Quando, há dois meses, o Careca Selvagem começou a
importunar os biriteiros do Bar do Jacó com aquela conversa mole de pedir uma
colaboração financeira para “fazer uma festa de confraternização de fim de ano só
com os amigos do peito”, muita gente (eu, inclusive) começou a desconfiar que o
sacana estivesse delirando. Ou que estava querendo levantar um troco para
passar as férias em Margarita.
O certo é que, dando uma facada aqui, outra ali, ele
levantou três pilas e marcou a data da zoeira: sexta-feira, 27 de dezembro, a
partir das 19h.
O advogado Juarezinho Tavares ficou encarregado de providenciar
os “comes & bebes”, eu me prontifiquei a emprestar a aparelhagem de som do
mocó, o Careca Selvagem escolheu a trilha sonora e a Selane generosamente cedeu
o Espaço Solarium Eventos a custo zero.
Abstêmio radical há doze anos, Juarezinho exagerou nos “comes”
e foi extremamente sovina nos “bebes”.
Resultado: apenas sete grades de cervejas contra 15 tipos
diferentes de comida (bacalhau à sete mares, bacalhau à moda do porto, bacalhau
à moda toscana, escondidinho de camarão, escondidinho de carne seca, pirarucu
de casaca, maionese portuguesa, maionese russa, pernil com ervas finas, leitão
à pururuca, cutia na farinha de banana, capivara com alcaparras e um
inacreditável churrasco à grega, que não assou nem a pau).
As sete grades de cerveja, evidentemente, se evaporaram
antes da meia noite e a alternativa foi passar a sacolinha para comprar mais
combustível.
O Careca Selvagem detonou, sozinho, uma garrafa de vodka
Absolut e ficou absolutamente doidão.
Eu detonei uma garrafa e meia de Johnnie Red e, tirando o
fato de ter colocado Reginaldo Rossi ao Vivo quando todo mundo estava dançando animadamente
ao som de discothéque dos anos 70, não me lembro de ter feito outra cagada
semelhante.
Se o Fluminense for rebaixado novamente e reverter a presepada no tapetão, no próximo ano tem mais.
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