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segunda-feira, maio 14, 2012

Muvuca de dois taurinos estribados



Eu e o Careca Selvagem

Na última quinta-feira, 10, por volta das 21h, o artista plástico Marius Bell e o escritor Walfrido Rego apareceram aqui no mocó, excitadíssimos, em busca de uma festa que só existia na imaginação deles.

Eu estava em casa sozinho, assistindo “Inferno Vermelho”, com Arnold Schwarzenegger e James Belushi, enquanto fazia hora para assistir “Os Irmãos Caras-de-Pau”, com Dan Aykroyd, James Brown e John Belushi, ambos sendo reprisados no TCM.

– Cadê a festa?! – indagou Marius Bell. “Eu convidei um monte de gente...”

– Porra, bicho, se eu tiver de fazer alguma coisa será amanhã à noite! – expliquei. “Mas já que vocês estão aqui, aproveitem para ver esse filme...”


 Sadok Pirangy e Mário Adolfo

E deixei os dois de castigo por meia hora assistindo no computador ao documentário “A Grande Farsa do Aquecimento Global” (“The Great Global Warming Swindle”).

O filme foi produzido para o Channel 4 britânico e traz argumentos poderosos de alguns cientistas que discordam do “consenso” que prevalece sobre o dióxido de carbono liberado pela atividade humana ser a causa da elevação das temperaturas globais atualmente.


Giovani Bandeira, o Gigio do Bar do Bigode

A farsa do “aquecimento global” e a lambança do “desenvolvimento sustentável”, de acordo com esses cientistas, é apenas uma nova face da ideologia capitalista para manter o subdesenvolvimento nos países periféricos – BRICs inclusos.

Militantes do Partido Verde, Marius Bell e Walfrido Rego ficaram visivelmente assustados com o que viram e foram embora como o diabo foge da cruz.


Ricardo Pinheiro, o Ricardão do GRES Andanças de Ciganos

De qualquer forma, nunca entendi direito esse negócio de comemorar data de nascimento, ou seja, celebrar o fato de ficar um ano mais próximo da cova.

Isso faz sentido antes dos 20 anos, mas depois dos 50... Pfiuuu!


 Antonio Carlos Bem-te-vi e Sici Pirangy

Lá da distante Cascavel (PR), o mediúnico Paulo Inácio burilou um necrológio alusivo ao meu aniversário:
“Simon People’s Birthday – Amigos e familiares dessa personalidade de Skol farão realizar esta noite um porre de 7º dia no Solarium (nome etílico-religioso), em Adrianópolis, convidando todos que conviveram (e bota viveram nisso!) com o brilhante homem de traços e troças, para o bota-fora definitivo desse denodado etilista (o contrário de elitista), de tantos memoráveis bota-dentro”.


Arlindo Jorge e Beth Mubarac

Ainda bem que ele teve a fineza de enviar o convite necrológio por e-mail, evitando o mico de postar nas redes sociais e causar um congestionamento gigante aqui nas proximidades do mocó.

Basta dizer que recebi mais de 300 votos de parabenizações pelo meu natalício só no Facebook – e seria humanamente impossível garantir bebida decente e comida farta para esse montão de gente!


Eu, Luiz Lobão e Cíntia Jimenez

Na sexta-feira, entretanto, fui vencido pela lábia de meu sobrinho João Ricardo Sena (que aniversariou no dia 6) para fazermos uma festa conjunta: ele traria 15 amigos da UEA, eu traria 20 amigos da Cachoeirinha e a gente racharia as despesas do birinaite. Cada amigo poderia trazer um acompanhante, o que daria, no máximo, umas 80 pessoas no fuzuê.

Providenciei quatro grades de cerveja Antarctica, uma garrafa de Johnnie Walker Red, uma garrafa de vodka Absolut e 500 salgadinhos. O João Ricardo providenciou 10 caixas de cerveja Brahma em lata, 10 caixas de cerveja Antarctica em lata, 10 caixas de cerveja Skol em lata, 20 litros de refrigerantes, linguiça toscana, salame, calabresa e queijos variados.


 A galera do João Ricardo

Como também estava bancando a aparelhagem de som, eu estipulei a sequência musical da muvuca: das 19 às 20h, só os melhores sambas enredos da história. 

