Espaço destinado a fazer uma breve retrospectiva sobre a geração mimeográfo e seus poetas mais representativos, além de toques bem-humorados sobre música, quadrinhos, cinema, literatura, poesia e bobagens generalizadas
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quarta-feira, julho 14, 2010
Lippo Music exibe concerto do Portishead no Espaço Difusão Cultural
PORTISHEAD / THIRD / CONCERT LIVE PRIVE
COLORIDO - 65 MINUTOS
GRAVADO EM 03 DE MAIO DE 2008 PELO CANAL PLUS DA FRANÇA (CANAL+)
DVD PREPARADO EM 10 DE JULHO DE 2008
MATERIAL ELABORADO E FINALIZADO POR UM FÃ DA BANDA
Músicas do Show: Silence/ Hunter/ Mysterons/ The Rip/ Magic Doors/ Wandering Star/ Machine Gun/ Nylon Smile/ Threads/ Roads/ We Carry On
“Esteja alerta para a Regra dos Três, o que você dá retornará para você, essa lição você tem que aprender, você só ganha o que você merece”
Assim começa o show, com esta fala do brasileiro Claúdio Campos, também constando na abertura do CD Third, de 2008. Claúdio é um professor de capoeira, amigo de Geoff Barrow, o letrista e principal alquimista do som da banda. A frase remete a influências místicas de escritos de Hermes Trimegisto, A Chave Mística, resvalando também na magia da Wicca.
A plateia acompanha atenta ao desenvolvimento musical sutil do Portishead, num cenário perfeito para que as bases sonoras da banda acalentem os corações tempestuosos. A música é grave, mas não carregada e extrema, de vibrações calculadas com precisão.
Trip Hop legítimo, e a voz enigmática de Beth Gibbons continua sua jornada de mistério, sua atuação como cantora é de encher os olhos, dada a precisão de seu minimalismo visceral.
A cozinha básica do Portishead continua a nos servir de um cardápio sonoro de qualidade, e aqui temos a grata surpresa de vermos Geoff Barrow preencher a percussão de forma segura e elegante.
A guitarra de Adrian Utley nos conduz a momentos de extremo êxtase, e já é uma marca registrada do Portishead.
Os sintetizadores se coadunam com a melodia um tanto quanto macabra em algumas canções, mas a poética de letras como a de The Rip é tão linda que deixaria qualquer cadáver feliz.
Sonhos com cavalos que percorrem campos vazios e que nem a brancura de seus pelos nos deixam felizes, pois o amor é algo que estaria na outra esquina da solidão.
Nisso tudo aparece um jogo de metal de um saxofone preciso, que “grita”, que urge por uma batida glamorosa. A voz de Beth Gibbons é puro gozo, é algo impressionante ver como ela consegue emoção com uma voz “estática”, mas que penetra nos segredos mais profundos de nosso ser.
Arcos de violino, slide guitar, uma bateria eletrônica que só falta falar, um pedal de guitarra que entra com um efeito tocado com a mão, um teclado gótico do século XXI, e a competência de uma banda que nunca esteve preocupada em fazer música para tocar nas rádios.
O sucesso veio assim, com prêmios fartos logo no lançamento de Dummy(1994), e uma legião de apreciadores de seu som único e de seu ecletismo característico, onde a banda revigora a música, unindo como poucas o inusitado dos samples e efeitos de pick ups “vinílicas” a orquestra sinfônica de Nova York(no memorável Roseland NYC Live, de 1998).
É pura mágica! O show é todo assim, e é uma pena ser tão curto, e com algumas músicas de Third ficando de fora da apresentação.
Porém, vale a pena comparecer no Coletivo Difusão no dia 16 DE JULHO/ SEXTA-FEIRA, às 20h e entender o porquê do PORTISHEAD ter demorado onze anos a lançar o seu terceiro trabalho. Não é preciso pressa quando se trata de deixar um bom registro para a eternidade.
Data: 16 de Julho de 2010, às 20h
Local: COLETIVO DIFUSÃO – Rua Monsenhor Coutinho, 801 – Centro.
(Próximo ao Hotel do Largo e ao CAUA)
Taxa de Manutenção (Simbólica): R$1,00 (Um real)
ASSENTOS LIMITADOS
Informações: 8421-3391 / 9116-6775
coletivodifusao@gmail.com / vicaflag@hotmail.com
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