Dezembro de 1989. A cachorrada reunida no Top Bar está dividida em torno de um desafio lançado pelo abusado quarto zagueiro Lucio Preto: de que ele é capaz de ficar sentado, nu, em uma pedra de gelo, durante meia hora.
Frank Cavalcante comanda a claque de que ele não aguenta.
Nei Parada Dura garante que ele aguenta.
Começam as apostas, em dinheiro.
Rubens Bentes e Jones Cunha vão até a Frigelo, compram uma pedra de gelo de 50 kg e retornam para o bar, para tirar a prova dos nove.
A pedra de gelo é colocada na área externa do boteco, quase no cruzamento entre as ruas Borba e Parintins.
Lucio Preto faz uma única exigência: quer ficar sentado de costas para a rua Borba, em virtude de existir uma parada de ônibus na frente do bar. A exigência é aceita.
Por volta das 16h de um sábado, Lucio Preto fica completamente pelado, senta na pedra de gelo e o resto dos cachorros começa a contar o tempo.
Com o calção e a cueca em uma das mãos, Lucio Preto cobre pudicamente a sua ferramenta.
Os transeuntes que passavam em direção a feira livre da Cachoeirinha ficavam intrigados com aquela presepada.
Muitos se aproximavam para conferir se aquela bunda morena estava mesmo se transformando em picolé de açaí.
Quando o primeiro ônibus parou em frente ao bar, os passageiros fizeram um tremendo alvoroço para apreciar aquela inusitada situação.
Lucio Preto, tranquilo como um iogue indiano, fuma um cigarro atrás do outro.
As apostas começam a dobrar de valor.
Meia hora depois, o quarto zagueiro se levanta. Na pedra de gelo, lindamente esculpida, suas duas nádegas.
Nei Parada Dura começa a receber a grana das apostas.
O dinheiro apurado é suficiente para levar Lucio Preto para uma consulta de emergência na Drogaria Menescal, porque ele não estava mais sentindo a circulação de sangue na própria bunda.
Depois de examinar o local, o farmacêutico Francisco Menescal fica injuriado:
– Caralho! Essa tua bunda entrou em um gravíssimo processo de gangrena! Se a medicação não funcionar, vou ter que sarjar agora mesmo... Que merda foi que vocês andaram aprontando?...
Lucio Preto explica o acontecido.
O farmacêutico lhe aplica na bunda antibióticos de última geração, banho de assento, palmadas, massagem, choque elétrico, choque térmico, o diabo a quatro.
Depois de 20 minutos de agonia, o sangue recomeça a circular no buzanfã do quarto zagueiro.
Lucio Preto passou um mês sem poder beber e sem poder se sentar sobre a própria bunda.
Mas manteve a dignidade de sempre provar o que afirmava, apesar de tudo.
Um comentário:
Ai anarquista,aqui é o Dinho irmão do Pávulo.Porra Simão tá maior merda a qui no mini-capmpus da UFAM,A porra da reitora não tendo o que fazer tá mandando derrubar um monte de árvores aqui do centro de convivência da moçada.Simão manda alguem ai do Blog fazer uma reportagem sobre a sacanagem da Màcia Peralta.
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