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domingo, setembro 18, 2011

Um final de semana inesquecível


Na última sexta-feira, a gente resolveu abrir o Boteco do Solarium por volta das 20h, para um bota-fora em petit comité em homenagem ao Jaques Castro, que, a essa altura do campeonato, já deve ter reassumido seu cargo de diretor geral do Hospital de Ipixuna, tendo como fundo sonoro uma seleção de velhos discos de vinil do Mestre João Roberto Pinheiro.


O regabofe teve como prato de sustentação um tracajá em miniatura (só eu mesmo para pagar por uma tartaruga de três palmos de peito e receber a metade de um tracajá de um palmo, cortesia do Bob Vigarista, um conhecido estelionatário de Manacapuru e agora meu ex-motorista particular), avidamente detonado pelo Lourenço Mestrinho Borghi, filho do saudoso médico Lourenço Borghi.


Para sair da saia justa, providenciei alguns queijos franceses e salames italianos que deram pro gasto, e o Aureo Petita nos brindou com uma fantástica mistureba de manga rosa cortada em cubos, azeitona verde, ricota, ovo de codorna, gergelim e pimenta malagueta, que ficou a cara dele, ou seja, uma grande merda.


Éramos apenas seis sujeitos (eu, Simas, Jaques Castro, Aureo Petita, Mestre Pinheiro e Domingos Ruim de Vida. O Lourencinho não bebe), mas estávamos com uma sede de anteontem.


A trilha sonora da muvuca incluía tão somente Muddy Waters, Buddy Guy, Junior Wells, John Lee Hooker, Bo Diddley e outras feras do mais autêntico blues, de forma que a presepada terminou por volta das 3h da madrugada, depois que as duas grades de antarctica foram para o espaço e ninguém teve coragem de ir comprar mais birita numa loja de conveniências localizada perto do boteco.


No sábado, o boa praça Afonso Libório, meu amigo de adolescência, vascaíno fanático e um dos fundadores do GRES Andanças de Ciganos, foi agraciado com uma festa surpresa pilotada por seu filho Marquinhos para comemorar seus 60 anos de existência.

A festa, que começou no meio dia do sábado e entrou pela madrugada, teve como prato de sustentação uma caprichadíssima tartarugada regional, um carneiro assado na brasa que era coisa de cinema e cervejas “canela de pedreiro” a dar de pau.


Estiveram presentes no fuzuê, entre outros, Luiz Lobão, Manuel Augusto, Sici e Sadok Pirangy, Helvécio, Paulo Nogueira e o renomado barman Selmo Nogueira, o “Caxuxa”, dono do inesquecível bar de mesmo nome, uma das glórias eternas de nossa velha Cachoeirinha.


Curtindo uma ressaca da moléstia, fiquei em casa o sábado inteiro, aos cuidados da Madame Butterfly, que me tratou à base de frutas vermelhas, sopa de ninho de andorinha e carinhos sem ter fim. E uma cervejinha ultra-gelada, que ninguém é de ferro.


Na mesma noite, a moleca ainda teve fôlego para disputar com outras 15 beldades o título de Garota Petrópolis, conquistando o primeiro lugar.

Não, não fui assistir a presepada. Preferi ficar em casa downloadando do site Pirate Bay a coleção completa do Buddy Guy.

Eu já sabia que ela iria ganhar.






A muvuca fazia parte das comemorações oficiais do bairro pelo seu 65º aniversário e, como prêmio, Madame Butterfly ganhou um moderno netbook.

Não tenho a menor ideia se ela será capaz de utilizar o mimo, já que seu forte mesmo é ficar tirando onda nas redes sociais via celular.

E o celular está para um notebook como uma serpente para um cabo de vassoura...


Pra completar, o glorioso Vascão meteu 4X0 no Grêmio, o São Paulo também meteu 4X0 no Ceará, e os meus dois times de coração assumiram a liderança e a vice liderança do campeonato nacional pela primeira vez na história.

Depois de um final de semana desses, estou absolutamente convencido de que já posso morrer em paz.

Sorry, periferia!

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