Por Cesário Camelo
Vocês já ouviram falar de bestialismo? Se não ouviram, tenho
certeza de que o significado da palavra não é nada desconhecido: a prática
sexual com animais.
Ovelhas, cachorros, cadelas, cavalos, cabras, vacas, pôneis
malditos…
É uma lista imensa de mamíferos explorados pelo homem.
Um tabu, desde a civilização mesopotâmica, o bestialismo é
considerado um crime hediondo em muitos países e já matou pessoas.
Não se lembram do homem que morreu depois de transar com um
cavalo ?
Aconteceu em 2005.
Ele foi a um sítio especializado em zoofilia e se deu mal: o
cavalo destruiu suas vísceras.
Originalmente, o ato de comer animais metaforicamente era
proibido pelo temor de que, da união pouco convencional, nascesse um produto
híbrido do que se convencionou chamar de um coito impuro.
Quem duvidar, vá pegando sua vaquinha e veja se depois de
alguns meses não aparece um minotauro...
De acordo com as leis inglesas, o bestialismo é uma
subdivisão do coito anal, pois fala em “relações anormais com homens e
animais”.
Outros países, porém, fazem uma distinção mais precisa entre
a chamada internação marmotal e o bestialismo. Baseiam-se em antigas leis
judaicas (Levítico 20: 15-16) que dividem o bestialismo do incesto e do
homossexualismo.
O bestialismo sempre foi ilegal, mas nunca deixou de ser
popular.
Na maioria dos casos, homens e mulheres comem (ou são
comidas) por animais domésticos, estilo gato angorá, cavalo, boi, cabrito,
galinha, etc.
Na Roma antiga (e ainda hoje em Hamburgo) mulheres
costumavam introduzir na vagina cobras vivas, cabeça primeiro.
Outras punham rabos de peixes vivos e havia ainda as que
passavam mel na vulva para atrair moscas que, enquanto comiam o mel, as levavam
ao orgasmo.
Na China, o bicho preferido pelos taradões sempre foi o
ganso. Comiam o rabo do ganso e na hora da ejaculação cortavam a cabeça dele
que, ato contínuo, contraía o esfíncter, o que prolongava o gozo.
Os árabes, ainda hoje, não consideram perfeita uma viagem a
Meca se, no caminho, não executarem o camelo.
Em algumas vilas na Índia é de bom-tom comer Deus, no caso,
um babuíno, ou melhor, os homens comem a deusa babuína Shita e as mulheres dão
para o deus babuíno Hanuman.
Na Roma de Tibério valia tudo: o próprio Estado organizava
orgias com mulheres, touros, cavalos, ursos, girafas, porcos, hipopótamos e até
rinocerontes.
Os esquimós contam um caso de bestialidade (e levando em
conta o comportamento dos políticos brasileiros, não há por que duvidar):
milhares de anos atrás, uma mulher se recusava a ter relações sexuais com os
homens. Foi então expulsa para uma ilha onde trepou com cachorros. Desta união
nasceram os homens brancos que, antes, não existiam.
Bestialista, ainda, de mão cheia foi Zeus ou Júpiter, que
comeu Leda na forma de um cisne, comeu Perséfone na forma de uma serpente,
transformou Europa numa vaca para depois comê-la onde hoje é o Bósforo
(passagem do boi) e assim por diante. Só não ganhou de Adão.
É isso mesmo: o bestialismo é o desvio sexual mais antigo da
humanidade. Adão comeu todos os animais do Paraíso até que deus se mancou e
resolveu criar a mulher.
Confesso que nas minhas andanças pelo mundo nunca vi nada em
matéria de lagostas.
Sempre que eu solicitava às madames dos quatro continentes
qualquer coisa do gênero, olhavam-me como se eu fosse um tarado e voltavam para
suas cabritas, cachorros e vaquinhas.
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