Você se lembra daquela vizinha supergostosa, de coxas grossas, bunda empinada, lábios grossos, peitões durinhos, que mora no andar de cima e que o prédio todo balança de tesão quando ela passa?
Pois é, não marque bobeira e siga atentamente as instruções, que você não vai se arrepender.
Por mais durona ou fiel ao maridão que ela seja, a sacana não irá conseguir resistir ao seu charme.
Você vai papá-la muito mais cedo do que imagina.
Para isso, no entanto, terá de fazer um trabalhinho prévio.
Durante duas ou três semanas, você vai esnobá-la devidamente, cumprimentando-a discretamente no elevador, na portaria, no hall do edifício e nos corredores.
Às vezes, deve fingir que nem a vê.
Claro, eu sei que é duro, mas pense que é para o seu próprio bem.
Enquanto todo mundo vai dizer gracinhas, assobiar explicitamente ou partir para outras baixarias do gênero, você fará papel de homem digno, distante, correto, senhor de si, austero e difícil.
Isso vai deixá-la intrigada. Mulher é curiosa pra caralho.
Num belo dia, contudo, quando ela menos espera, você vai tocar a campainha do apartamento dela.
Ela atende e você diz que há um problema de vazamento no banheiro dela e que está inundando a sua cozinha no andar de baixo (mesmo que você more no andar de cima).
Exagere, seja dramático, minta desavergonhadamente, sem pudor.
Diga que você ia chamar a Defesa Civil ou o Corpo de Bombeiros, mas que preferiu falar antes com ela.
Isso vai fazê-la se sentir importante.
Você se prontifica a resolver o problema, se ela permitir. Certifique-se sempre de que o marido dela não esteja em casa. Isso é fundamental.
Para isso, você tem de estudar previamente os horários de saída e entrada do futuro corno.
De preferência, ataque depois de um briga em altos brados que o casal teve na noite anterior.
Ela vai estar fragilizada, deprimida, sofrida, puta da vida e carente. Isso conta pontos a favor.
Você deve se apresentar bem-humorado, com linguagem elegante, postura digna e séria, o próprio amigo pra toda hora.
Elogie sempre a limpeza do apartamento, o bom gosto dos móveis, a perfeição do arranjo de flores na mesinha de centro.
Ela, com certeza, vai se deliciar com aquela gentileza, sorrirá e, quem sabe, pode até agradecer.
Você entra com a maleta de ferramentas e um macacão jeans, sem camisa por baixo. E sem cueca, claro. Macacão jeans com cueca é coisa de viado.
Evidencie os ombros recém-bronzeados e as mãos grossas e calejadas. Há madames que têm o maior tesão pela estética de operário.
O melhor horário é depois do almoço.
Maridão trabalhando, as crianças na escola ou brincando na rua e a vizinha, com certeza, estará bem à vontade, meio largadona, sonolenta, fumando um cigarro.
Com esse calor manauense, no mínimo, ela estará de shortinho e camiseta regata, sem soutien, os peitões balançando...
Com toda formalidade, você pede licença, entra no banheiro e faz cara de entendido ao mexer em alguma coisa.
Com o tempo, você desabotoa as duas alças do macacão e, todo suado, deixa à mostra o peito cabeludo e as costas másculas.
Aí, você tem de começar a andar pela casa toda, abrindo e fechando torneiras da cozinha, conferindo o registro geral, examinando os banheiros, os bidês, os vasos sanitários, o tanque na área de serviço, etc.
Ela, com certeza, vai te acompanhar e você precisa fazer perguntas, muitas perguntas, convidando-a para uma cumplicidade amistosa.
Ela vai acreditar que é importante, que é uma pessoa de carne e osso, com todas as dúvidas existenciais à flor da pele, uma fera ferida querendo desabafar, querendo abrir o coração.
Você dá corda. Ela vai rir das confidências ao contar que o maridão só fala com ela quando quer trepar (“fazer amor”, lá no jargão das mulheres casadas), que é a primeira vez na vida que está se sentindo útil.
Ela é inocente. Mas uma inocente útil, claro.
Quando você voltar ao banheiro, deve continuar o serviço na maior seriedade.
Ela, com certeza, vai te chamar para um cafezinho, interrompendo o trabalho para algumas novas confidências.
Nisso, você avança o primeiro sinal, elogiando sua beleza discretamente.
E ela vai dizer, toda encabulada:
– Imagina. Eu tô toda despenteada...
Depois, você diz que é solteiro, vive sozinho, anda sempre meio solitário, é analista de sistemas, arquiteto, escritor, juiz da primeira entrância, jornalista, procurador do Estado, uma porra dessas. Mulher adora essas profissões fuleiras.
Ou, então, apele para a tática suicida: confesse que é recém-separado. Isso sempre pega bem.
As mulheres ficam todas mãezonas quando encontram um sujeito recém-separado.
Querem logo ir pegando no colo e dar de mamar.
Os peitões já estão ali na sua frente, balançando...
Em resumo, você jogou a isca e ela vai se emocionar com a tua vida triste de cachorro sem dono.
Se tiver cara-de-pau, diga que se separou porque levou um chifre.
Ela vai ficar mais mãezona ainda, e magoada como está, também vai querer lhe ajudar na futura vingança.
Toda mulher magoada se torna vingativa.
Aí, você volta ao banheiro para continuar o serviço e reclama do calor.
De cócoras, tentando afrouxar a tarrasqueta do pino da gambiarra que veda a entrada da torneirinha do bidê, você pede, por favor, para ela enxugar o suor das suas costas com uma toalha.
Ela vai se agachar, deixando aqueles coxões maravilhosos bem perto de você, e encostando um dos joelhos nas tuas costelas.
Isso sem falar naqueles peitões durinhos que, com certeza, estarão balançando a dois centímetros da sua cara.
Olhe para o rosto dela. Ela vai rir, como se você fosse um espelho. É a senha. Mas não se afobe.
Quando seus olhos começarem a se embaçar, ataque.
Puxe-a pela nuca e pelos cabelos delicadamente e detone o maior beijo molhado em sua boca carnuda, com muita fome, no maior tesão e meta sua língua na boca da vadia, até alcançar as amígdalas.
Deite-a gentilmente nos ladrilhos do banheiro, arranque sua camisetinha e abocanhe seus peitos, mordiscando de leve os biquinhos.
Ela vai arder de desejo e gemer.
Numa atitude previamente estudada, você se levanta e tranca a porta do banheiro por dentro.
Vai até o box, liga o chuveiro e estende a mão para ajudá-la a se levantar.
Amorosamente, você se ajoelha e tira a bermuda ou o short ou o que seja que ela estiver usando.
Mas deixe a calcinha no lugar. Isto é fundamental.
Convide-a para entrar no box, feche a porta de vidro e, debaixo da água, abrace-a bem forte, chupando-a devidamente.
Comece pela orelha, pescoço, seios, barriga e vá descendo pouco a pouco.
Com os dentes, vá tirando a calcinha encharcada, vire-a de costas pra você, coloque-a numa posição ideal, mãos espalmadas na parede de ladrilhos do box, bundinha empinada, nuazinha, a água gelada do chuveiro nas suas costas.
E vá em frente, meu chapa, que o mundo é todo seu.
Um comentário:
KKKK Me fudi mano, a vizinha era Traveco...
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