Espaço destinado a fazer uma breve retrospectiva sobre a geração mimeográfo e seus poetas mais representativos, além de toques bem-humorados sobre música, quadrinhos, cinema, literatura, poesia e bobagens generalizadas
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quinta-feira, fevereiro 09, 2012
Recife está fervendo no Dia Nacional do Frevo
O Dia Nacional do Frevo está sendo comemorado com várias atrações no Recife.
Quem quis (e pode) celebrar o dia, teve opções de manhã, a partir das 9h, à tarde e até a noite, com shows na sede do Galo da Madrugada e na Sala de Reboco.
A programação presta homenagem aos blocos Banhistas do Pina e Batutas de São José, que completam 80 carnavais.
A celebração começou no Pátio de São Pedro, às 9h, com os personagens Mateus e Catirina.
Eles foram os locutores da Rádio Frevo, apresentando clássicos do gênero genuinamente pernambucano.
A partir daí, a programação se concentrou em apresentações musicais e de dança.
As atrações se estendem até às 23h, quando Lurdinha Nóbrega comanda o Cortejo do Frevo.
Enquanto o Pátio de São Pedro ferveu ao som dos shows, foliões se reúnem em cortejo na Praça Maciel Pinheiro, a partir das 16h, animados pela Frevioca.
O cortejo sai em direção ao Pátio de São Pedro, às 17h30, com passistas, bonecos gigantes, um trenzinho com crianças e blocos carnavalescos, como Pau e Corda, Saudade, Flores, O Bonde e Flor da Lira de Olinda.
No Pátio de São Pedro vai ocorrer o lançamento da exposição Viva Batutas, Viva Banhistas.
Os 80 anos de história dos blocos carnavalescos Banhistas do Pina e Batutas de São José serão relembradas na mostra, com curadoria de Nina Wicks de Almeida, a partir das 17h.
A mostra reúne peças do acervo dos grupos, como roupas, adereços, flabelos e troféus, além de fotografias.
A data foi escolhida para a estreia da Troça Carnavalesca Mista Bacanal, organizada pelo Espaço Pasárgada.
Inspirada na obra de Manuel Bandeira, o bloco sairá pelas ruas ao redor da sede (Rua da União, 263 - Boa Vista).
Antes, a partir das 19h, textos de Bandeira serão recitados pelo Grupo de Poesia Vozes Femininas.
A banda Som da Terra comemora a data com o lançamento do disco Te Vira No Frevo 2, no projeto Quintas do Galo (sede do Galo da Madrugada), com participação de Ed Carlos, Rogério Rangel e bloco Menestréis de Paulista, às 19h.
O disco está disponível no site da banda (www.somdaterra.com.br).
Os ingressos custam R$ 20. Informações: 3224-2899.
O Maestro Forró também presta seu tributo, em show que mistura forró pé-de-serra e frevo, a partir das 22h, na Sala de Reboco (Rua Gregório Júnior, 264, Cordeiro).
Sucessos de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino e Dominguinhos estarão no repertório dele e dos convidados. Fone: 3228-7052
O maestro Spok leva o frevo com refinamento musical à Europa em turnês anuais.
No Rio de Janeiro, a potiguar Roberta Sá regravou em seu novo disco um frevo (Deixa sangrar) composto pelo baiano Caetano Veloso.
Em São Paulo, o pernambucano Vitor Araújo inspira-se no frevo e jazz em composições que têm agradado público e crítica.
Na periferia, agremiações exploram a música e a dança pernambucanas durante todo o ano, mesmo que precisem enfrentar dificuldades financeiras e falta de apoio.
Tradicional ou contemporâneo, a manifestação pernambucana que hoje completa 105 anos continua ampliando suas fronteiras.
O historiador Evandro Rabello, autor do livro Memórias da folia, sobre os carnavais dos séculos 19 e 20, ressalta as mudanças que o ritmo tem sofrido, mas sem tirar modificar sua essência.
As iniciativas que dialogam com outros gêneros musicais ampliam o alcance da música, desvinculando-a da restrição à Festa de Momo.
“Acho que estamos em um bom momento. Conseguimos que o frevo fosse reconhecido como Patrimônio Cultural Brasileiro. Nos últimos anos, a manifestação ganhou notoriedade com relação à música e à dança”, acredita Lindivaldo Júnior, assessor do gabinete do secretário de Cultura.
O título impulsionou a promoção de eventos, por parte do governo e da população em geral, em Pernambuco e fora do estado.
Quem não se lembra da homenagem (e a consequente polêmica) que a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira fez ao frevo?
Para o doutorando em história da cultura e gerente da Casa do Carnaval Mário Ribeiro, estamos colhendo os frutos da patrimonialização.
“Posso garantir que o frevo continua vivo, sobretudo nas periferias. É uma magnitude muito grande”, explica.
O carnavalesco Getúlio Cavalcanti é bastante otimista.
Para ele, nos últimos dez anos, a manifestação popular tem reassumido um lugar de destaque.
“O destaque se dá em todos os aspectos. No lirismo, com os blocos que estão surgindo, na música, com os maestros Spok e Forró”, cita Getúlio.
Ele lembra ainda a vitória do pernambucano Fábio Ferreira Simões do Concurso Nacional e Marchinhas de Carnaval, com Papagaio de arame, marchinha que guarda influências do frevo.
Na juventude, percebe-se que a tradição está longe de ser esquecida.
Na Escola Municipal de Frevo Maestro Fernando Borges, frequentada por mais de 600 alunos, o interesse dos mais jovens tem crescido.
“Às vezes, os jovens são muito mais envolvidos que os adultos. A tradição do frevo será repassada às próximas gerações”, profetiza Ana Miranda, diretora da escola.
Agende-se
Pátio de São Pedro
9h - Rádio Frevo com Mateus e Catirina
11h - Orquestra 19 de Fevereiro e passistas
15h - Orquestra Expresso e Passistas Grupo Fazendo Arte
17h - Orquestra Raízes Pernambucana e passistas campeões de 2012
17h - Exposição Viva Batutas, Viva Banhistas (Casa 11)
18h30 - Chegada do Cortejo
18h30 - Homenagem aos blocos, lançamento de livro, CD e documentário
19h - Orquestra Evocações e coral dos homenageados
20h40 - Orquestra Lourdinha Nobréga e cortejo do frevo
Praça Maciel Pinheiro
16h - Concentração: Frevioca, Orquestra e Bloco Infantil Eu Quero Maiszinho
17h30 - Saída do cortejo com destino ao Pátio de São Pedro
Sede do Galo
19h - Lançamento de Te Vira No Frevo 2, da Som da Terra Espaço Pasárgada
19h - Troça Carnavalesca Mista Bacanal
Sala de Reboco
22h- Maestro Forró e amigos homenageiam o frevo
(fonte: Diario de Pernambuco)
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Um comentário:
Isso é Riqueza Cultural!
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