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sexta-feira, maio 24, 2013

Unesco presenteia a humanidade com a primeira Biblioteca Digital Mundial


A primeira biblioteca digital mundial digna do nome já está disponível na Internet, através do site www.wdl.org

Ela reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos e explica em sete idiomas as joias e relíquias culturais de todas as bibliotecas do planeta. 

“Ela tem, sobretudo, caráter patrimonial”, antecipou Abdelaziz Abid, coordenador do projeto impulsionado pela Unesco e outras 32 instituições, no jornal La Nacion.

A BDM não oferecerá documentos correntes, a não ser com valor de patrimônio, que permitirão apreciar e conhecer melhor as culturas do mundo em sete idiomas diferentes: árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português. Mas há documentos em linha em mais de 50 idiomas.

“Entre os documentos mais antigos há alguns códices precolombianos, graças à contribuição do México, e os primeiros mapas da América, desenhados por Diego Gutiérrez para o rei de Espanha, em 1562”, explicou Abid.

Os tesouros incluem o Hyakumanto darani, um documento em japonês publicado no ano 764 e considerado o primeiro texto impresso da história.

Um relato dos aztecas que constitui a primeira menção do Menino Jesus no Novo Mundo.

Os trabalhos de cientistas árabes desvendando os mistérios da álgebra.

Os ossos utilizados como oráculos e esteiras chinesas.

Antigas fotos latino-americanas da Biblioteca Nacional do Brasil e a célebre Bíblia do Diabo, do século XIII, da Biblioteca Nacional da Suécia.

Fácil de navegar


Cada joia da cultura universal aparece acompanhada de uma breve explicação do seu conteúdo e seu significado.

Os documentos foram passados por scanners e incorporados no seu idioma original, mas as explicações aparecem em sete línguas, entre elas o português.

A biblioteca começa com 1200 documentos, mas foi pensada para receber um número ilimitado de textos, gravados, mapas, fotografias e ilustrações.

O acesso é gratuito e os usuários podem ingressar diretamente pela Web, sem necessidade de se registrarem.

A biblioteca permite ao internauta orientar a sua busca por épocas, zonas geográficas, tipo de documento e instituição.
Como já foi dito, o sistema propõe as explicações em sete idiomas (árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português ), embora os originais estejam na sua língua original.

Desse modo, é possível, por exemplo, estudar em detalhe o Evangelho de São Mateus traduzido em aleutiano pelo missionário russo Ioann Veniamiov, em 1840.

Com um simples clique, podem-se passar as páginas um livro, aproximar ou afastar os textos e movê-los em todos os sentidos.

A excelente definição das imagens permite uma leitura cômoda e minuciosa.


Entre outas joias que contem no momento a BDM está a Declaração de Independência dos Estados Unidos, assim como as Constituições de numerosos países.

Um texto japonês do século XVI considerado a primeira impressão da história.

O jornal de um estudioso veneziano que acompanhou Fernão de Magalhães na sua viagem ao redor do mundo.

O original das “Fábulas” de La Fontaine, o primeiro livro publicado nas Filipinas em espanhol e tagalog, a Bíblia de Gutemberg e umas pinturas rupestres africanas que datam de 8.000 A.C.

Duas regiões do mundo estão particularmente bem representadas: América Latina e Oriente Médio.
Isso se deve à ativa participação da Biblioteca Nacional do Brasil, à Biblioteca de Alexandria no Egito e à Universidade Rei Abdula da Arábia Saudita.

A estrutura da BDM foi decalcada no projeto de digitalização da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, que começou em 1991 e atualmente contém 11 milhões de documentos em linha.

Os seus responsáveis afirmam que a BDM está destinada, principalmente, a investigadores, professores e alunos.


Mas a importância que reveste esse site vai muito além da incitação ao estudo das novas gerações que vivem num mundo audiovisual. Experimente.

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