Espaço destinado a fazer uma breve retrospectiva sobre a geração mimeográfo e seus poetas mais representativos, além de toques bem-humorados sobre música, quadrinhos, cinema, literatura, poesia e bobagens generalizadas
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sexta-feira, março 25, 2011
O corretor imobiliário e a velhinha cri-cri
Uma sexagenária (daquelas antigas e não dessas que circulam hoje em dia, na maior sem-vergonhice) procurou um corretor num edifício em construção para o óbvio: comprar um apezinho quarto-e-sala.
Morrera-lhe o marido e com um dinheirinho poupado queria casa própria para ter onde cair agora viva e mais tarde morta.
Foi a primeira grande compra de sua vida e quis extrair do evento tudo que supunha seu direito.
E encheu o saco do corretor com mil perguntas que mal cabiam nos ralos metros quadrados do conjugado.
Pediu para visitar a obra e o profissional do ramo ficou puto da vida porque já tinha visto a cor do dinheiro da velha e queria mais era partir para uma nova batalha. Mas acompanhou a compradora.
Num dos andares, a senhora viu uma pilha de sacos de cimento Tupi e comentou com aquela voz que só velhinha de verdade e Chico Anísio sabem falar:
- Meu falecido marido era construtor, sabe? E me disse que este cimento Tupi custa muito a pegar...
O corretor que, como seus colegas de ofício, não primava pela elegância, mandou:
- De fato, minha senhora, este cimento custa muito pra pegar, mas quando pega é foda!
A velhinha quase saiu correndo do canteiro de obras.
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