Londres é uma das principais cidades do mundo para ver
street art, mas, com as Olimpíadas, esse traço cultural está ameaçado.
Vários desenhos têm sido apagados e grafiteiros chegaram a
ser presos e proibidos de circular pelas áreas de competições até o final do
evento esportivo.
Esse controle feito pelas autoridades foi desafiado pelo
artista anônimo Banksy.
Em três imagens em estêncil feitas nas ruas de Londres, ele
criticou os Jogos.
Em uma das obras, retratou um atleta que, em vez de um
dardo, lança um míssil.
Em outra, um esportista usa uma vara para saltar uma grade
e, na terceira imagem, uma criança costura bandeirinhas usadas na decoração de
Londres.
As imagens, reproduzidas em seu site, seguem a mesma linha
de trabalho adotada por ele, carregada de crítica social e política e de
contestação.
Como ninguém sabe como Banksy é fisicamente, nem seu nome
verdadeiro, ele consegue evitar punições como a sofrida por Darren Cullen.
Segundo o Guardian, esse artista de 38 anos já fez trabalhos
para a Adidas, patrocinadora das Olimpíadas, e nunca fez grafite em locais não
autorizados, mas, na semana passada, sofreu com a política “preventiva” contra
danos criminosos.
Cullen foi preso e impedido de transitar a uma distância
menor do que uma milha (1,6 quilômetro) de qualquer instalação olímpica, e
ainda foi proibido de portar qualquer instrumento de pintura.
No entanto, o anonimato de Banksy não impede que a polícia
apague as obras, como tem feito com várias imagens como a intitulada “Clown
Town”, do grafiteiro Mau Mau.
O desenho mostrava um palhaço com as mesmas características
do mascote do Mc Donald’s carregando uma tocha da Coca-Cola, com o peito
estampado por marcas patrocinadoras do Jogos e o bolso cheio de dinheiro.
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