BANGU – A deflagração da 817ª fase da Operação Lava Jato,
que revelou planilhas de propinas da construtora Odebrecht, fez com que
Fernandinho Beira-Mar, CEO do Comando Vermelho S.A., contratasse em caráter de
urgência os executivos da empresa para dar um choque de gestão no marketing da
holding criminosa carioca.
“O mundo está mudando e nós ficamos para trás. Ao reconhecer
nossos erros, damos um passo importante para superar nossas deficiências. Fomos
buscar no mercado quem hoje desenvolve as melhores práticas da atividade
ilegal”, declarou Beira-Mar em coletiva de imprensa em Bangu, headquarter do
CV.
O traficante mostrou-se particularmente impressionado com os
codinomes que os executivos da construtora deram aos políticos citados nas
planilhas. “Os caras chamam o Renan de Atleta, o Paes de Nervosinho e um outro
lá que eu nem conheço de Viagra”, comentou Beira-Mar, com admiração. “Isso sem
mencionar o Festança, o Bobão e o Encostado2. Vocês já viram apelido melhor do
que Encostado2? Será que é filho do Encostado1? Perto disso, Elias Maluco e o
Celsinho da Vila Vintém representam o passado. O Comando Vermelho parou no
século XX.”
Beira-Mar também declarou que, tomando a lista como base, de
agora em diante só se referirá a Eduardo Cunha como Caranguejo. “O apelido é
coisa de gênio. O sujeito anda pra frente como se estivesse recuando. Quando
todo mundo acha que ele se foi, o cara está cinco casas à frente. Estou
disposto a pagar 60% da féria de Acari pra quem criou o apelido. Com um talento
desses a bordo não haverá cartel de Medellín que segure o CV.”
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