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terça-feira, fevereiro 03, 2015

Galo de Manaus quer arrastar 120 mil foliões


Além de ter iniciado a venda de “frevolês” na semana passada, a troça carnavalesca Galo de Manaus confirmou seu desfile para o dia 14 de fevereiro na Avenida das Torres, com concentração a partir das 16h.

Inspirado no Galo da Madrugada, de Pernambuco, o Galo de Manaus espera arrastar uma multidão de 120 mil pessoas.

O tema escolhido, “Suassuna e o Auto do Frevo”, é uma homenagem ao escritor Ariano Suassuna, autor de clássicos como “O Auto da Compadecida” e “A Pedra do Reino”, falecido no ano passado, aos 87 anos.

De acordo com Theo Alves, um dos organizadores da troça, a homenagem ao escritor pernambucano visa uma aproximação ainda maior com as folias de Olinda e de Recife.

“Nossa intenção era fazer alguns bonecos de Olinda, aqueles mamulengos gigantes e cheios de bossa, com os personagens do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, e também um novo galo”, explicou. “Ainda estamos buscando patrocínio para isso, mas, caso não aconteça, vamos celebrar o nosso carnaval com simplicidade e alegria, com a força da palavras, declamando textos do Suassuna e cantando as músicas que ele mais gostava.”

Entre as atrações já confirmadas estão a Banda Oficial do Galo de Manaus (especializada em frevos e composta por músicos das bandas Casulo e Official 80), Adriano Arcanjo e Banda da Nasa (que toca clássicos da MPB, como Tim Maia, Cassiano e Jorge Ben, no ritmo de frevo) e Cauxi Eletrizado (composto pelas bandas Cabocrioulo, Alaídenegão e Tucumanus, que toca marchinhas, frevos e carimbó), além de rodas de maracatu do baque solto e de capoeira angola.

O Galo de Manaus é o bicho!

Banda do Meu Padinho vai ter presença dos “clóvis”


Clóvis ou rodado é como são chamados os brincantes do “bate-bola”, nome de um cordão carnavalesco característico dos subúrbios do Rio de Janeiro, principalmente das Zonas Norte e Oeste.

A tradição foi trazida pelos colonizadores portugueses, tendo sido também influenciada pela Folia de Reis.

Supõe-se que o nome tenha derivado do inglês “clown” (palhaço). Nos primórdios, a fantasia de clóvis se assemelhava muito à de palhaço, mas incluindo máscaras aterrorizantes.

Batendo no chão com suas bexigas de boi bastante fedorentas, presas por corda a uma vara ou cabo, os “bate-bolas” eram o terror da criançada.

As bolas deixaram de ser bexigas e agora são de borracha ou plástico mas a atitude amedrontadora dos “bate-bolas” se mantém inalterada.

Realizada na Av. Itacolomy, no bairro Armando Mendes, no sábado magro (dia 7 de fevereiro), a partir das 16h, a Banda do Meu Padinho vai contar pela primeira vez com um grupo de “bate-bolas” formado por cariocas radicados em Manaus.

Segundo Jairo Silva, organizador da banda, a presença dos “bate-bolas” vai dar um colorido especial ao fuzuê.

“As fantasias dos clóvis são bem trabalhadas e muito bonitas e isso pode ser o início de uma nova tradição carnavalesca, já que a população da cidade não conhece direito a brincadeira”, diz ele.

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