Osiris Silva
A nota da jornalista Baby Rizzato, em sua coluna de A
Crítica, deste sábado, é absolutamente procedente e oportuna.
Expressa o sentimento dos amazonenses (que têm vergonha na
cara) diante da selvagem agressão desferida pelo Lula contra o senador Arthur
Neto.
Motivo de tanto ódio do ex-presidente: o fato de Arthur Neto ter-lhe
feito oposição ferrenha no Senado, como líder da oposição, e em algum momento,
do governo, inclusive liderando as votações que sepultou o projeto petista de
criação da “nova” CPMF.
Arthur também foi um dos líderes partidários que ajudou a
barrar, em 2009, a MP em gestação dentro da base aliada que instituía o
terceiro mandato pro Lula.
Isto ele não perdoa, nem perdoará jamais.
Foi obrigado a recorrer ao plano B, à Dilma, para poder
assegurar ao PT mais 4 ou 8 anos de mandato.
Dentro do projeto deles de perpetuação no poder, segundo os
modelos Hugo Chávez e Fidel, qualquer um que se interponha a esses objetivos
vai levar chumbo grosso.
O mais grave e lamentável disso tudo, como enfatiza Baby, é
a afirmação dele de que votaria em qualquer mequetrefe, que não fosse o
candidato “tucano” Arthur.
Mequetrefe, segundo o Aurélio, significa biltre, patife,
patifa (sim, há a forma feminina). E também, desavergonhado, descarado,
insolente, tratante, velhaco, maroto.
Mais ainda: tímido, fraco, pusilânime, covarde.
Ele, então, na oportunidade, referia-se a quem, ao afirmar
votar em mequetrefe, aos candidatos da base aliada que apoia; aqui em Manaus, à
senadora Vanessa?
Levando-se em conta que o ataque tenha sido desfechado contra
um oposicionista específico, no caso o
senador Arthur Neto, então está comprovado que Lula não passa de um político
desqualificado, pretenso candidato (frustrado) a ditador.
Militante sindical que, embora tenha ascendido à presidência
da República, talvez por não houver lido um livro sequer, não respeita um dos
mais elementares princípios da democracia: o direito das minorias.
A prerrogativa constitucional de divergir, de fazer
oposição, de questionar atos e fatos do governo, de fiscalizar o Executivo e
denunciar seus erros, omissões ou, quando for o caso, práticas de corrupção
ativa, peculato, gestão fraudulenta ou corrupção passiva.
Os crimes do mensalão, para deixar mais claro.
No tocante a todo esse conjunto de desvios de conduta
constitui obrigação do Poder Legislativo intervir e denunciar da tribuna
parlamentar.
É de seu dever zelar pela coisa pública, pelo patrimônio da
nação, os recursos do tesouro e a execução orçamentária.
Apenas isso. Nada de pessoal.
Na verdade, Lula, alegando ter vindo a Manaus dar apoio à
sua candidata, de fato apenas fez um pit stop por aqui a caminho de Caracas,
onde cumpre agenda de visita ao caudilho Hugo Chávez, seu íntimo e
incondicional amigo.
Provavelmente dará uma esticadinha a Cuba para rever Fidel e
os presos políticos em greve de fome que se avolumam na Ilha.
Pergunta-se, a propósito: quem custeia seus périplos mundo
afora?
Afinal, só viaja de jatinho, acompanhado de comitiva nada discreta.
Bom, mas para quem tem uma fortuna de 2 bilhões de dólares,
segundo a Revista Forbes, dinheiro não é problema para o ex-líder sindical.
Está sobrando, saindo pelo ladrão (perdoem o trocadilho).
Lula, ao agredir um filho de nossa terra, está agredindo,
por extensão, cada um de nós, independentemente de cor partidária, credo ou
posição ideológica.
Precisamos nos convencer disso; fazer calar os que, por puro
exibicionismo, gabolice ou pabulagem vêm à nossa casa destratar um dos nossos,
sobretudo um político que tantos bons serviços presta ao Amazonas e ao Brasil.
A empáfia e a arrogância do ex-presidente elevaram-se a tal
nível de autossuficiência, que ele chegou a afirmar – e seus áulicos nisso
acreditam: “Não vou deixar – assim mesmo, na primeira pessoa – que a oposição
chegue ao poder em 2014”.
Seria o Brasil um joguete, um simples instrumento de sua
desmedida fome de poder?
Não podemos esquecer também que ele tentou coagir os
ministros do Supremo Tribunal com o intuito de fazer dar em pizza o processo do
mensalão.
Foi flagrado e ridicularizado.
Em consequência, a turma dele vai certamente parar atrás das
grades.
Em seguida será sua vez, pois a história vai provar que ele,
aquele que dizia não saber de nada nem te visto nada é, na verdade, o mentor e
o chefe da quadrilha.
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