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segunda-feira, setembro 24, 2012

Mequetrefe



Osiris Silva

A nota da jornalista Baby Rizzato, em sua coluna de A Crítica, deste sábado, é absolutamente procedente e oportuna.

Expressa o sentimento dos amazonenses (que têm vergonha na cara) diante da selvagem agressão desferida pelo Lula contra o senador Arthur Neto. 

Motivo de tanto ódio do ex-presidente: o fato de Arthur Neto ter-lhe feito oposição ferrenha no Senado, como líder da oposição, e em algum momento, do governo, inclusive liderando as votações que sepultou o projeto petista de criação da “nova” CPMF.

Arthur também foi um dos líderes partidários que ajudou a barrar, em 2009, a MP em gestação dentro da base aliada que instituía o terceiro mandato pro Lula.

Isto ele não perdoa, nem perdoará jamais.

Foi obrigado a recorrer ao plano B, à Dilma, para poder assegurar ao PT mais 4 ou 8 anos de mandato.

Dentro do projeto deles de perpetuação no poder, segundo os modelos Hugo Chávez e Fidel, qualquer um que se interponha a esses objetivos vai levar chumbo grosso.

O mais grave e lamentável disso tudo, como enfatiza Baby, é a afirmação dele de que votaria em qualquer mequetrefe, que não fosse o candidato “tucano” Arthur.

Mequetrefe, segundo o Aurélio, significa biltre, patife, patifa (sim, há a forma feminina). E também, desavergonhado, descarado, insolente, tratante, velhaco, maroto.

Mais ainda: tímido, fraco, pusilânime, covarde.

Ele, então, na oportunidade, referia-se a quem, ao afirmar votar em mequetrefe, aos candidatos da base aliada que apoia; aqui em Manaus, à senadora Vanessa?

Levando-se em conta que o ataque tenha sido desfechado contra um oposicionista específico,  no caso o senador Arthur Neto, então está comprovado que Lula não passa de um político desqualificado, pretenso candidato (frustrado) a ditador. 

Militante sindical que, embora tenha ascendido à presidência da República, talvez por não houver lido um livro sequer, não respeita um dos mais elementares princípios da democracia: o direito das minorias.

A prerrogativa constitucional de divergir, de fazer oposição, de questionar atos e fatos do governo, de fiscalizar o Executivo e denunciar seus erros, omissões ou, quando for o caso, práticas de corrupção ativa, peculato, gestão fraudulenta ou corrupção passiva.

Os crimes do mensalão, para deixar mais claro.

No tocante a todo esse conjunto de desvios de conduta constitui obrigação do Poder Legislativo intervir e denunciar da tribuna parlamentar.

É de seu dever zelar pela coisa pública, pelo patrimônio da nação, os recursos do tesouro e a execução orçamentária.

Apenas isso. Nada de pessoal.

Na verdade, Lula, alegando ter vindo a Manaus dar apoio à sua candidata, de fato apenas fez um pit stop por aqui a caminho de Caracas, onde cumpre agenda de visita ao caudilho Hugo Chávez, seu íntimo e incondicional amigo. 

Provavelmente dará uma esticadinha a Cuba para rever Fidel e os presos políticos em greve de fome que se avolumam na Ilha.

Pergunta-se, a propósito: quem custeia seus périplos mundo afora? 

Afinal, só viaja de jatinho, acompanhado de comitiva nada discreta.

Bom, mas para quem tem uma fortuna de 2 bilhões de dólares, segundo a Revista Forbes, dinheiro não é problema para o ex-líder sindical.

Está sobrando, saindo pelo ladrão (perdoem o trocadilho).

Lula, ao agredir um filho de nossa terra, está agredindo, por extensão, cada um de nós, independentemente de cor partidária, credo ou posição ideológica.

Precisamos nos convencer disso; fazer calar os que, por puro exibicionismo, gabolice ou pabulagem vêm à nossa casa destratar um dos nossos, sobretudo um político que tantos bons serviços presta ao Amazonas e ao Brasil.

A empáfia e a arrogância do ex-presidente elevaram-se a tal nível de autossuficiência, que ele chegou a afirmar – e seus áulicos nisso acreditam: “Não vou deixar – assim mesmo, na primeira pessoa – que a oposição chegue ao poder em 2014”.

Seria o Brasil um joguete, um simples instrumento de sua desmedida fome de poder? 

Não podemos esquecer também que ele tentou coagir os ministros do Supremo Tribunal com o intuito de fazer dar em pizza o processo do mensalão.

Foi flagrado e ridicularizado.

Em consequência, a turma dele vai certamente parar atrás das grades.

Em seguida será sua vez, pois a história vai provar que ele, aquele que dizia não saber de nada nem te visto nada é, na verdade, o mentor e o chefe da quadrilha.

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