Vlady Oliver
A histeria coletiva que tomou conta da imprensa parece ter o
mindinho de lulão e seus sequazes, não é mesmo? Fui obrigado a discutir com
mais pessoas do que eu gostaria, que afirmavam coisas do tipo “coitada da minha
esposa” só porque me recuso a acreditar na história de um estupro perpetrado
por trezentas pessoas, duas girafas, um anão de jardim e três cineastas
desempregados. Já disse aqui mesmo que esse tipo de violência contra a mulher É
CRIME HEDIONDO, não importando se cometido por um ou duzentos cretinos.
Me parece que finalmente uma delegada foi chamada para levar
a brincadeira sórdida a serio e promover as prisões e investigações que se
fazem necessárias. Já não era sem tempo. É justamente a falta do poder público
nessas horas que permite toda sorte de conjecturas e ilusionismos. A imprensa é
culpada, sim, por entrar de gaiato no navio, dar versões fantasiosas dos fatos
e promover as marolas com que essa gente pretende desestabilizar o novo
governo.
No momento em que o presidente Temer pede calma e união
nacional – solicitações bastante louváveis diante do carnaval que se institucionalizou
por aqui – todas as leitoas, lobos e companhia resolveram apostar que os
senadores estariam chantageando esse governo, com a não votação do impeachment.
ACUMA? Qual será o senador que gostaria de ser visto “para o resto do sempre”
como o responsável por trazer de volta aquela jamanta emborcada no governo?
O ministro transparente caiu. Pediu basta. Não sem antes
afirmar o que todo jurista já sabe: não há crime nas tais gravações em que foi
flagrado. Não que eu defenda sua permanência no cargo ou sua mera existência
política; também não defendo estupro algum. O que não dá pra encarar é a
tentativa da imprensa marreta de pautar o governo e inviabilizar sua
administração, na base dos gritinhos histéricos e do cacarejo indecente.
Até agora parece que estão logrando resultados, o que
aconselha o presidente em exercício a exercitar logo sua capacidade de
defenestrar toda essa escumalha de esquerda aboletada nas tetas públicas. Essa
é a verdadeira cultura do estupro professada por aqui, meus caros. Custou-nos a
bagatela de 170 bilhões, quebrou o país, endividou até a geração dos nossos
filhos e somos obrigados a ouvir o cacarejo indecente de um PSOL, questionando
o custo de um Cunha sem questionar o custo de uma Dilma para o país.
Já disse e repito: se há algo de bom nessa tragédia em que
nos metemos é conseguir ver claramente quem são os comparsas aliados nessa
ladrocracia. Não escapa ninguém. A república das fanchonas está em polvorosa.
As minorias sem mortadela também. Mais que temer as ameaças vagabundas desses
movimentos dos quadris, desses sindicatos do crime e dessas seitas picaretas,
temos que temer mesmo é a canalhada pendurada no poder público, aliada à
imprensa marreta.
Já deu pra ver do que são capazes. Na falta do que fazer,
acabam até gravando as orgias uns dos outros. Ou será que o Machado de Sérgio e
aquele gaiato que postou o estupro numa rede social diferem no voyerismo
escabroso? Vai indo, Brasil. A pirambeira nos espera adiante.
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