Almir, um dos motoristas da Manchete, não recolheu a caminhonete à garagem, como era sua obrigação, e a viatura sob sua responsabilidade foi roubada de noite, na porta da casa onde ele dormia, no subúrbio.
Cientificado do fato, Adolfo Bloch convocou a presença do empregado e, naturalmente, disse-lhe as últimas, expulsou-o do emprego e mandou a secretária chamar a polícia.
O Almir arranjou uma brecha e explicou:
– Seu Adolfo, é o seguinte. Minha patroa está doente há quatro meses e devez em quando, o senhor sabe como é, eu vou dormir na casa de uma criatura para quem dou uma situação. Aí, aconteceu essa desgraça.
Adolfo, furibundo, não quis papo e fez um sinal para que o outro se retirasse, já não havia nada a dizer.
O Almir chegou à porta da sala, foi interrompido pelo Adolfo, meio hesitante, mas já predisposto ao perdão, precisando só de uma desculpa:
– A foda foi boa?...
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