Espaço destinado a fazer uma breve retrospectiva sobre a geração mimeográfo e seus poetas mais representativos, além de toques bem-humorados sobre música, quadrinhos, cinema, literatura, poesia e bobagens generalizadas
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terça-feira, abril 05, 2011
Turistas brasileiras em Nova York
De descendência americana, o empresário Jack Severa não tem nada a ver com o tipo comum de brasileiro, que, aliás, ele é, com muito orgulho.
Morando há muitos anos nos Estados Unidos, fala, evidentemente um inglês perfeito.
Ocorre que, em função dos seus negócios, viaja com frequência para o Rio e São Paulo e, com isso, não teve o acento português alterado.
Um dia, em Nova York, estava visitando uma loja de produtos eróticos, quando entram duas moças, assanhadíssimas, excitadas com as peças expostas, muito falantes, mexendo em tudo.
Brasileiras, com sotaque nordestino. Via-se que eram marinheiras de primeira viagem.
Uma delas, mais atirada, escolhe, entre os inúmeros falos de borracha exibidos no balcão, um destamanhão, dessa grossura, e manda – num inglês falado por um turco mudo – embrulhar o artefato.
Nessa hora, de pura sacanagem, o Jack, que até então conversava com o balconista na língua nativa lá deles, dirige-se às duas em sonoro português:
– Vocês não acham que vão ter problemas com a alfândega no Brasil?
Deram um gemido seco, crisparam-se, arregalaram os olhos cravados no Jack e, num movimento brusco, atiraram a maravilha em cima dele e sumiram desabaladas pela Rua 42.
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