Agosto de 1984. O empresário José Djanir Cavalcante era dono de um das maiores revendedoras de veículos de Manaus, a Orobó Veículos, localizada na rua Japurá canto com a avenida Joaquim Nabuco, na Praça 14, que tinha como lema uma frase pintada na entrada da loja: “Seja bem vindo. Fazemos qualquer negócio!”.
Irmão do também empresário Frank Cavalcante e primo do empresário Nelito Bandeira, Djanir era o típico pernambucano boa praça: vivia rindo de tudo.
Um belo dia, entra um suposto cliente na loja e começa a examinar os veículos em exposição.
Djanir o acompanha, explicando as características de cada automóvel.
O sujeito anda para um lado, anda para o outro, depois aponta para um veículo empoeirado no final do pátio e canta a pedra:
– Já decidi. Eu vou levar aquela Parati!
– Parati? Parati? – reage Djanir indignado, encolerizado, apoplético. “Meu amigo, eu estou no pátio com essa perua de merda há quase três anos, sem conseguir me livrar dela. Isso não é Parati, é para mim, está entendendo? Para mim! E a porra dessa perua vai apodrecer aí nesse canto porque de tanta raiva que criei de ter comprado essa imundície, agora não tem cristão no mundo que faça eu me desfazer dela. Isso não é Parati, compreendeu? É para mim! Para mim!”
O sujeito foi embora da loja sem entender nada.
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