Além de ter
iniciado a venda de “frevolês” na semana passada, a troça
carnavalesca Galo de Manaus confirmou seu desfile para o dia 14 de
fevereiro na Avenida das Torres, com concentração a partir das 16h.
Inspirado no Galo da
Madrugada, de Pernambuco, o Galo de Manaus espera arrastar uma
multidão de 120 mil pessoas.
O tema escolhido,
“Suassuna e o Auto do Frevo”, é uma homenagem ao escritor Ariano
Suassuna, autor de clássicos como “O Auto da Compadecida” e “A
Pedra do Reino”, falecido no ano passado, aos 87 anos.
De acordo com Theo
Alves, um dos organizadores da troça, a homenagem ao escritor
pernambucano visa uma aproximação ainda maior com as folias de
Olinda e de Recife.
“Nossa intenção
era fazer alguns bonecos de Olinda, aqueles mamulengos gigantes e
cheios de bossa, com os personagens do Auto da Compadecida, de Ariano
Suassuna, e também um novo galo”, explicou. “Ainda estamos
buscando patrocínio para isso, mas, caso não aconteça, vamos
celebrar o nosso carnaval com simplicidade e alegria, com a força da
palavras, declamando textos do Suassuna e cantando as músicas que
ele mais gostava.”
Entre as atrações
já confirmadas estão a Banda Oficial do Galo de Manaus
(especializada em frevos e composta por músicos das bandas Casulo e
Official 80), Adriano Arcanjo e Banda da Nasa (que toca clássicos da
MPB, como Tim Maia, Cassiano e Jorge Ben, no ritmo de frevo) e Cauxi
Eletrizado (composto pelas bandas Cabocrioulo, Alaídenegão e
Tucumanus, que toca marchinhas, frevos e carimbó), além de rodas de
maracatu do baque solto e de capoeira angola.
O Galo de Manaus é
o bicho!
Banda do Meu
Padinho vai ter presença dos “clóvis”
Clóvis ou rodado é
como são chamados os brincantes do “bate-bola”, nome de um
cordão carnavalesco característico dos subúrbios do Rio de
Janeiro, principalmente das Zonas Norte e Oeste.
A tradição foi
trazida pelos colonizadores portugueses, tendo sido também
influenciada pela Folia de Reis.
Supõe-se que o nome
tenha derivado do inglês “clown” (palhaço). Nos primórdios, a
fantasia de clóvis se assemelhava muito à de palhaço, mas
incluindo máscaras aterrorizantes.
Batendo no chão com
suas bexigas de boi bastante fedorentas, presas por corda a uma vara
ou cabo, os “bate-bolas” eram o terror da criançada.
As bolas deixaram de
ser bexigas e agora são de borracha ou plástico mas a atitude
amedrontadora dos “bate-bolas” se mantém inalterada.
Realizada na Av.
Itacolomy, no bairro Armando Mendes, no sábado magro (dia 7 de
fevereiro), a partir das 16h, a Banda do Meu Padinho vai contar pela
primeira vez com um grupo de “bate-bolas” formado por cariocas
radicados em Manaus.
Segundo Jairo Silva,
organizador da banda, a presença dos “bate-bolas” vai dar um
colorido especial ao fuzuê.
“As fantasias dos
clóvis são bem trabalhadas e muito bonitas e isso pode ser o início
de uma nova tradição carnavalesca, já que a população da cidade
não conhece direito a brincadeira”, diz ele.
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