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quarta-feira, julho 25, 2012

Bansky desafina o coro dos olímpicos



Londres é uma das principais cidades do mundo para ver street art, mas, com as Olimpíadas, esse traço cultural está ameaçado.

Vários desenhos têm sido apagados e grafiteiros chegaram a ser presos e proibidos de circular pelas áreas de competições até o final do evento esportivo.

Esse controle feito pelas autoridades foi desafiado pelo artista anônimo Banksy.


Em três imagens em estêncil feitas nas ruas de Londres, ele criticou os Jogos.

Em uma das obras, retratou um atleta que, em vez de um dardo, lança um míssil.

Em outra, um esportista usa uma vara para saltar uma grade e, na terceira imagem, uma criança costura bandeirinhas usadas na decoração de Londres.


As imagens, reproduzidas em seu site, seguem a mesma linha de trabalho adotada por ele, carregada de crítica social e política e de contestação.

Como ninguém sabe como Banksy é fisicamente, nem seu nome verdadeiro, ele consegue evitar punições como a sofrida por Darren Cullen.

Segundo o Guardian, esse artista de 38 anos já fez trabalhos para a Adidas, patrocinadora das Olimpíadas, e nunca fez grafite em locais não autorizados, mas, na semana passada, sofreu com a política “preventiva” contra danos criminosos.

Cullen foi preso e impedido de transitar a uma distância menor do que uma milha (1,6 quilômetro) de qualquer instalação olímpica, e ainda foi proibido de portar qualquer instrumento de pintura.


No entanto, o anonimato de Banksy não impede que a polícia apague as obras, como tem feito com várias imagens como a intitulada “Clown Town”, do grafiteiro Mau Mau.

O desenho mostrava um palhaço com as mesmas características do mascote do Mc Donald’s carregando uma tocha da Coca-Cola, com o peito estampado por marcas patrocinadoras do Jogos e o bolso cheio de dinheiro.

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