Os craques Fernandinho
e Mário Gordinho
O engenheiro Paulo Caramuru convidou a Seleção Amazonense de Masters para fazer um amistoso de futebol contra a Seleção da Eletronorte, onde ele jogava de volante e era o treinador.
Fechando gol do time dos eletricitários, o imprevisível Juarezinho Tavares.
No dia combinado, com as duas seleções já fazendo o aquecimento dentro de campo, Juarezinho chamou Paulo Caramuru e cantou a pedra:
– Aquele número dez, eu conheço! Aquele é o Mário Gordinho! Não deixa ele chutar, porra, não deixa ele chutar, que ele é foda!
Mal o jogo começou, o ponta direita da Seleção de Masters, o endiabrado Camarão, driblou o lateral esquerdo Nelsinho, foi até a linha de fundo e cruzou dentro da área.
O volante Paulo Caramuru subiu mais alto do que todo mundo e cabeceou a bola com violência lá para a intermediária.
Mário Gordinho, que estava plantado na intermediária, nem deixou a bola cair no chão.
Do jeito que ela vinha, ele deu uma “chinelada” com tanta força, que a bola entrou no ângulo, bateu na rede e voltou pra fora da grande área.
O goleiro Juarezinho, que havia ficado parado embaixo da trave sem esboçar nenhuma reação, saiu de seu estado de rigidez cadavérica em direção a Paulo Caramuru, aos gritos, completamente transtornado:
– Eu não te falei, porra! Eu não te falei, porra!
Antes que Paulo Caramuru esboçasse qualquer reação, Juarezinho já estava tirando a camisa de goleiro, entregando pro técnico e saindo de campo.
Ele é que não ia ser desmoralizado daquele jeito.
O Mário Gordinho é muito foda!
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