Pesquisar este blog

segunda-feira, outubro 31, 2011

Arte e Ciência de Entrar no Canavial sem se Machucar (Parte 3)


Surgido em Paris nos anos 20, o elegante Bloody Mary foi criado pelo americano Peter Petiot, que comandava o balcão do Harry’s New York Bar.

A ideia nasceu de pedidos de compatriotas que visitavam a França e pretendiam levar para os Estados Unidos, onde imperava a Lei Seca, uma bebida cuja aparência e odor mascarasse o teor alcoólico e fosse, ao mesmo tempo, fácil de preparar.

Pelo seu forte tom vermelho, foi batizada inicialmente com o pouco sutil nome de Bucket of Blood (“Balde de Sangue”).

Só em 1934, quando passou a ser preparada também nos Estados Unidos, a mistura recebeu o nome atual, que, segundo a mais plausível das versões, seria uma referência à rainha Mary I, da Inglaterra.

A homenagem não tem nada de agradável.

Devido à implacável perseguição aos protestantes puritanos, no período da restauração do catolicismo apostólico romano, no século 16, a rainha tornou-se conhecida pelo apelido de “Bloody Mary”, ou “Maria, a Sanguinária”.

O verdadeiro Bloody Mary utiliza 1 dose de vodca, 3 doses de suco de tomate, 1 gota de suco de limão, sal, pimenta-do-reino, Tabasco e molho inglês.

Proceda da seguinte forma: coloque a vodca e os sucos em um copo grande, com quatro pedras de gelo.

Mexa bem e tempere a gosto com os demais ingredientes.

Sirva em um copo baixo, de boca larga, chamado old-fashioned, com duas pedras de gelo.

Não se esqueça que dá um azar danado servir esse drinque para vagabundas menstruadas...


Existem duas versões sobre a origem do famoso Daiquiri.

A primeira conta que ele surgiu por volta de 1900, em uma mina de ferro controlada pelos americanos e chamada Daiquiri, em Santiago de Cuba.

O engenheiro Jemiings S. Cox teria criado a bebida e distribuído drinques aos mineiros, sob o pretexto de que aquele era um perfeito remédio para combater a febre amarela.

Outra versão diz que os soldados cubanos que combatiam os colonizadores espanhóis, no final do século 19, carregavam na cintura um pequeno odre de couro contendo uma mistura de rum branco e suco de limão.

Chamavam-na de “elixir da valentia”.

Depois dos espanhóis, foi a vez de os americanos invadirem a ilha, entrando pela Praia de Daiquiri.

Os novos invasores logo aprovaram a mistura, mas adicionaram gelo picado para aliviar o calor escaldante da região – e batizaram o drinque com o nome da praia em que estavam.

A popularização do coquetel aconteceu pelas mãos do lendário barman do La Floridita, em Cuba, Constantino Ribalagua.

Segundo o cubano, um daiquiri de responsa pra vadia nenhuma reclamar leva 2 doses de rum branco, 1 dose de suco de limão, 1 colher (chá) de açúcar e 1 gota de grenadine.

Cumé qui faz?

Coloque quatro cubos de gelo numa coqueteleira, adicione o rum, o suco de limão e o açúcar e agite bem.

Sirva em um copo de coquetel, derramando uma gota de grenadine sobre o gelo, só pra deixar a mulherada à beira de um ataque de nervos.

Nenhuma vadia vai resistir a esse toque de sofisticação.


Acredite se quiser, mas a autoria do drinque Tequila Sunrise é creditada a Mick Jagger, líder e vocalista da maior banda de rock de todos os tempos, os Rolling Stones.

Jagger nunca trabalhou como barman, embora sempre tenha tido com a tequila uma grande intimidade.

No final dos anos 70, em uma turnê pelos Estados Unidos, ele foi proibido pelo médico que acompanhava a banda de ingerir qualquer bebida alcoólica.

Enganando o médico e, principalmente, o guitarrista Keith Richards, que o gozava sorvendo largas doses de vodca perto dele, Jagger passou a misturar suco de laranja com o destilado mexicano, dando a impressão de manter religiosa abstinência.

A burla só foi revelada no final da temporada, com Jagger gozando de boa saúde.

Depois, o drinque foi aperfeiçoado e recebeu a adição de grenadine ou xarope de romã.

A confecção é simples.

Em um copo longo, com pedras de gelo, misture duas doses tequila e quatro doses de suco de laranja.

Acrescente o grenadine (ou xarope de romã), sem mexer.

Decore com uma fatia de laranja e com uma cereja.

É a bebida ideal para mulheres que usam piercing no nariz ou que raspam as sobrancelhas.

Nenhum comentário: