Espaço destinado a fazer uma breve retrospectiva sobre a geração mimeográfo e seus poetas mais representativos, além de toques bem-humorados sobre música, quadrinhos, cinema, literatura, poesia e bobagens generalizadas
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quinta-feira, outubro 15, 2009
Nossos ídolos ainda são os mesmos!
Cena 1
Ontem à noite, depois de me enfastiar assistindo Brasil e Venezuela, escrever alguns causos políticos para um novo livro e derrubar quinze garrafas de antarcticas, resolvi enviar um e-mail pro Millor Fernandes. Transcrevo abaixo:
Caríssimo Millor Fernandes
Antes de mais nada, gostaria de agradecer por aquela notinha simpática com que você resenhou o Manual do Canalha em sua coluna, na revista Veja.
Para mim, caboquinho perreché aqui de Manaus, foi mais ou menos como ter recebido o Nobel de literatura.
Na qualidade de seu fã de carteirinha desde 1973, quando adquiri a pequena obra-prima “Trinta anos de mim mesmo” (editora Nórdica) e de lá pra cá não parei mais de comprar seus livros, só senti alegria semelhante quando o saudoso Fausto Wolff esteve aqui na taba e falou que eu era uma espécie de sua “alma gêmea”.
Ter sido elogiados por dois humanistas da estatura de vocês já é suficiente para eu entrar no Paraíso chutando a porta do saloon.
Mas vamos ao que interessa.
Negócio seguinte.
Devido a quantidade de gente que andou entrando em contato com a editora (o livro estava esgotado desde 1998, mas você foi mexer nos maribondos), o Zemario Pereira, da Topbooks, quer fazer uma nova edição do Manual do Canalha. E também quer colocar aquele seu comentário na nova edição.
Assim sendo e se não for pedir muito, você nos autorizaria colocar aquela notinha simpática que saiu na Veja na quarta capa do livro, com os créditos devidos?
Como sei que você continua tão ocupado quanto no início da carreira (e já faz um bom tempo, né não?), não quero tomar seu tempo e despeço-me, aguardando ansiosamente uma resposta positiva.
Abracadabraços fraternos
Simão Pessoa
Cena 2
Depois que o porre amainou, fiquei matutando:
Caralho, fiz a maior cagada! O Millor é um cara super ocupado, deve receber uns trocentos e-mails por dia e ainda aparece um zé-mané lá de Manaus para encher seu saco... Porra, esse negócio de usar internet cheio da truaca é a maior roubada... Que merda!
Bom, apesar de cair na real, fiquei com vergonha de pagar um novo mico pedindo desculpas pela impertinência anterior por meio de um novo e-mail. Preferi ir dormir.
Cena 3
No começo da tarde, fui abrir a caixa de e-mails e lá estava o Millor me respondendo. Transcrevo abaixo:
Claro que a resposta é positiva, Simão. E se elogiei não estava fazendo nenhum favor. É porque você realmente escreveu um negócio duca. E quem vai editar é o Zé Mário?. Pô, é um grande editor.
Conclusão
Se o Millor Fernandes já era meu ídolo desde a adolescência, vou agora entronizá-lo no mais alto posto de meu panteão supremo de gênios da raça!
Sorry, periferia!
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