Na Antiguidade, a prostituição era regulamentada, o divórcio
começou a existir e havia até deuses do sexo! Os documentos da Idade Antiga,
que vai de 4000 a.C. ao século 5 d.C. de acordo com a datação convencional,
mostram curiosidades sobre a vida sexual de povos como gregos, romanos e
egípcios.
Os romanos, por exemplo, prezavam tanto o sexo que havia uma
lei para desincentivar o celibato: a solteirice e a falta de filhos eram
punidos, e as pessoas cheias de herdeiros tinham privilégios.
Foi também na Idade Antiga que os conhecimentos científicos
sobre o rala-e-rola começaram a se aprimorar com Hipócrates, considerado o pai
da medicina. Os romanos também estudavam o corpo humano e já conheciam algumas
doenças venéreas, como a gonorreia, termo cunhado por Galeno no século 2.
Mesmo assim, algumas crendices sexuais bizarras permaneciam.
Na Grécia, por exemplo, acreditava-se que o contato com uma mulher menstruada
faria o vinho novo ficar azedo e faria as árvores não dar mais frutos.
À MODA ANTIGA – Prostituição e homossexualidade eram comuns,
mas havia leis severas para punir abusos.
CASAMENTO – Os gregos e romanos eram monogâmicos – no
império de Diocleciano, em Roma, a bigamia foi declarada ofensa civil. Mas os
grecoromanos descobriram que o amor não é eterno: foi nessa época que surgiu o
divórcio. Na Roma arcaica, as mulheres adúlteras podiam ser condenadas à morte –
isso só mudou após uma lei do imperador Augusto, que trocou a pena para o
exílio.
POSIÇÕES – Em Roma, as posições sexuais apareciam em
pinturas, mosaicos e objetos de uso cotidiano, como lamparinas, taças e até
moedas. Em uma face, ficava a posição sexual, e, na outra, um número. Para
alguns historiadores, as moedas eram fichas de bordel, e as posições com
penetração tinham números maiores, indicando que poderiam ser mais valorizadas.
MASTURBAÇÃO – Nada de condenar o sexo solitário: na Grécia e
na Roma antigas, a masturbação era vista como natural. No Egito, a masturbação
era até parte do mito da criação. Um dos ditos piramidais afirma que Aton, o
deus do Sol, teria criado o deus Shu e a deusa Tefnut através do sêmen de sua
masturbação!
HOMOSSEXUALIDADE – Casais de homem com homem e mulher com
mulher eram comuns na Grécia. Havia até mitos para explicar a origem da
pederastia, a relação entre homens maduros e jovens: o primeiro dizia que
Orfeu, um dos seres da mitologia grega, acabou se apaixonando por adolescentes
depois que sua mulher, Eurídice, morreu. Outra lenda afirma que a pederastia
começou com o músico Tamíris, que foi seduzido pelo belo Jacinto.
CIÊNCIA – O grego Hipócrates, pioneiro da medicina, achava
que o útero poderia deslocar-se pelo corpo da mulher em busca de umidade e
poderia chegar até o fígado! Mas ele também deu bolas dentro: calculou a
duração da gravidez em 10 meses lunares (cerca de 290 dias do nosso
calendário), tempo parecido com os nove meses atuais, e prescreveu semente de
cenoura como anticoncepcional e abortivo.
PAQUERA – Os galanteios dos romanos seguiam um manual: o
livro A Arte de Amar, do poeta Ovídio, escrito entre 1 a.C. e 1 d.C. Entre as
dicas dadas pelo escritor, estava o uso do goró: “O vinho prepara os corações e
os torna aptos aos ardores amorosos”. Ovídio também incentivava a galera a
melhorar o visual: “Esconda os defeitos e, o quanto possível, dissimule suas
imperfeições físicas”.
NO TRIBUNAL – A legislação sexual da Roma antiga era
polêmica! Eram puníveis com a morte: adultério cometido pela esposa, incesto e
relação sexual entre uma mulher e um escravo. No estupro, a punição sobrava até
para a vítima - se não gritasse por socorro, a virgem poderia ser queimada
viva! Entre as penas leves, estava a apreensão de propriedades de quem fizesse
sexo anal. No Egito, o adultério era mau negócio: os homens eram castrados e as
mulheres ficavam sem o nariz.
PROSTITUIÇÃO – Regras para sexo pago eram diferentes na
Grécia e em Roma:
GRÉCIA – As moças da vida não eram todas iguais – elas seguiam
uma hierarquia. A maioria delas era escrava, mas havia também mulheres vendidas
aos bordéis pelos pais ou irmãos.
CLASSE ALTA – Prostitutas de primeira classe, com treinamento
intelectual e cultural.
CLASSE MÉDIA – Tocadoras de flauta e dançarinas,
especialistas em ginástica e sexo oral. Eram imigrantes.
CLASSE BAIXA – Vendidas pela família, ganhavam mal e tinham
poucos direitos.
ROMA – Registradas e pagadoras de impostos, as prostitutas
se vestiam com tecidos floridos ou transparentes, e, por lei, não podiam usar a
estola, veste das mulheres livres, nem a cor violeta. Os cabelos deviam ser
amarelos ou vermelhos. O lugar mais comum de trabalho delas era sob arcos
arquitetônicos: a palavra fornicação vem do latim fornice, que significa arco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário