Na sexta-feira, 19, a pretexto de inaugurarmos o fantástico
painel Guernica, feito pelo Marius Bell, reuni uma meia-dúzia de amigos aqui no
mocó para encher a caveira de birita, escutar boas músicas e jogar conversa fora.
A turma era de cachaceiros de carteirinha: Gil da Liberdade, Sérgio
Bastos, Vicente Filizzola, Chico Rogildo, Gigio Bandeira, Áureo Petita, Deive
da Força Sindical, eu e o Careca Selvagem.
No cardápio, seis tipos de queijos (saint paulin, gruyère,
ementhal, provolone, gouda e tilsit), salame italiano e camarão frito.
Se alguém quisesse alguma coisa mais substancial poderia
traçar uma suculenta picanha na pedra, acompanhada de maionese, arroz e farofa,
que agora está sendo vendida pelo meu vizinho do lado esquerdo.
O meu vizinho do lado direito também está no ramo da
alimentação informal, mas seu negócio é churrasquinho de carne, de frango e de
calabresa e os indefectíveis croquetes de camarão, pastéis de palmito, rissoles
de bacalhau e minis pizzas de vários sabores.
Outro vizinho, um pouco mais afastado daquele que vende churrasquinho,
coloca diariamente uma banca de tacacá com todos os petiscos de uma festa
junina: bolo de macaxeira, bolo de trigo, pudim de leite, banana frita, pé de
moleque, tapioca doce, pamonha, mungunzá, curau, aluá, refresco de mangarataia, etc.
Quer dizer, de fome meus convidados não morreriam.
Quando chegou de Brasília, esta semana, o Carlos Lacerda me
presenteou com dois sifões de soda gaseificada La Priori e resolvi colocar um
deles na roda, já que ninguém mais está querendo encarar os energéticos à base
de cafeína.
Eu havia comprado duas garrafas de Red e o Careca Selvagem
havia providenciado uma grade de cerveja Skol e refrigerantes para os cervejeiros
e abstêmios, mas o Gil da Liberdade inventou de comprar uma terceira garrafa de
Red e a esbórnia ficou sem controle.
É impossível uma dezena de coroas detonarem três garrafas de
uísque e uma grade de cerveja sem ficarem enlouquecidos.
Começamos a beber pontualmente às 19h e fui dormir por volta
da meia-noite, completamente chaparral.
Aliás, não lembro sequer que tipo de música a gente estava
ouvindo (Rock setentista? Black music? Reginaldo Rossi?).
Pelo visto, o edifício está desmoronando numa velocidade bem
superior àquela que eu previa com certo pessimismo.
E ainda tem gente que acredita nessa baboseira de “melhor
idade”.
“Melhor idade é o caralho!”, costuma esbravejar o
septuagenário Selmo Caxuxa, às voltas com dezenas de comprimidos que precisa
ingerir diariamente para controlar a pressão, a diabetes e o colesterol.
Ainda não estou nessa fase, mas seguramente estarei lá em
menos de quatro anos (estou sendo otimista, claro! Como diz o poeta Ferreira
Gullar, “eu não quero ter razão, eu quero ser feliz!”).
O certo é que minha gueixa foi embora pra casa mais cedo e
se poupou do constrangimento de ver seu amado completamente chapado.
Ela nunca ter me visto num porre de juntar crianças deve ser
um dos fatores que mantém nosso relacionamento cada vez mais estável.
Se bem que o principal fator mesmo é não morarmos junto e só nos
vermos quando estamos com saudade um do outro porque a convivência diária
detona qualquer paixão
Abaixo, alguns registros do fuzuê feitos quando ainda
estávamos ligeiramente sóbrios.
Ô, raça!
2 comentários:
Salve, Simão.
Pronto, virei frequentador quase que assíduo do seu blog. Sou ligadaço nesta tua maneira de compor o texto.
Manda ver, porque já li as mais recentes postagens, além de revirar o arquivo. Até breve e siga o Rock.
Show de bola, Simão! Sempre acompanho suas "reuniões aqui pelo blog.
Bacana os painéis pintados pelo teu amigo. Quero comprar um.
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Abraço,
Marcelo Guerra
marceloguerra1@hotmail.com
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