Neste sábado, 19, a charmosa Patrícia Tavares resolveu fazer
uma festança para celebrar mais um ano de vida do maridão, o novel advogado
Juarezinho Tavares, e convidou seus homeboys para uma sessão de “samba,
feijoada e birita”.
No cardápio, além da legítima feijoada brasileira, havia
bacalhau à portuguesa, bacalhau à Zé do Pipo, pirarucu de casaca, escondidinho
de pirarucu e mais meia dúzia de opções.
Comi à tripa forra, claro, já que como diz o
filósofo-sambista Chico da Silva, “boca livre e pênalti só perde quem é otário”.
O fuzuê começou pontualmente ao meio-dia, com o grupo
Mixtura Fina abrindo o gogó e mandando ver nos melhores sambas da história.
Empresariado por Marcos Caramuru, a formação matadora da
banda tinha Cabi Sicsu nos vocais, Zanata no tantã de corte, Bruno BB no banjo,
Cacheado no cavaquinho, Andrezinho da Balaku-Blaku no tantã de primeira, Vítor
no reco-reco e Davizinho no pandeiro.
Na disputa entre brahmeiros e pinguins, novamente a turma da
Antarctica levou a melhor.
Os brahmeiros haviam recebido um reforço de peso: Luiz
Lobão, Vladimir Brother, Marlon, Edlúcio Castro, Caramuru (pai do Marcos e do
Zanata), Ubirajara (irmão do Caramuru e amigo do Pai Simão), Meio Quilo, Pedro
Carioca, Renan e Vicente.
Nós, do pinguim, continuávamos em minoria: eu, Careca
Selvagem, Arlindo Jorge, Beth (esposa do Arlindo) e Hilário Prado.
Ainda assim, obrigamos o Juarezinho Tavares a providenciar
uma terceira caixa de cerveja por volta das 16h, enquanto os brahmeiros não
conseguiram detonar a segunda grade.
Entre os convidados, estava o sempre admirável casal Ruth
Miranda e Oswaldo Bustamante, sinônimo de conversa agradável em qualquer
circunstância.
O filho mais velho deles, o veterinário Jonatan, se
transformou instantaneamente em um de meus heróis favoritos.
Explico melhor.
No final de 2006, Jonatan estava pilotando uma motocicleta
Kawasaki Ninja 250R, na estrada do Aero Clube, em direção ao campus da
UniNilton Lins, quando percebeu um Opala ziguezagueando na sua frente.
Ele deu luz alta, buzinou, e o sujeito nada de dar passagem
para a motocicleta.
Joanatan conseguiu emparelhar a motocicleta ao lado da
janela do carona do Opala e notou que o sujeito, além de bêbado, estava
transformando sua acompanhante em saco de pancadas.
Ele fez alguns xingamentos ao vagabundo e foi embora.
O vagabundo saiu em perseguição ao motoqueiro.
Jonatan foi abalroado por trás pela primeira vez, mas
conseguiu manter o equilíbrio, levantou a viseira do capacete, deu um cotoco
pro vagabundo e acelerou.
O Opala continuou sua perseguição e abalroou o motoqueiro
por trás pela segunda vez.
Jonatan mesmo derrapando, conseguiu restabelecer o
equilíbrio da motocicleta e acelerou de novo, pelo lado direito da pista,
praticamente encostado ao meio-fio.
O Opala foi atrás em alta velocidade e, dessa vez, simplesmente
imprensou com violência o motoqueiro contra a sarjeta.
Jonatan foi cuspido da moto e se chocou contra o muro de uma
borracharia existente no local.
Passou 55 dias em coma, perdeu o baço, parte do fígado e foi
submetido a uma traqueostomia para poder continuar respirando.
O vagabundo foi preso pela polícia, mas como tinha bons
advogados acabou sendo solto e foi embora de Manaus.
Não pagou um tostão de indenização ao acidentado, que teve
todas suas despesas médicas custeadas pela própria família.
Quando eu defendo a execução sumária de motoristas
embriagados, os apedeutas ainda me chamam de exagerado.
Apesar de tudo, Jonatan não perdeu o bom humor e se ressente
apenas de nunca mais na vida poder ingerir álcool.
Mesmo abstêmio, ele curte doom metal – e isso sim é
verdadeiramente “crazy”!
Fiquei de selecionar alguns álbuns do gênero para lhe dar de
presente na próxima gandaia juareziana.
Abaixo, alguns flashes da fuzarca.
NOTA DO EDITOR DO MOCÓ
Também neste sábado, o Setembro Negro ganhou de 2 a 1 do Tricolor e se isolou na liderança do campeonato de masters do Penarol. A comemoração pela vitória foi no Bar do Jacó e entrou pela madrugada. No próximo fim-de-semana tem mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário