Ano 1984. Armando Nogueira – o mais machadiano e emocionante dos cronistas sobre futebol, na sua inesquecível coluna “Na Grande Área”, publicada no JB, e presidente do CEU (Centro Esportivo de Ultraleve) – fazia um voo com o empresário da construção civil Moacyr Gomes de Almeida, que experimentava a emoção pela primeira vez.
O Armando, no maior entusiasmo, subia aos céus, descia à terra, dava rasantes sobre o mar, fazia piques, desenhava curvas sobre os verdes campos da Barra da Tijuca, quase tocava a crista das ondas, as copas das árvores, sobrevoava as construções do Moacyr, em suma, fazia tudo que o ultraleve dava direito.
Num certo momento, quando estava a uns dois metros do chão, o motor pifou, o pequeno avião caiu e virou de cabeça pra baixo.
Os dois, piloto e passageiro, ficaram igualmente de cabeça para baixo, pendurados pelos cintos de segurança.
Comentário do Armando para o assustado companheiro:
– Também tem dessas coisas...
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