Espaço destinado a fazer uma breve retrospectiva sobre a geração mimeográfo e seus poetas mais representativos, além de toques bem-humorados sobre música, quadrinhos, cinema, literatura, poesia e bobagens generalizadas
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quarta-feira, abril 20, 2011
Causos de Bambas: Bororó
Alberto de Castro Simões da Silva, o famoso compositor Bororó (A Cor do Pecado, Curare), sobrinho da Marquesa dos Santos, carioquíssimo, foi um dia visitar um amigo, que morava no 8º andar de um edifício de Copacabana.
O visitado não estava e a empregada, solícita, convidou-o a entrar e esperar o dono da casa.
Bororó ficou sentado na sala distraindo-se com um exemplar da Manchete, como sempre antiquíssimo, e afagando a barriga de um gatinho branco, angorá.
Passa-se o tempo. Mais. Passa-se muito tempo.
Bororó desiste da espera e vai procurar a empregada para despedir-se e agradecer.
A porta do corredor para os quartos e a cozinha está trancada.
A empregada tinha saído.
Bororó deixa um cartão e vai embora.
Impossível. A doméstica, esquecendo-se do visitante, ao sair, trancara a porta da rua.
Ilhado, o compositor vê aproximar-se a sua sagrada hora de ir ao banheiro que finalmente chega e não dá para segurar.
No desespero, Bororó abre a Manchete e deposita lá sua cagadinha (maneira de dizer. Estava mais para ona).
E limpa a bunda com o gato angorá.
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