Das 20 às 21h, o melhor do forró (Magníficos, Aviões, Garota Safada, Calcinha Preta, Saia Rodada, Mastruz com Leite). 


Selma e Engels Medeiros

Das 21 às 22h, only disco music (Sylvester, Tavares, KC & The Sunshine Band, Donna Summer, Chic, Kool & The Gang, The Ritchie Family, Trammps). 

Das 22h até o dia amanhecer, rock 4ever (BTO, James Taylor, Beatles, Rolling Stones, Elvis Presley, Chuck Berry, Little Richards, Led Zeppelin, Deep Purple, Shocking Blue, Marmalade, Doobie Brothers, CCR, The Verve, Neil Diamond, The Byrds, Bob Dylan).

Reconheço (e os vizinhos, idem) que foi uma zoeira infernal.

Dos meus 20 convidados, quatro me presentearam com birita: Sadok Pirangy (Chivas 12 anos), Ricardo Pinheiro (Johnny Walker Black), Arlindo Jorge (Chivas 12 anos) e Cíntia Jimenez (Tequila Jose Cuervo).


Os editores do CANDIRU com o candiru de birita

Aliás, além de um “kit cachaceiro” (que inclui de frasco de eparema a camisinha Jontex, de comprimidos de ibupril a cachaça de cabeça), a Cíntia também me presenteou com um candiru comprado na Alemanha, que já vem cheio de birita. A sacana deve me achar o maior pau-d’água do Universo.


Em compensação, minha comadre Socorro Papoula me presenteou com um primoroso chapéu muçulmano bordado à mão, que ela adquiriu em uma feira de artesanato em Islamabad, no Paquistão, no ano passado. 

Os paquistaneses costumam usar esses chapéus durante eventos religiosos, como o Ramadão, o que significa dizer que a Socorro ainda encontra alguma religiosidade perdida nesse vosso escriba.

Dos 20 amigos que convidei, compareceram Sici e Sadok Pirangy, Mário Adolfo, Luiz Lobão, Áureo Petita, Marius Bell, Arlindo Jorge, Ricardão, Mestre Pinheiro, Edlúcio, Marcileudo Barros, Celestino Neto, Engels Medeiros, Paulo Caramuru, Antônio Carlos Bem-te-vi e Papa.

Não vou falar o nome dos faltosos pra não dar moral.


O legal desses encontros de velhos amigos é recordar os aprontos feitos no tempo em que éramos todos jovens.

Ricardão, Mário Adolfo, Sici Pirangy, Luiz Lobão e Arlindo Jorge são exímios contadores de causos engraçados – enquanto eu me limito a tomar notas.

Quase morri de rir porque algumas histórias eu sequer lembrava mais.


A Madame Butterfly abandonou o barco por volta da meia-noite porque supostamente precisava acordar cedo pra levar o Vinicius Gabriel ao médico (sim, ela está aprendendo a mentir e devo ter parte de culpa no cartório).


Na verdade, minha borboleta fica incomodada com aquela série de histórias épicas de um tempo em que sequer havia nascido – e não deve achar a menor graça.


Marcileudo Barros e Celestino Neto

Por volta das 3h da madrugada começou a debandada geral, sob meus protestos.

Por volta das 5h da madrugada, só restava na praça de guerra eu, João Ricardo, Áureo Petita e mais meia dúzia de pessoas.


Sadok Pirangy, Marius Bell e o candiru de birita

Desligamos a aparelhagem de som e demos os trâmites por findos.

Um dos amigos do João Ricardo, o Mário Paulain Jr. (filho do atual prefeito de Nhamundá, Mário Paulain, que é irmão do compositor Carlos Paulain e meu amigo de longa data), à coté da namorada Tayná, ainda me acompanhou na saideira aqui no mocó e só foram embora por volta das 6h da manhã de sábado. O casal bebe bem.

Pra concluir, faço minhas as sábias palavras de Frank Sinatra: “Só se vive uma vez. E da maneira que eu vivo, uma vez basta.”

Sorry, periferia!

Abaixo, outras fotos da muvuca:




























Um comentário:

Izabel Macedo disse...

Bacana Simão, vc mereceu e merece muitos mais, saudade dessa turma maravilhosa da cachoeirinha,...bjs..
izabelmacedo1@hotmail.com....