkkk!!!!!muito bom cara principalmente a parte que fala do cabelo,kkkkkkkkkk!!!!!!!!!!
Muito bom ! e acrescente que um amigo meu bahiano macho pedia ajuda do irmão para comprar sapato, para cada um deles disfarçar que comprou sapato e carregar um cada um, porque comprar sapato é coisa de viado !!! e alguem poderia perceber que compraram sapato !
Macho não chupa nem come picolé, porque não existe um jeito másculo de comer ou chupar picolé...
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