O burro-sem-rabo, sol a pino de meio-dia, verãozíssimo
carioca, carroça entupida de teréns, a secar a testa encharcada, enquanto
descansava um segundo num sinal fechado de Copacabana, ouviu Mariozinho de
Oliveira dar dois beijos no ar como se faz com quadrúpedes e ordenar-lhe:
– Vamos, Mimoso!
O luso apossou-se de uma acha que lhe estava ao pé e partiu
pra cima de Mariozinho que, mais que depressa, refugiou-se na pérgula do
Copacabana Palace, nessas alturas entupida de colunabili.
Não valeu o campo neutro: o mimoso português quebrou-o todo de porrada.
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