Ricardo Noblat, colunista do jornal O Globo
Tenho 24 horas para me defender em ação movida pela senadora
Vanessa Grazziotin, candidata do PC do B a prefeita de Manaus, apoiada pelo PT
et caterva. Foi ela que protagonizou na semana passada o episódio do ovo que
depois virou cuspe.
Ao chegar para um debate de candidatos em uma emissora de
televisão local, Vanessa teria sido atingida por um ovo jogado não se sabe por
quem. Possivelmente por um eleitor do seu adversário Arthur Virgílio (PSDB),
segundo os jornais, emissoras de rádio e de televisão simpáticos à candidatura
de Vanessa.
O jornal mais importante de Manaus, A Crítica,dedicou toda a
sua capa ao registro da agressão. No estúdio da emissora que transmitiu o
debate, Vanessa disse a Serafim Corrêa, ex-prefeito de Manaus, candidato a mais
um mandato pelo PSB:
- Jogaram um ovo em mim.
Depois do debate, Vanessa voou a Brasília para no dia
seguinte receber a solidariedade de colegas mobilizados às pressas por Eduardo
Braga (PMDB), líder do governo e ex-governador do Amazonas. Em discurso para
seus pares, Vanessa afirmou que fora vítima do arremesso de um ovo. Ou de mais
de um.
Segue parte do que ela disse conforme a ata da sessão:
- Ontem, tivemos o terceiro debate realizado na cidade de
Manaus, organizado pelo SBT, pela TV Em Tempo. Quando da minha chegada no
debate, (...) Srs. Senadores, Srªs Senadoras, fui surpreendida por uma ação da
mais extrema violência. Está aqui estampada na capa do maior jornal da minha
cidade, A Crítica, que mostra o episódio e fala da agressão que sofri no dia de
ontem.
- Quero dizer que não falo desta tribuna como candidata a
prefeita de Manaus, não falo desta tribuna de um fato relativo apenas a um
período eleitoral; falo desta tribuna como alguém que é mulher, Senadora da
República e cidadã, que merece, assim como todos os cidadãos, como todas as
cidadãs, respeito, merece tratamento digno, mas, infelizmente, não foi isso o
que aconteceu ontem à noite na cidade de Manaus.
- Tenho mais fotografias (...) de pessoas que mostram que
esse ato não partiu de qualquer pessoa do povo, que não foi um ato de uma
pessoa isolada; foi um ato planejado, foi um ato que partiu de um grupo que foi
para a frente da emissora de forma organizada. Tenho algumas fotos em que um
grupo de pessoas, a serviço de um candidato concorrente, portava bonecas que
representavam bruxas, cartazes denegrindo a minha imagem e ovos na mão. Ovos na
mão! Sofri uma agressão como nunca a cidade de Manaus viu nos últimos tempos.
O momento da agressão, segundo Vanessa
Vanessa ouviu da colega Marta Suplicy:
- Já sofri agressões, mas nenhuma como essa. Foi um horror!
Ouviu elogios de Sarney, presidente do Senado. E arrancou da
presidente Dilma uma mensagem para veicular em seus programas de tv e rádio
onde Dilma condena a torpe agressão.
A história do ovo virou a história da cusparada quando
Vanessa voltou a Manaus e se viu confrontada com dezenas de fotografias do
episódio divulgadas nas redes sociais. As fotografias desmentiam o que ela
denunciara.
A senadora entrou na Justiça dizendo que a difamei, injuriei
e caluniei e que por isso exige direito de resposta neste blog. Ora, deveria
também ter entrado com processo contra mim por difamação, injúria e calúnia.
Não sei por que não o fez. Ainda dá tempo.
Em oito anos de blog, nunca neguei pedido de ninguém para
responder ao que aqui foi publicado. E nunca me omiti em comentar a resposta
publicada - seja para acatá-la ou refutá-la.
Despachei há pouco a intimação judicial para estudo do meu
advogado. Farei o que ele mandar. Mas torço para que ele me aconselhe a
publicar a resposta da senadora, seja qual for. Porque a julgar pelos termos da
ação impetrada por ela será divertidíssimo responder à resposta.
Ela diz, por exemplo, que ao embarcar para Brasília na noite
da ovada não sabia que um assessor de sua campanha havia sido ouvido pela
polícia e dito que a senadora, na verdade, levara uma cusparada.
Vanessa não domina "a cultura" que lhe permitiria
distinguir entre uma cusparada e uma ovada, segundo o documento escrito por
seus advogados. (Não é genial? "Solta um ovo aí", pede alguém.
"Pode ser cuspe?", pergunta outro.)
O documento não explica por que ninguém se lembrou de
telefonar para Vanessa, antes de ela envolver o Senado na farsa do ovo, dizendo
algo do tipo:
- Senadora, se manda daí. Esquece. Foi cuspe. Não foi ovo.
Ovo é capaz de por o Senado em pé de guerra. Cuspe, não.
Dilma poderia ter sido poupada de fazer uma ponta involuntária
na farsa. E a própria Vanessa de passar o vexame de ser obrigada a declarar
mais tarde que fora alcançada por uma cusparada.
Um comentário:
E simão essa historia esta mal contada, agora no inquerito tem que ter as provas, 1 a casca do ovo 2 clara do ovo, 3 a gema do ovo e por 5 o cuspe. cite ai no seu blog se a vanessa sabe o que e uma gema de ovo, a gema e aquela parte amarela do ovo quando atirada e acertada em algo logo se espalha e fica amarelado. não foi o que houve com ela e tinha que ter acasca do ovo. e se foi cuspe a pessoa que fez isso tem que ir para o guinnes book, por arremesso de cuspe e certeiro, eu estava la e não tinha como alguem de outra coligação chegar ate ela, so quem conseguiu chegar ate ela foi a garota do bone. por que tinha varios seguranças ao lado do carro fora os militantes e era impossivel e muita coragem de alguem fazer naquela ocasião.....
e as fotos mostram que foi uma farsa, ou ela não sabe o que e cuspe, se fosse cuspe nos sabemos que depois que cuspimos o cupe se estraga e fica uma fedentina. e a pessoa devia estar com um balde de cuspe na boca então...
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