Espaço destinado a fazer uma breve retrospectiva sobre a geração mimeográfo e seus poetas mais representativos, além de toques bem-humorados sobre música, quadrinhos, cinema, literatura, poesia e bobagens generalizadas
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sexta-feira, março 25, 2011
Causos de Bambas: Burle Marx
Duas senhoras, daquelas de olhar sempre maravilhado, aproximaram-se do paisagista Roberto Burle Marx, meio aos introitos de um banquete.
Por intrometimento, certas pessoas, arrogando-se intimidade, tratam personalidades pelo nome menos conhecido, ignorando a parte mais forte.
Assim, Oscar Niemeyer é Oscar, Wilson Simonal é Wilson, Antonio Carlos Jobim é Carlos, por aí.
Uma das referidas madames, com gestos langorosos, voz analasada, com uma afetação melosa, esticando as vogais, disse a Burle Marx:
– Roberto, você sabe que minhas plantas adoram ópera. Mas preferem a Flauta Mágica, não se dão bem com as italianas. Crescem que é uma coisa...
– Pois as minhas preferem Brahms – disse a outra com mesmo tom e feitio – principalmente o ciclo Magelone-Romanzon. E as suas, Roberto?
Burle Marx:
– As minhas preferem bosta.
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