Para um escritor que explorou o mundo dos homens sem as
mulheres, Ernest Hemingway certamente gostava de ter as mulheres ao seu redor.
O escritor ganhador do Prêmio Nobel foi casado quatro vezes
e mal passou um dia sozinho entre cada mudança de parceira, além te ter mantido
amizades com Ava Gardner, Ingrid Bergman e Marlene Dietrich.
Agora, um relato romanceado dos casamentos, inspirado em
suas cartas, examina como seria estar no lugar de uma das esposas.
“Pensamos nele como um mulherengo, não pensamos nele como um
marido. Esse é um papel que fica em segundo plano em relação ao caçador de
grandes animais selvagens, o pescador em alto-mar, o correspondente de guerra”,
disse Naomi Wood, cujo romance “Mrs. Hemingway” acaba de ser publicado.
“Eu queria investigar o que estava acontecendo aí, por que
ele precisava de todas essas mulheres em sua vida. Sua vida está entupida de
mulheres embora ele seja um homem focado na masculinidade”, disse a escritora
britânica, de 30 anos, em entrevista à Reuters.
As quatro compartilharam bons e maus momentos com ele em
Paris, Key West, Cuba e Espanha, sofreram por ser mulherengo e aguentaram seus
humores e as bebedeiras, e com lealdade o seguiram até que outra o cativou.
O romance é dividido em quatro partes que enfocam uma de
cada vez. Há a mulher do tipo caseiro, Hadley Richardson, que compartilhou sua
situação de pobreza nos primeiros dias em Paris, em seguida, Pauline “Fife”
Pfeiffer, a garota da sociedade, rica e vivaz, que toma o lugar de Hadley assim
que ele começa a ganhar fama.
Depois veio Martha Gellhorn, com fama de mal-humorada, que
foi seguida por Mary Welsh, que viveu com ele em Cuba por seus últimos 16 anos
e que encontrou o corpo do escritor em sua casa, em Ketchum, Idaho, depois que
ele se matou com uma espingarda em 1961.
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