O corpo do artista foi
encontrado em seu quarto por volta das 19h desta quinta-feira (17). Ainda não
se sabe a causa da morte
O poeta, músico e humorista Marcileudo Barros, 64, foi
encontrado morto em seu quarto no prédio onde morava na Avenida Castelo Branco,
no bairro Cachoeirinha, na Zona Sul de Manaus. O corpo foi descoberto por volta
das 19h desta quinta-feira (17) por familiares. Ainda não se sabe a causa da
morte, mas o escritor vinha sofrendo com alguns problemas de saúde.
“É uma grande perda para a poesia amazonense”, lamentou o
também poeta Simão Pessoa.
“Ele queria que eu fizesse a apresentação da 2ª edição do
livro ‘O Boteco’, prevista para ser lançada em outubro. Fiz uma exigência para
ele: ‘Eu faço a apresentação, poeta, mas você tem que lançar aquele seu livro
de poesia pornô que me atormenta desde que li os primeiros rascunhos, em 2001,
e achei sensacional! Ele fazia poesias eróticas, bocageanas, que você não
parava de rir”, acrescentou.
Amigo e parceiro de muitos projetos, o poeta Celestino Neto
também lamentou a morte do escritor. “Íamos lançar a segunda edição do ‘O
Boteco’ no dia 4 de outubro. Agora desandou tudo. Vou sentir muita falta do meu
amigo”, disse.
Informações sobre o velório e enterro ainda não foram
divulgadas.
Carreira
Marcileudo Barros começou os primeiros rabiscos aos nove
anos. Mesmo com pouca idade, a pretensão de deixar ali registrado uma
inquietude de uma realidade, já era latente na vida.
Filho de família humilde, nasceu no bairro Educandos, mas
foi criado ainda na Zona Sul, na Cachoeirinha. Além da poesia, Marcileudo
também é músico e artista plástico.
Deixou quatro livros publicados, entre eles o livro de
poesias pornôs “Meninas”. Ao todo, ele deixou mais de 30 obras prontas para
serem publicadas, além de várias composições musicais.
Dentre suas profissões, também foi gerente de várias lojas e
importadoras na Zona Franca, mas foi pego pelas palavras.
(publicado no portal
de A Crítica, no dia 17.09.2015)
Para ler alguns poemas do Marcileudo Barros clique aqui
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