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sexta-feira, setembro 21, 2012

Vanessa, a do ovo que virou cuspe, acionou a Justiça contra mim



Ricardo Noblat, colunista do jornal O Globo

Tenho 24 horas para me defender em ação movida pela senadora Vanessa Grazziotin, candidata do PC do B a prefeita de Manaus, apoiada pelo PT et caterva. Foi ela que protagonizou na semana passada o episódio do ovo que depois virou cuspe.

Ao chegar para um debate de candidatos em uma emissora de televisão local, Vanessa teria sido atingida por um ovo jogado não se sabe por quem. Possivelmente por um eleitor do seu adversário Arthur Virgílio (PSDB), segundo os jornais, emissoras de rádio e de televisão simpáticos à candidatura de Vanessa.

O jornal mais importante de Manaus, A Crítica,dedicou toda a sua capa ao registro da agressão. No estúdio da emissora que transmitiu o debate, Vanessa disse a Serafim Corrêa, ex-prefeito de Manaus, candidato a mais um mandato pelo PSB:

- Jogaram um ovo em mim.

Depois do debate, Vanessa voou a Brasília para no dia seguinte receber a solidariedade de colegas mobilizados às pressas por Eduardo Braga (PMDB), líder do governo e ex-governador do Amazonas. Em discurso para seus pares, Vanessa afirmou que fora vítima do arremesso de um ovo. Ou de mais de um.

Segue parte do que ela disse conforme a ata da sessão:

- Ontem, tivemos o terceiro debate realizado na cidade de Manaus, organizado pelo SBT, pela TV Em Tempo. Quando da minha chegada no debate, (...) Srs. Senadores, Srªs Senadoras, fui surpreendida por uma ação da mais extrema violência. Está aqui estampada na capa do maior jornal da minha cidade, A Crítica, que mostra o episódio e fala da agressão que sofri no dia de ontem.

- Quero dizer que não falo desta tribuna como candidata a prefeita de Manaus, não falo desta tribuna de um fato relativo apenas a um período eleitoral; falo desta tribuna como alguém que é mulher, Senadora da República e cidadã, que merece, assim como todos os cidadãos, como todas as cidadãs, respeito, merece tratamento digno, mas, infelizmente, não foi isso o que aconteceu ontem à noite na cidade de Manaus.

- Tenho mais fotografias (...) de pessoas que mostram que esse ato não partiu de qualquer pessoa do povo, que não foi um ato de uma pessoa isolada; foi um ato planejado, foi um ato que partiu de um grupo que foi para a frente da emissora de forma organizada. Tenho algumas fotos em que um grupo de pessoas, a serviço de um candidato concorrente, portava bonecas que representavam bruxas, cartazes denegrindo a minha imagem e ovos na mão. Ovos na mão! Sofri uma agressão como nunca a cidade de Manaus viu nos últimos tempos.


O momento da agressão, segundo Vanessa

Vanessa ouviu da colega Marta Suplicy:

- Já sofri agressões, mas nenhuma como essa. Foi um horror!

Ouviu elogios de Sarney, presidente do Senado. E arrancou da presidente Dilma uma mensagem para veicular em seus programas de tv e rádio onde Dilma condena a torpe agressão.

A história do ovo virou a história da cusparada quando Vanessa voltou a Manaus e se viu confrontada com dezenas de fotografias do episódio divulgadas nas redes sociais. As fotografias desmentiam o que ela denunciara.

A senadora entrou na Justiça dizendo que a difamei, injuriei e caluniei e que por isso exige direito de resposta neste blog. Ora, deveria também ter entrado com processo contra mim por difamação, injúria e calúnia. Não sei por que não o fez. Ainda dá tempo.

Em oito anos de blog, nunca neguei pedido de ninguém para responder ao que aqui foi publicado. E nunca me omiti em comentar a resposta publicada - seja para acatá-la ou refutá-la.

Despachei há pouco a intimação judicial para estudo do meu advogado. Farei o que ele mandar. Mas torço para que ele me aconselhe a publicar a resposta da senadora, seja qual for. Porque a julgar pelos termos da ação impetrada por ela será divertidíssimo responder à resposta.

Ela diz, por exemplo, que ao embarcar para Brasília na noite da ovada não sabia que um assessor de sua campanha havia sido ouvido pela polícia e dito que a senadora, na verdade, levara uma cusparada.

Vanessa não domina "a cultura" que lhe permitiria distinguir entre uma cusparada e uma ovada, segundo o documento escrito por seus advogados. (Não é genial? "Solta um ovo aí", pede alguém. "Pode ser cuspe?", pergunta outro.)

O documento não explica por que ninguém se lembrou de telefonar para Vanessa, antes de ela envolver o Senado na farsa do ovo, dizendo algo do tipo:

- Senadora, se manda daí. Esquece. Foi cuspe. Não foi ovo.

Ovo é capaz de por o Senado em pé de guerra. Cuspe, não.

Dilma poderia ter sido poupada de fazer uma ponta involuntária na farsa. E a própria Vanessa de passar o vexame de ser obrigada a declarar mais tarde que fora alcançada por uma cusparada.

Um comentário:

Marcio costa disse...

E simão essa historia esta mal contada, agora no inquerito tem que ter as provas, 1 a casca do ovo 2 clara do ovo, 3 a gema do ovo e por 5 o cuspe. cite ai no seu blog se a vanessa sabe o que e uma gema de ovo, a gema e aquela parte amarela do ovo quando atirada e acertada em algo logo se espalha e fica amarelado. não foi o que houve com ela e tinha que ter acasca do ovo. e se foi cuspe a pessoa que fez isso tem que ir para o guinnes book, por arremesso de cuspe e certeiro, eu estava la e não tinha como alguem de outra coligação chegar ate ela, so quem conseguiu chegar ate ela foi a garota do bone. por que tinha varios seguranças ao lado do carro fora os militantes e era impossivel e muita coragem de alguem fazer naquela ocasião.....
e as fotos mostram que foi uma farsa, ou ela não sabe o que e cuspe, se fosse cuspe nos sabemos que depois que cuspimos o cupe se estraga e fica uma fedentina. e a pessoa devia estar com um balde de cuspe na boca então...